16 pacientes graves de Covid 19 serão transferidos hoje de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, para Vitória, capital do Espirito Santo.
1.800 quilômetros de distância, a serem vencidos nos pequenos aviões do Corpo de Bombeiros Catarinenses, numa tentativa aloprada de resolver a “fila de espera” de 200 pacientes por um leito de tratamento intensivo.
Mais do que, por um exemplo absurdo, porque jamais você o veria, do que pacientes terem sido levados de Lisboa – dias atrás também numa crise hospitalar – para Paris, a 1.500 km da capital portuguesa.
É disto do que estamos falando, não da transferência de um hospital para outro próximo, em melhores condições.
Sob o ponto de vista humanitário, uma necessidade; sob o ponto de vista de Saúde, uma insanidade, já que não se compreende porque, numa área de fácil acesso e abundância de recursos, não se possa ampliar emergencialmente o atendimento médico adequado.
É a universalização do “padrão Manaus”, justo em uma das mais prósperas cidades catarinense e onde o Governo Federal desabilitou, em dezembro e janeiro, 40 leitos de UTI, quase o triplo do que vai ser buscado em terras capixabas.
Infelizmente, esta loucura vai se multiplicar e, logo, já não haverá mais sequer como fazer este “tapa-buraco” em todos os lugares onde as estruturas hospitalares entrem em colapso, mesmo com um ano de tempo para que o país se preparasse.