Hoje é um grande dia para os que creem na soberania das nações e na boa-vontade entre os povos.
Cuba e Estados Unidos restabelecem relações diplomáticas e, assim, tornam inevitável o caminho para que cesse o bloqueio norte-americano à ilha, o equivalente ocidental ao Muro de Berlim.
Para os mais jovens, trata-se de restrições às relações comerciais entre os dois países, imposta pelos EUA no início de 1962 (!), como forma de tentar derrubar a revolução liderada por Fidel Castro.
Com ele, qualquer empresa sediada ou com subsidiárias nos Estados Unidos pode ser multada ou até fechada se fizer negócios com a ilha.
Os prejuízos a Cuba chegam a incríveis US$ 1,1 trilhão, segundo cálculos apresentados este ano na ONU, que há década exige o fim do embargo, uma determinação praticamente unânime da comunidade mundial, da qual se excluem apenas Israel e as minúsculas Ilhas Palau, que se declaram estado associado aos EUA.
Ah, sim, e a comunidade coxinha brasileira, que ressuscitou o tal “vai pra Cuba” com 40 anos de atraso civilizatório.
O que, considerando o déficit mental desta turma saudosa da ditadura – na qual 70% não viveram, para ver como era “bom” – até que revela uma certa coerência na estupidez.
É uma grande vitória, também, para dois homens.
Um, o Papa Francisco, que abandonou as pompas e a circunstâncias vazias e atirou-se ao mundo como um verdadeiro promotor da convivência humana.
Suas gestões junto a Barack Obama e Raúl Castro foram o empurrão que faltava para o gesto que, embora obvio, faltava há mais de meio século.
Outro, Fidel Castro, um líder que sobreviveu aos atentados, ao bloqueio, à desestabilização e a inimaginável quantidade de golpes que se desfecharam sobre um pequeno país que, com todas as restrições que se possa fazer-lhe, avançou na educação, na saúde, na elevação do ser humano como talvez nenhum outro tenha feito em duas gerações.
Mas ambos, Francisco e Fidel, Cuba e Estados Unidos, ficam pequenos diante do significado de algo que se parece estar querendo ser deixado de lado aqui: a capacidade das pessoas e dos países em conviverem com as diferenças, sem ódios.
Em paz.
E que por isso vale a pena esperar, nem que seja toda uma vida.
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Bem,
parece que agora o Obama começa a justificar, ainda que só um pouquinho, o NOBEL que ganhou por conta...
Mais um bolivariano na praça rsrsrs
Será que os coxinhas vão passar a nos mandar ir para Miami?
Isso é a melhor noticia deste século , ainda bem que os dois países viram que não adianta nada fazer picuinhas por causas já perdidas , agora é ver a reação dos coxinhas e principalmente os comentários dos colunistas do PIG , e o mais legal disso é que o BRASIL com uma visão mais que estratégica colaborou com a construção do porto de Mariel ou seja Lula e Dilma já sabiam disso.
sr Raul castro.
Nao seja bobo.
Enquanto continuar o bloqueio, e vai continuar, nada de embaixada tamanho padrao do império em havana. Só quatro caras e um pra servir o cafe, ´ta? E
sr Raul castro.
Nao seja bobo.
Enquanto continuar o bloqueio, e vai continuar, nada de embaixada tamanho padrao do império em havana. Só quatro caras e um pra servir o cafe, ta? E porra nenhuma de adido militar. Qualquer duvida o putin pode dar bons conselhos neste tema.
E pra facilitar o idiota da nsa podemos ja deixar traduzido isso aqui
pra ele... Ah e se for serio,devolvam guantanamo, q roubaram em 1905/1906.
Quando me sugerem ir para Cuba, como forma de resposta(?) a um debate político, eu respondo: Não, acho melhor tu ires para o México.
INACREDITÁVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
"Todos a Cuba ,agora que o Mister Sam ,meu mestre,aprovou",diria o Oráculo coxinha.
Cuba tem que se preparar para ser o INSS dos EUA,digo ,da população cada vez mais pobre americana.Em uma hora chega na ilha e se trata com uma medicina HUMANA!!!!!!!!!!!
Excelente ideia de negócios para Cuba, turismo de saúde, afinal os EUA tem um sistema de saúde super caro, Cuba poderia suprir essa deficiência e ainda ganhar muito dinheiro com isso.
Governo americano diz que o site da Casa Branca não o ambiente adequado para solicitar o impeachment do presidente Obama, uma vez que serve apenas aos próprios americanos. Esse comunicado foi em função das milhares de mensagens solicitando o impeachment do presidente americano feito por brasileiros revoltados com a retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba.
— Vai pra Cuba!, berram os coxinhas. Pois bem, lá nos EUA o presidente ouviu o conselho. E aceitou.
Como toda idiotice, essa também tinha que acabar um dia.