Com D. Paulo, vai -se um pedaço da luta contra a ditadura

Pode ser que os jovens de hoje não compreendam, mas ainda assim havia um homem que, mais do que qualquer outro, fazia os jovens dos anos 70 respeitarem – e muito – a Igreja Católica.

Mesmo os que não tinham religião, como eu, passamos a entender com D. Paulo Evaristo Arns que a fé podia mesmo mover as montanhas de brutalidade que nos esmagavam.

Era na frente da Catedral da Sé que se dava o que era possível de “costas quentes” aos movimentos que confrontavam o regime militar.

Primeiro o Movimento contra a Carestia, depois, o pela Anistia e, que multidão!, o pela volta das eleições diretas, já em 1984.

Ele também protegeu as Comunidades Eclesiais de Base, de onde nasceria o PT, num trabalhismo que levaria décadas até descobrir que o seu papel – e os seus inimigos – eram os mesmos do trabalhismo de Getúlio.

Protetor dos perseguidos, foi ele mesmo perseguido quando Roma tornou-se conservadora e o quis diminuir dividindo a Arquidiocese de São Paulo.

Mas acho que, em sua jornada final, havia algo de que tenho a certeza, foi um triunfo de sua fé no ser humano.

Se não tivesse existido um D. Paulo, não existiria hoje um Papa Francisco.

Fernando Brito:

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  • Um grande exemplo para a Humanidade. Pessoas desse tipo não deveriam morrer.

  • Sem dúvida foi embora uma pedaço do Brasil.

    Foi embora um pedaço da luta contra a ditadura;

    Foi embora uma luz que iluminava minimamente corações obscuros;

    Foi embora uma luz que ajudava a iluminar nosso Brasil;

    Vida eterna D. Paulo;

    Nós te somos eternamente Gratos por ter iluminado a família Herzog e a família Manoel Fiel Filho;

    Citando essas duas famílias, ficam todas as famílias citadas e anonimamente ILUMINADAS por sua LUZ.

  • O Brasil e o mundo perdem a presença luminosa de um gigante da paz e dos direitos humanos. Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns e o Reverendo Jaime Wright (que também morreu há 17 anos e a quem tive a imensa honra de conhecer pessoalmente) estão para o Brasil do passado, do presente e das futuras gerações como aqueles que trouxeram luz para iluminar os atos tenebrosos cometidos por fascistas incrustados no estado contra vítimas indefesas, de cuja integridade física e mental o Estado deveria ser o principal responsável.

    Sem a presença de luz desses dois grandes humanistas brasileiros (na linguagem cristã, poderíamos chamá-los de santos), o Brasil e o mundo não teriam sabido com detalhes de toda a crueldade praticada contra seres humanos de forma planejada e organizada, como a revelou o Projeto Brasil Nunca Mais. Sua realização alça-se a patamar semelhante ao que significou a liberação da Polônia do jugo nazista, de forma que o mundo pudesse saber até que ponto o ser humano dominado pelas paixões mais necrófilas pode chegar para aniquilar aqueles que são seus semelhantes.

    Logo agora, quando o fascismo se ergue novamente em nosso país pelas mãos de agentes do Estado, insinuando-se como força purificadora, do mesmo modo como o faziam os agentes da anterior ditadura, a partida de um homem dessa envergadura humana e moral torna meu coração pequenino.

    Se houvesse um panteão do país, pessoas como Dom Arns e Rev. Wright teriam lugar proeminente nele; pelo menos, no meu coração eles estão em tal posição.

    Certamente o mundo continua e de algum modo, por intermédio do fenômeno da “natalidade” de que fala Hannah Arendt, o mundo dos seres humanos há de se renovar e nutro a esperança de (ou rezo para, na linguagem cristã) que seres como Dom Paulo Arns voltem a surgir entre nós. De toda forma, a partida de pessoas assim aumenta imensamente nossa responsabilidade para com o cuidado e amor ao mundo e às pessoas que o fazem.

    Que sua memória permaneça por vários séculos em nosso país e ilumine as decisões e o agir de todos nós e da sociedade brasileira, de sorte que nunca possamos cair na tentação de achar que o ódio é maior que o amor, ou que a indiferença é melhor que a solidariedade.

    Dom Paulo, o senhor estará sempre presente, agora e sempre!

    • Pontos esses que vindo de amebianos como vc, farão uma falta danada. Os familiares desse grande cidadão brasileiro, com certeza estão muito preocupados com opinião.

    • ORGANIZAÇÃO TERRORISTA CHAMA-SE PSDB-pmdb SEU PUTO FASCISTA E CANALHA.

    • E VOCÊ VAI PERDER A SUA LÍNGUA SEU CANALHA QUE NÃO RESPEITA NEM OS MORTOS. PRÁTICA NAZISTA, SEU FILHO DE UMA PUTA,

  • O Brasil está cada vez menor com esses sacatrapos golpistas que roubaram os votos de 54 milhões de brasileiros e pior, perdemos cidadãos desse porte. Pobre Brasil.

  • Ele e sua irmã, Zilda, duas luminosas e iluminadas pessoas que nunca se omitiram e se colocavam do lado mais fraco.
    Foi sacado de seu cargo mais cedo um pouco... por um papa que tambem sacou outros - mais proximos do TRABALHO... e os substituiu por terceiros purpurados, mais afinados com o capital. Foi um processo calculado e frio que mostrou aos recalcitrantes em que time jogava a cúpula romana naquela época.

  • Tivemos um golpe de estado e temos que aguentar este filhos da puta fascista.

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