Choro da Globo: Bolsonaro não é e nunca foi nacionalista

 

 

Nos veículos da Globo, sobretudo, surgem artigos e notas falando em “bolsopetismo, uma bobagem com a qual querem criticar o atual presidente não pelos seus desastrados atos, mas porque eles lembrariam os do PT.

É primário e falso, porque partem do princípio de que Bolsonaro seria “um nacionalista” – um palavrão, sempre, para os vendilhões da pátria e, mais recentemente, para os tolos que acham que um país precisa apenas comprar e não produzir.

Como é que se pode chamar de “nacionalista” um sujeito que se grudou, como um rêmora, ao governo norte-americano? Que cedeu parte do território nacional, a Base Aeroespacial de Alcântara, ao governo dos EUA? Como pode ser defensor do “petróleo é nosso” quem vendeu um dos mais lucrativos negócios da Petrobras, a BR Distribuidora? Ou que sugere que empresas multinacionais venham explorar ouro e outros minérios em áreas de reserva, indígena e ambiental, na Amazônia?

Ou se poderia ser chamado de nacionalista quem não aceita que o mundo se choque ao ver Amazônia e Pantanal em chamas?

A lista poderia seguir, quilométrica, porque o verde-amarelo de Bolsonaro e dos bolsonaristas é decorativo, quando não camuflagem, porque não se traduz em defesa concreta do país e dos direitos do seu povo. Nacionalista que destrói o patrimônio natural do Brasil? Nacionalista que quer entregar as riquezas do subsolo a empresas estrangeiras? Nacionalista que diz “e daí?” à morte de centenas de milhares de seus compatriotas?

A menos que se apele à ironia do professor Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp que disse que o Brasil criou um “fenômeno inovador: o nacionalismo entreguista”

As questões de Bolsonaro com a Petrobras têm um nome: a sua base eleitoral entre os caminhoneiros. Por ela, ex-capitão fará qualquer barbaridade e, como se viu, entregar o setor elétrico e os Correios, para acalmar os “lobos da Faria Lima”.

Além do mais, cuidar dos preços de produtos e tarifas de serviços onde o Estado tenha papel relevante, como os do setor de energia, deveria ser papel de qualquer governante, embora, claro, não para ser exercido no “coice”, mas em equilíbrio entre custos e lucros e, sobre estes, o seu destino.

Mas nossa direita, como se tem dito aqui, é de um fundamentalismo suicida, que prefere morrer sob as patas e garradas do extremismo a entender que o Brasil precisa viver sob governos que somem preocupação social, projeto de desenvolvimento e afirmação de sua soberania.

No fundo, talvez mais que Bolsonaro – que o faz de forma explícita e estúpida como é de sua natureza, sejam eles os incapazes que, na democracia, tem-se que conviver com a esquerda e não procurar excluí-la do jogo político, como pretenderam fazer usando como “cavalos” Sergio Moro e os militares.

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