Cuidado com o copo meio vazio

Preparem-se para as manchetes catastróficas que já estão em alguns portais, e seguramente estarão nos jornais impressos deste sábado.

O número é negativo, mas não tanto, sobretudo porque indica, para quem sabe ler nas entrelinhas das notícias econômicas, uma forte recuperação do apetite externo sobre os ativos nacionais.

O investimento direto estrangeiro cresceu 34% em janeiro, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Para fevereiro, outras notícias – as que reproduzi na figura acima são todas de hoje – sinalizam uma retomada vigorosa dos investimentos no país. Infelizmente, apenas os jornais especializados, como o Valor, tem “coragem” de apresentá-las com algum destaque. Os jornais tradicionais se restringem às supostas desgraças. O desemprego de 4,8% de janeiro, divulgado ontem pelo IBGE, por exemplo, não constou em nenhuma primeira página.

Tudo indica que, assim como as catástrofes previstas para 2013 não se concretizaram, com o crescimento econômico devendo encerrar o ano em 2,5%, bem longe da recessão que alguns economistas previam, o ano de 2014 poderá trazer surpresas positivas, caso os investimentos no país mantenham o ritmo apresentado nesses dois primeiros meses do ano.

 

Fernando Brito:

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  • Amigos do Zé informa:
    Valor da Multa
    R$ 971.128,92
    Valor Arrecadado
    R$ 932.894,32
    Total de doadores
    2993

  • Já foi explicado no Senado por Gleise..
    Matou a pau..
    Vão começar a falar de um novo indice...

  • Maldito capital especulativo. Onde está o Evo Morales quando precisamos dele?

  • Como pensa o comentarista Humberto Borges, o catastrofismo tem, sim, algum interesse especulativo. Mas o principal objetivo são as eleições presidenciais. É necessário para a mídia conservadora criar um ambiente psicológico pessimista ao extremo para que os oposicionistas cheguem no período eleitoral com alguma chance de levar o pleito ao segundo turno e à vitória. Nesta perspectiva, os irmãos da mídia agem em conjunto, dando a entender que diariamente preparam uma agenda negativa comum, os grandes jornalões e as emissoras de TV. Diante desta ofensiva, mesmo se o país estivesse crescendo a 04 ou até 05 por cento, dariam um jeito de espalhar o boato de que a economia estaria no vinagre e estávamos vivendo no pior lugar da terra, por culpa da Dilma e do PT. Um país em acelerada construção tem sempre muitos pontos que ficam temporariamente sem nós e estes pontos podem ser usados pelos inimigos da construção como erros enormes e definitivos. No passado recente, víamos uma ou outra manchete inventada ou manipulada, com a qual nos indignávamos e sobre a qual reagíamos. Agora, neste ano eleitoral, o raro é vermos uma única manchete que não seja inventada ou manipulada, nem sequer temos tempo ou foco para reagir. O catastrofismo na Globo está atingindo as raias do paroxismo. Estão quase a ponto de convocar o povo a pegar em armas para derrubar o governo e entronizar os líderes da oposição. O país que ali aparece, nos horários que eram de noticiários e hoje são panfletários, não se assemelha nem de longe com o Brasil. Uma percentagem de um por cento de erros do atual governo surge com tanta força de imagens que parece ser 99% de erros, com mínima percentagem de acertos. A mídia parece que perdeu todo o senso de profissionalismo jornalístico. Agora se concentra toda em enganar o povo para surrupiar seu precioso voto. A mídia tem partido e este partido tem fome de votos. E o governo não pode achar que isto tudo deva ocorrer sem traçar uma ampla e excelente linha de ação diante desta poderosa ameaça midiática. Sob pena de ter de repente que suportar algum ataque inesperado de forças desconhecidas, e perder as eleições, o que seria a maior de todas as tragédias do país.

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