Cunha: “meu silêncio não está à venda”. E à troca, está?

No que sua defesa disse à imprensa terem sido as “declarações genéricas” que fez à Polícia Federal, Eduardo Cunha disse não ter recebido propostas para ficar calado e disse que seu “silêncio não está à venda”.

Não estar à venda a esta altura, quando não há ninguém capaz de compra-lo sem se encalacrar, não é, perdão, notícia.

Cunha, finório esperto, sabe que não pode haver um negócio de compra e venda de silêncio. Mas pode haver uma barganha, um negócio de troca. E não de silêncio, mas de informações por atenuação de sua pena.

Mas não tem pressa, por duas razões. Não sabe o que virá nas próximas delações e não vai falar daquilo que lhe possa ser acrescentado ao rol de crimes. E aão vai negociar delação com a dupla Moro-Deltan, que movidos pela “odeia” fixa em Lula têm pouco ou nenhum interesse em Temer.

PS. Aquele site de direita que é o vazadouro preferencial da Procuradoria Geral da República diz que Funaro falou hoje à Polícia Federal. A ver, no final de semana das “pautas-bomba” na imprensa.

 

Fernando Brito:

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  • Moro e Dalagnol tem tanta vontade de condenar o Lula, mesmo sem provas, que não custa perguntar: estariam ganhando alguma coisa em pagamento? De quem?

    • A lista de gente querendo a prisão de Lula era gigantesca, mas está ficando pequenininha cada dia que passa. Os golpistas já perceberam que sem seu carisma e carinho no comando, sem o auxílio aos mais pobres, a economia já era. Lula provou que os neoliberais são apenas idiotas com muito dinheiro.

  • O silêncio dele "não está a venda", mas é comprado aquí fora.

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