Comércio cai mais 0,8%, diz IBGE, e mostra como morre a vaquinha

Ontem, falando na linguagem que as pessoas entendem e não no economês com que se as engana, mostrou-se aqui que a queda da inflação é, pura e simplesmente, resultado da paralisia econômica do país, o que é reconhecido até pelo Banco Central temerista.

Hoje, a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE espelha este fato – ou melhor, espelhava, porque de outubro para cá tudo só fez piorar.

O volume das vendas no comércio varejista s recuou 0,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal.  Na série sem ajuste sazonal, o recuo foi de  8,2%, a 19ª taxa negativa consecutiva e acumulando -6,7% no ano e de -6,8% nos últimos 12 meses.

É o pior resultado desde 2001.

O varejo ampliado, que inclui automóveis, autopeças e  material de construção, recuou 0,3% na série com ajuste sazonal e caiu 10,0% em relação a outubro de 2015.

Para lembrar aos desmemoriados: outubro de 2015, sob a teimosia “cortante” de Joaquim Levy, já foi um desastre.

A vaquinha da economia brasileira está morrendo de inanição e hoje os senhores senadores vão cortar mais – e por 20 anos – o tiquinho de capim que lhes dão os gastos públicos.

Está certo: só o que não pode se “cortar” através de impostos são os ganhos financeiros, os dividendos embolsados, as heranças milionárias, as Ferrari, o caviar…

Fernando Brito:

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  • E hoje será aprovada a PEC da morte com o Brasil indo ladeira abaixo com desemprego generalizado. Como esses golpistas não querem sair tem mais que o circo pegar fogo.

  • Caso aprovada definitivamente, a PEC 55, que limita o crescimento dos gastos públicos nos próximos 20 anos, pode pesar sobre os mais pobres e levar a prejuízos na competitividade do Brasil no mercado global por causa do corte de investimentos - o que não seria uma medida inteligente para o país no longo prazo.
    Essa é a avaliação de Philip Alston, relator especial de Direitos Humanos das Nações Unidas. Ele conversou com a BBC Brasil após a ONU divulgar um comunicado no qual critica a proposta e afirma que o plano do governo Michel Temer para tentar recuperar a economia violará os direitos humanos e obrigações assumidas internacionalmente pelo país.

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