A Bolsa, o mercado financeiro e os patetas do jornalismo econômico comemoram o “acordo de acionistas” que iria “pulverizar” o controle da Vale, o que garantiria o “profissionalismo” de sua gestão. Segundo o Valor, o objetivo seria “transformar a Vale numa empresa sem controle definido”.
“Me engana que eu gosto”, como diz o povão, que tem, aliás, uma definição impublicável sobre aquilo que não tem dono.
Por mais que o controle possa – e deva -ser compartilhado por todos os acionistas é obvio que a ideia é afastar ao máximo o que remanesce de controle estatal sobre a Vale.
No que, aliás, foram ajudados pelo apetites de Aécio Neves sobre a empresa.
E como não têm gás para avançar sozinho, o Bradesco e os fundos de pensão – Funcef, Petros, com a Previ (BB) no comando – precisam de liquidez já – abriram cainho para quem quiser chegar devagar, devagarinho, para ir montando sua banca. Muito provavelmente, os chineses, maiores compradores do minério da Vale.
Empresa de um produto só (ou quase), como são as de petróleo, mineração, siderurgia, eletricidade não são o mesmo que varejistas.
Precisam de definições estratégicas e devem tê-las alinhadas aos interesses dos “donos” daquilo que é a riqueza que exploram, as populações. Afinal, minérios, petróleo, rios, tudo isso não são bens públicos?
Meros acionistas eventuais estão se lixado para isso. Querem dividendos, maiores e mais rápidos, mesmo que isso implique em investir menos do que seria desejável no longo prazo.
A Vale cortou R$ 1,1 bilhão em investimentos para 2017, fixando uma meta de US$ 4,5 bilhões, que baixará para R$ 4 bilhões em 2019.
O “mercado” aplaudiu, claro, porque o que não se investe, distribui-se.
Retirar os compromissos da Vale com o seu país é uma consequência natural de uma gestão meramente “profissional”. E profissionais, movidos pela equação do lucro rápido e dissociado do desenvolvimento do país, também fazem asneiras, embora não deixem de levar os seus polpudos bônus.
Os navios comprados por Roger Agnelli na China e na Coreia estão aí para prová-lo: não apenas um “mico” bilionário como um crime contra a industrialização do Brasil.
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Não existe mais capitalismo. A empresa corta investimentos, e os "investidores" aplaudem. Então, não são investidores, são apenas especuladores, sanguessugas.
A doação da Vale do Rio Doce foi um dos tantos crimes - um dos maiores - que o (des)governo de Fernando Henrique Cardoso perpetrou contra o povo brasileiro. FHC fez o governo mais corrupto e deletério da história do nosso país.
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Estivéssemos em um país sério, ele estaria mofando na cadeia junto com seus asseclas, Malan, Serra, Parente, Franco, Fraga, Souza e outros, que fizeram o possível e o impossível para destruir nosso país durante os deploráveis oito anos em que estiveram no poder.
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Agora, eles voltam, encambulhados com a banda mais podre do PMDB com toda vontade de terminar o que não conseguiram de 1995 a 2002: a destruição final do Brasil.
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Não posso deixar de registrar que o PT tem uma grande parcela de culpa pelo fato de a cambada de ladrões do PSDB não ter sido julgada pelos seus crimes de lesa-pátria. Essa condescendência com os criminosos tucanos proporcionou a volta deles agora, com toda a disposição para aterrorizar o povo brasileiro novamente.
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Se o PMDB ainda tem uma ala - bastante reduzida e sem força, atualmente - que tem compromisso com o povo e com o país, o PSDB nada tem. Os tucanos falam só com o grande capital, o multinacional, de preferência. Os tucanos têm ojeriza aos médio, pequenos e micro empresários e agricultores. Os trabalhadores, então, devem ficar bem longe - quanto mais longe melhor - e fudidos.
Ah vai ser como a antiga Brahma. Vai dar vantagens a diretores e um deles vai montar uma banca pra se tornar majoritario. Com direito a insiders i gormations.
o minerio de ferro esteve por decadas la em baixo, coisa de se bem me recordo,USD 0.23 por ton. O frete/ton era mais caro.
Com a alta das commodities pelo ano 2000 em diante, o novo donos da Vale, o Roger começou a pensar alto. Muito alto. Empurrou aos australianos BHP para um preço de, sei la, de acima de USD 70/ton , lembra? Isso goela abaixo dos chineses: o Roger era um gênio.
Alta dessas nao ia se manter mas o Bobroger pensou que dava pra comprar 4 ou 5 Megagiga navios para o minerio dele. Os navios fez o 1º mas era tão estupidamente grande q nao cabia em porto nenhum. E os chinos disseram: aqui nao entra.
Agora, tem chance de os consumidores se tornarem o proprio fornecedor.
Nossos ja gigantes buracos no Pará ficarão maiores... e os ex amigos de monopolio os australianos vão ter negociar em mandarim.
Que falta faz um Evo Moreles.
"Empresa de um produto só (ou quase), como são as de petróleo, mineração, siderurgia, eletricidade não são o mesmo que varejistas.
Precisam de definições estratégicas e devem tê-las alinhadas aos interesses dos “donos” daquilo que é a riqueza que exploram, as populações. Afinal, minérios, petróleo, rios, tudo isso não são bens públicos?"
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Empresas públicas/estatais são instrumentos imprescindíveis e insubstituíveis a qualquer povo que queira trilhar um caminho minimamente soberano, para construir um futuro ao seu feitio.
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Entregar essa empresas à iniciativa privada, que tem como prioridade primeira e, não raro, a única, a busca de lucros sempre maiores para seus acionistas, não tendo qualquer compromisso com o dono das riquezas que é o povo, é coisa de otário.
O mais notável em tudo isso,são OS BRADOS BERRANTES dos PEQUENO BURGUESES,que somente não APLAUDEM, por suas mãos e respectivos dedos,estarem OCUPADOS,agarrados nos TESTÍCULOS DOS BURGUESES.Mas demonstram os PEQUENOS BURGUESES,que não são MUDOS.
PGR faz acordos ilegais com o Deptº de Estado dos EUA (sem passar pela AGU, MJ e Congresso), caracterizando o crime de traição ao país, ao permitir a destruição da engenharia nacional e a inviabilização da modernização das forças armadas que permanecem indiferentes demitindo-se de sua missão primordial (por Mauro Santayana):
http://www.maurosantayana.com/2017/02/o-escandalo-darter.html
CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:
"Art. 13 da Lei 7.170/83 - Comunicar, entregar ou permitir a comunicação ou a entrega, a governo ou grupo estrangeiro, ou a organização ou grupo de existência ilegal, de dados, documentos ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos que, no interesse do Estado brasileiro, são classificados como sigilosos.
Pena: reclusão, de 3 a 15 anos."
A MISSÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA (Do portal=http://www.defesa.gov.br/):
"Coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da SOBERANIA, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, do PATRIMÔNIO NACIONAL, a SALVAGUARDA DOS INTERESSES NACIONAIS e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional."
o fato é que o mineirinho não esta aguentando ficar sem o nióbio.