O primeiro ato de Jair Bolsonaro em sua chegada ao Reino Unido, para assistir o funeral de Elisabeth II foi discursar para seus adeptos da varanda da embaixada brasileira, em clima nada próprio a um velório, fazendo campanha eleitoral e prometendo ganhar “no primeiro turno” as eleições brasileiras.
Há dezenas de chefes de Estado chegando a Londres, todos cumprindo a discrição protocolar pedida pelo momento, mas o nosso “tio do pavê” não precisou de mais de três horas em solo britânico para fazer nosso país “pagar mico” diante de toda a comunidade internacional.
Falando para poucas dezenas de apoiadores que foram reunidos abaixo da varanda da embaixada brasileira – sim, usando um prédio público como palanque, algo que já ser tornou “normal” – Bolsonaro mostrou que já perdeu todos os limites de ridículo e de criação de constrangimentos diplomático.
Poderia ter se limitado a um aceno discreto, o máximo que caberia ali. Mas não consegue conter sua egolatria e tentar mostrar-se como “líder de massas”, comportando-se como dono de uma republiqueta que é vista com um misto de curiosidade e vergonha alheia em toda a parte do mundo.