Não há mais leitos de UTI na cidade do Rio de Janeiro, seja na rede púbica, seja nos hospitais privados.
É uma tragédia, mas está longe de ser uma surpresa, porque era evidente que, tendo fechado mais de mil leitos para Covid-19, o Grande Rio não teria como fazer frente a um aumento de caos, como o que temos agora.
A Fundação Oswaldo Cruz denunciou hoje que cresce o número de pacientes que morre em casa – de Covid e de outras doenças que não encontram hospitais disponíveis – e que nos próprios hospitais sobe a parcela de pacientes que chega ao óbito fora de unidades de tratamento intensivo, que não estão disponíveis. Um grupo de epidemiologistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro afirma que “a média móvel de sete dias do percentual de ocupação de leitos de suporte à vida da Rede SUS no município está em 102,1%. Ou seja, não há vagas para internação.”
Não é preciso muito para saber que a situação sanitária do Rio está em colapso: o prefeito atual, derrotado, lixa-se para o que acontecer e o eleito – eleito, aliás, com os votos progressistas – parece mais preocupado em mandar recados carinhosos para o presidente da República, através do desmoralizado filho-senador da rachadinha.
Nenhuma providência se toma para evitar situações que ampliem ainda mais o contágio , ao contrário. Até festas de Réveillon nos quisoques da orla estão liberadas.
Aqui é o Rio de Janeiro, mas vocês podem nos chamar de Manaus.