Uma entrevista da Ana Cláudia Guimarães, da coluna de Ancelmo Goes, n‘O Globo, deveria ser lida pelos coleguinhas do jornalismo esportivo (e do político, também) que adoram repercutir que a Fifa se queixou disso e daquilo, todo o dia, com a organização da Copa no Brasil.
Em qualquer confronto entre o Brasil e os “donos da Copa”, eles se alinham automaticamente aos lado dos “”fifenhos”, batendo sem dó no governo brasileiro e enfraquecendo nosso poder diante da turma dos – até há pouco – amigos do Ricardo Teixeira.
Ana Cláudia ouve Pedro Trengrouse, professor da FGV e consultor da ONU para a Copa, que detona a entidade que nunca foi e não é nenhuma “florzinha” inocente, como todo mundo sabe.
Ele diz que a Fifa “resolveu pegar no pé das autoridades brasileiras”, apesar de os preparativos estarem infinitamente à frente do que ocorreu na última Copa, na África do Sul, e de eles estarem ganhando muito mais aqui.
Leia a entrevista, cujo título é ótimo: “A Copa vai bem, apesar da Fifa”
Qual é a diferença entre a Copa de 2014 e a de 2010?
A principal diferença é que o Brasil é o país do futebol, e a África gosta de rugby. Além disso, nós já temos nove estádios prontos e entregues. O outro ponto é que a Fifa arrecadou no Brasil, com a Copa, o maior volume de patrocínio e direitos de transmissão de sua história. Foram US$ 5 bilhões. Aqui, também teve a maior demanda por ingressos. Na África, a Fifa fez até promoções com as entradas.
Qual será o legado deixado pelo evento no Brasil?
A Copa está passando pelo Brasil e deixando o futebol para trás. Na África, a Fifa investiu US$ 70 milhões para fortalecer o futebol local. Construiu 54 centros de treinamentos, patrocinou clubes, competições e fez cursos técnicos. Aqui, a entidade não fez nada. Entre 2010 e 2014, o orçamento da Fifa para desenvolver o futebol no mundo chegou a US$ 800 milhões. Não chegou um tostão aqui.
Como o povo vai participar?
Nós somos 200 milhões de brasileiros. Com sorte, 0,75% conseguirá algum ingresso. E o resto? O governo vai pagar a conta e deixar o povo fora da festa. Ainda dá tempo. O governo deveria organizar eventos para que todos participassem do Mundial no seu país. Sete empresas deram (cada) US$ 3 milhões para a Fifa realizar uma Fan Fest em cada cidade-sede. E ela quer cobrar a conta das prefeituras. O governo deveria ter agenda própria e organizar eventos em cada uma das cinco mil cidades do país.
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O Governo é muito passivo nesta historia da Fifa.........Não tem uma agenda propria.....o Brasileiro pagando a Copa e ainda tendo que ser avacalhado por uma entidade preconceituosa....Quem são estes francêses para meter pau no Brasil.....olhem para o seu País....quem são estes Suiços, um Paraíso Fiscal no coração da Europa.
Logo no Alcelmo que é um escroque.
Sete empresas deram (cada) US$ 3 milhões para a Fifa realizar uma Fan Fest em cada cidade-sede. E ela quer cobrar a conta das prefeituras. e de fu....
Roberto Locatelli. Não tenho facebook, por isto faço o comentário por aqui.
É preciso cuidado com o ufanismo. O governo está, sim, gastando com os estádios. Transcrevo nota do GDF:
Valor, em 2013, é 46% superior ao do ano passado
BRASÍLIA (18/12/13) - O ano de 2013 está entrando para a história do Governo do Distrito Federal como o período de maior investimento já realizado pelo Executivo local. Até o dia 16 de dezembro, já foram investidos R$ 2,2 bilhões em obras, como urbanização, construção e reformas de espaços públicos, infraestrutura e melhorias em Tecnologia da Informação.
Os R$ 2,2 bilhões aplicados em obras representam um aumento de mais de 100% em relação aos R$ 974 milhões investidos em 2011. Em comparação ao R$ 1,5 bilhão do ano passado, o aumento é de 46%. Se comparado aos investimentos realizados em todos os períodos anteriores, o ano de 2013 é, de longe, aquele em que o governo mais aplicou recursos em obras, construções e reformas para a cidade.
A obra que mais recebeu recursos do governo este ano foi a implantação do Veículo Leve sobre Pneus – Eixo Sul (Expresso DF), com um aporte de R$ 619 milhões. A obra faz parte das ações de mobilidade urbana, que visam a preparar a cidade para receber os grandes eventos esportivos e culturais.
O GDF também destinou R$ 442 milhões para a conclusão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e desembolsou mais de R$ 152 milhões para obras de recuperação estrutural de vias. Além disso, as ações de ampliação da rede de iluminação pública receberam investimentos de R$ 45,6 milhões.
Em 2013, as áreas de Saúde, Educação e Assistência Social também conseguiram dar vazão às suas demandas estruturais. Nesse âmbito, o governo conseguiu aplicar R$ 34 milhões na construção de unidades de internação, R$ 32 milhões na construção de creches, R$ 23 milhões na ampliação do Hospital da Criança, R$ 26 milhões na aquisição de equipamentos para a Saúde e mais R$ 20 milhões na construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O secretário de Planejamento e Orçamento, Paulo Antenor de Oliveira, destaca que a orientação do governador é dar continuidade aos investimentos em 2014. "Para isso, estamos trabalhando com uma previsão de R$ 5 bilhões para investimentos no orçamento do próximo ano", explicou.
Paulo Antenor de Oliveira enfatiza que a carteira dos projetos estruturantes foi fundamental para o alcance do desempenho histórico em 2013. "Se não fosse a possibilidade da flexibilidade orçamentária dessa carteira de projetos, o governo não teria alcançado esse patamar de mais de R$ 2 bilhões em melhorias, construções e reformas", defendeu o secretário.
Além disso, a criação da Junta de Execução Orçamentária e Financeira (JEO) permitiu que o governo fizesse o monitoramento constante dos projetos estruturantes. A JEO tem por função aprimorar a utilização dos recursos em função das prioridades definidas pelo governador, canalizando os recursos e esforços de gestão para a implementação do programa de governo.
O chefe da pasta acredita que, com esse novo viés orçamentário, a Administração Pública deve estar estruturada para melhor atender às necessidades da população. "É uma mudança de gestão que se reflete no dia a dia de cada morador do Distrito Federal. Estamos tentando aplicar mais, e melhor, os recursos públicos", complementou.
Nesse contexto, o orçamento é visto como um potente instrumento de ação pública e coordenação. E é por isso que, ao encaminhar a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) para 2014 à Câmara Legislativa, o GDF previu, pela primeira vez na história de Brasília, a destinação de recursos para investimentos superiores aos gastos com a manutenção da Administração Pública.
Quarta, 18 Dezembro 2013 14:40
(J.S*)
Consegue responder quanto do dinheiro investido pelo governo é dinheiro DOADO? Pois todos os investimentos nos estádios são empréstimos a serem pagos com juros. E sabe quanto a Copa vai trazer de divisas para economia? Por baixo 120 bilhões a mais do que o normal, basta fazer uma pesquisa rápida no Google para checar tudo isso.
Calma lá. Os gastos com estádios públicos, estes sim tiveram dinheiro publlico, não há o que negar. Mas por favor deixe CLARO, nestes estádios, que são a imensa minoria, quem gastou foram os ESTADOS e não a UNIÃO. Claro, que você citou o Distrito Federal (suponho eu que é porque é governado por um petista - ou foi coincidência? rs), mas não citou, por exemplo o caso de Minas Gerais, seria porque que é governado pela oposição?
Então a cobrança, nesse caso deveria ser sobre quem? Esse tipo de situação a oposição não explica. Estamos falando de dinheiro DA UNIÃO, governo federal para os estádios. O que você falou foi de dinheiro de Estados e não da União e, logicamente, colocou um governo do PT e não falou de governos estaduais de oposição como o de Minas. Conveniente não?
E, outra, estádio público, por sí só, como o nome diz, é PÚBLICO, então as melhorias já são um legado. Agora se este ou aquele governador não soube aplicar o dinheiro, a conta deve ser cobrada deles e não da presidente.
Daqui a pouco esse pessoa é capaz de dizer que a União é dona de algum estádio de futebol. Só falta.
O problema é que eles não entendem o que é um empréstimo. Santa ignorância.
Acham que por se tratar de um banco publico é DOAÇÃO. Então o BB e a Caixa Econômica vivem a doar dinheiro publico. Confundem varias coisas.
O dinheiro da Copa vai ser gasto em estádios e em jogos de futebol, TAMBÉM.
Vejam bem, a maioria que fala nos gatos da copa não sabe dizer o quanto custará. A quantia em números.
Quanto custarão os estádios. Sequer viram uma planilha de gastos da copa. Falam o que lêem e ouvem no PiG, que faz questão de mentir, manipular omitir para convencer os incautos coxinhas.
A “Copa” vai consumir quase 26 bilhões de reais.
A construção de estádios (+ou-8 bi) é cerca de 30% desse valor.
Cerca de 70% dos gastos da Copa não são em estádios, mas em infraestrutura, serviços e formação de mão de obra.
Os gastos com mobilidade urbana praticamente empatam com o dos estádios.
O gastos em aeroportos (6,7 bi), somados ao que será investido pela iniciativa privada (2,8 bi até 2014) é maior que o gasto com estádios.
O ministério que teve o maior crescimento do volume de recursos, de 2012 para 2013, não foi o dos Esportes (que cuida da Copa), mas sim a Secretaria da Aviação Civil (que cuida de aeroportos).
Quase 2 bi serão gastos em segurança pública, formação de mão de obra e outros serviços.
Ou seja, o maior gasto da Copa não é em estádios. Quem acha o contrário está desinformado e, provavelmente, desinformando outras pessoas.
Eu já ouvi que "o país" (presumo que seja a União) vai gastar R$ 25 bilhões com estádios...
¬¬
É cada uma...
Ricardo Lima, não entendi sua colocação.
Penso que se os gastos do GDF aumentaram é porque a situação financeira é boa e as obras estão caminhando como nunca , vide o VLP que liga Santa maria, Gama, aeroporto e centro da cidade.
Sobre o estádio , o que sempre li é que o dinheiro colocado é do BNDS e vai ser pago pela construtora, como todo empre´stimo feito; e as obras no entorno,vide reurbanização de toda a praça da torre de tv,o GDF as faz como obrigação sua, coisa que governos anteriores "se esqueceram" de fazer.
E, por tantas obras mais , acho que nós, brasilienses, devemos ficar ufanistas com este governo - afinal, gastos com melhorias é investimento e precisamos de investimentos, cada vez mais.
Resumindo:o Mandela foi muito mais competente do que os governos do PT.
Trabalhei com gestão de projetos. É só ter um gerente competente, interessado e com poder de decisão, e um aplicativo para computador, tipo Microsoft Project ou equivalente. E conheci muitas pessoas do governo e da Petrobrás com estes requisitos. Aliás, por que na Petrobrás projetos muito mais complexos não criam tantos problemas como na Copa, no PAC, e outros?
Tava na cara que do jeito que foi tocada a Copa ia dar encrenca.
Tá complicado apoiar o menos pior dos partidos do Brasil.
Que inveja da Crimeia, onde o governo sabe como ocupar uma região em 2 dias e lidar com uma oposição de coxinhas fascistas.
Aqui, algumas dúzias de blackbostas param uma cidade.,
Se v gosta de eficiencia militar russa, é só chamar o traficante seu vizinho de mermão, que ele te mostra uma ak...do lado do cano!
Não entendi seu comentário.
Você é contra a eficiência militar, ou acha que um traficante resolve o nosso problema de segurança.
Querido a questão é política não técnica, além disto 95% dos projetos no mundo não prosperam, inclusive usando ferramentas muito mais complexas que estas citadas.
Poderia colocar telões em todos os outros estádios do Brasil que não serão utilizados pela Copa, com apresentações no campo antes, durante o intervalo e depois dos jogos.
Incentivas as prefeituras e empresas a fazerem os mesmo nas cidades.
Ideias simples são o que não faltam!
Em respeito, li a matéria.
MAS....como eu adorei este desenho...
Como seria bom ver isto acontecer....
MAS...ainda é tempo..até os 90 do segundo
pode ocorrer...
Brizola Brizola Brizola
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/meu-coracao-bateu-mais-rapido-quando-soube-que-gritaram-brizola-na-avenida/
Outra mentira que tem que ser rebatida em todos os flancos, de que os juros do BNDES por serem subisidiados geram prejuízos. Não geram. O BNDES é LUCRATIVO. Os juros podem ser menores do que os do mercado MAS AINDA ASSIM SÃO JUROS, não é apenas correção monetária. No país que uma das mais altas taxas de juros do mundo vem OS COXINHAS, na sua ignorância, querer dizer que juros abaixo do mercado gera prejuízos? Ora, vão plantar batatas com essa mentira, JUROS SÃO JUROS, não é correção monetária. O BNDES cobra juros menores, mas ainda assim são juros e isso deveria SER LOUVADO E NÃO CRITICADO. São contra os juros abusivos cobrados pelos bancos no Brasil e são contra juros menores cobrados pelo BNDES? Haja contradição.
Para agradar a esse pessoal "do contra" que diz que os estádios da Copa são públicos, vamos então aqui no Rio rebatizar o Maracanã para "Estádio Federal Mário Filho" e fazer um concurso público para bilheteiro do Maraca.
Situação do Governo:se ficar o bicho pega,se correr o PIG come,porém precisamos bater de frente com esses bandidos.