Não sou do PT. Não recebo anúncios ou verbas federais. Nunca roubei – tirando algumas flores, goiabas e romãs – e nem, quando pude, deixei roubar.
Ou tentei ee fracassei nisso, porque vi durante meio século, ver meu país ser saqueado.
Minha vida, como é a sua, leitor e leitora, é prova de uma honradez que Moro algum pode tisnar.
Certo que não somos melhores do que qualquer um.
Mas ninguém há de nos fazer piores.
Não somos brutos, não somos feras, não somos monstros.
Não atravessamos 2 mil anos da era cristã – e muitos outros mais desde que começamos a merecer o nome de espécie civilizada- para que pessoas sejam agredidas nas ruas pelo que pensam e por aquilo em que acreditam.
As cenas das quais os cristãos recordam hoje não podem se repetir contra os “novos judeus”, aos quais se prega uma estrela vermelha, diferente apenas na cor da amarela que o nazismo pregou ao peito dos que deviam ser exterminados.
E nem podemos nos conformar em ver a multidão, insuflada pela Roma da mídia e do dinheiro e agitada pela gritaria dos mercadores, nos reduzir àquela monstruosidade.
O que nos fizeram?
Transformaram-nos em bestas-feras que só sabem gritar: “ladrão”, “puta” e outras vilanias? Somos uma turba que só sabe exigir linchamentos?
“Crucificai-o, crucificai-o”?
Li, hoje, dois comentários de pessoas que evitariam encontros familiares por conta de parentes que estão ensandecidos assim.
Não faria o mesmo.
Primeiro, porque hoje é um dia de encontro familiar.
Mesmo os que não têm a família próxima, por uma razão ou outra, sentem este espírito de fraternidade que vai além do parentesco e nos torna irmãos de todos.
E, segundo, pela razão com que se inicia este texto: nós e nossas vidas são o melhor argumento em favor da honradez do que pensamos e do que dizemos.
Por isso, sempre podemos partir do que tem faltado a tantos: serenidade e argumentos.
Uma e outro precisam ser exibidos em quantidades hercúleas.
Suportemos este peso, porque ideias lutam, não guerreiam; querem convencer, não destruir.
São os falsos profetas os que mais berram, gritam e proclamam alto suas “verdades”, para que a altura de suas vozes não permita ver seus pés de barro.
Hoje, para quem tenha ou não fé cristã, é dia de lembrarmos dos muitos que, ao longo da história se sacrificaram para que tivéssemos hoje o que temos: o convívio civilizado.
E não deixar que o destruam.
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Planilha da Odebrecht indica origem dos superpoderes de Eduardo Cunha
Presidente da Câmara aparece como "padrinho" de doações vultosas para os partidos que compõem a chamada "bancada do Cunha", que vota com o chefe sem questionar
por Helena Sthephanowitz,
Cunha: articulador do impeachment, réu em processo criminal e operador de doações privadas milionárias
Uma das várias planilhas apreendidas em um escritório no Rio de Janeiro do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior na 23ª fase da Operação Lava Jato demonstra de forma cristalina o que todo o meio político de Brasília sabia, mas faltavam provas materiais: o poder do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre bancadas de parlamentares emanou do dinheiro.
Trata-se de uma planilha de controle sobre doações oficiais nas eleições de 2010. Até aí nada de mais – a aberração do financiamento empresarial de campanha deixou de ser legal só no ano passado.
A novidade é uma coluna da planilha em que é mostrado o beneficiário da doação . Note que a planilha chama de beneficiário nem sempre a candidatura ou partido que recebe o dinheiro, mas em alguns casos o "padrinho" da doação.
Eduardo Cunha aparece como beneficiário de uma doação do Grupo Odebrecht de R$ 1,1 milhão para seu partido, o PMDB. Se foi ou não devidamente registrada é outra discussão e deverá ser objeto de novas investigações. O curioso é ele aparecer como "padrinho" de uma doação bem maior, de R$ 3 milhões, para o diretório nacional do PSC, atual partido do deputado Jair Bolsonaro. Cunha aparece também na planilha como "padrinho" de outra doação, de R$ 900 mil, para o PR.
Ou seja, só por essas indicações na planilha, em 2010 Eduardo Cunha operou como captador de R$ 5 milhões – isso apenas junto ao Grupo Odebrecht – para três partidos, justamente os que em Brasília compõem a chamada "bancada do Cunha", ou seja, o grupo de parlamentares de vários estados que acompanha fielmente a liderança do atual presidente da Câmara em todas as votações.
Ainda não há conhecimento sobre planilhas das eleições de 2014, mas é conversa corrente nos corredores do Congresso que Cunha captou mais doações de campanha para eleger uma bancada bem maior que a de 2010. Daí a facilidade com que se elegeu presidente da Câmara e fez passar projetos do interesse dos financiadores de campanha e contra os trabalhadores, tais como a terceirização ilimitada da mão de obra em toda a cadeia produtiva.
Pois aqui está mais um que, nos últimos meses, e cada vez mais, tem evitado, não só a família, como também amigos e conhecidos por motivos semelhantes. Me senti obrigado a abandonar o facebook, única rede social que participava, para não ter que excluir ou bloquear pessoas muito queridas, tal o ódio e insanidade com que foram contaminadas. Questão de QUARENTENA mesmo! Embora eu seja vacinado, vai que o vírus sofre uma mutação...
Brito, você desconsidera a inversão de valores que justificam tais violências???? Como argumentar com alguém que, ao ouvir palavras do tipo "Tolerância, Igualdade, Direitos, Civilidade, Legalidade", age como se escutasse algo tão inaceitável e acintoso que mereça ser rechaçado com humilhações ou agressões físicas e verbais? Como evocar a lógica se esta por si já é vista como ofensiva? Não é mais uma questão de paciência com o equívoco. Isto porque, os valores a serem defendidos já se tornaram pra muitos, um enorme equívoco.
Prefiro saber que esta onda é como um tsunami: faz mais estrago quando volta do que quando avança.
O JUSTO E A JUSTIÇA POLÍTICA
Sexta-feira, 31 de março de 1899.
Rui Barbosa
Para os que vivemos a pregar à república o culto da justiça como o supremo elemento preservativo do regime, a história da paixão, que hoje se consuma, é como que a interferência do testemunho de Deus no nosso curso de educação constitucional. O quadro da ruína moral daquele mundo parece condensar-se no espetáculo da sua justiça, degenerada, invadida pela política, joguete da multidão, escrava de César. Por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz. Aos olhos dos seus julgadores refulgiu sucessivamente a inocência divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga. Não há tribunais, que bastem, para abrigar o direito, quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados.
Infelizmente são os extremistas de direita que não permitem o debate civilizado dentro de uma família pois eles só sabem repetir o que ainda veem na globo ou leem o que neonazistas escrevem no facebook, que não tenho, não frequento e não pretendo tê-lo ou frequentá-lo enquanto estiver lúcido. Esses mesmos nazifascistas se recusam a refletir ou raciocinar pois fazem parte de um comportamento de rebanho, conformado e repetitivo. Se dependermos destes gritadores de palavras de ódio, intolerância e preconceito a civilização está perdida, mas ainda bem que são a minoria minoritária. São apenas barulhentos.
Mas bah tche. assim tu me emocionas.
Faz bater meu coração de forma diferente
Ele se enternece, se acalma, dá esperanças
As mesmas que o TCHÊ da fé cristã...nos
tatuou no coração a mais de 2000 amos.
Irmão eterno da razão e da verdade, que não é
fácil de adquirir..
Lindaas palavras, tu és filho da Consciência
Coletiva..deves ter a cabeça sempre erguida, pois
carrega a bandeira do Otimismo Brasileiro.
Feliz Pascoa a tu e tua familia..
A familia TIJOLAÇO um grande abraço..na PASCOA.
Caro FB,
Peço à Deus que lhe dê longa vida e dê-lhe também a recompensa por seres como és, você nos faz muito bem.
Por favor, cuide-se, precisamos miito de seus textos e, principalmente, de sua sensibilidade, discernimento e inteligência.
Boa Páscoa a você e seus entes queridos e amados.