Há uma única afirmação peremptória na entrevista do gavião Eduardo Cunha a Kennedy Alencar, no SBT e reproduzida em seu blog.
É a garantia que não colocará sequer em votação qualquer projeto de regulação econômica da mídia.
“Jamais. Regulação de mídia, jamais. Eu colocaria na gaveta”
Foi um raro momento de sinceridade em uma entrevista onde quis se apresentar como o “Dudu Paz e Amor”, com direito até a uma evidente assessoria de imagem para transmitir uma figura menos soturna que aquela a que todos estão acostumados.
O que significa isso?
Cunha sabe que seu passado de negócios e lobbies é seu ponto mais frágil.
Dezenas – ou centenas – de repórteres e deputados, em Brasília – o conhecem, como conhecem suas indicações políticas, sobretudo para postos-chave na definição de financiamentos, como a vice-presidência da Caixa.
A declaração direta, incisiva, que não admite nem sequer falar no assunto funciona assim como uma garantia de que estes fantasmas não virão à tona nos jornais, ou que faz, com ela, um pedido de providências para que não apareçam por lá, com mais profundidade.
Cunha, assim, terá de se preocupar apenas com o seu outro ponto frágil: se o governo fará “jogo duro” com os governadores eleitos do PMDB e seu controle sobre as bancadas dos recém-eleitos.
Michel Temer, deixou isso bem claro: ““se tiver um candidato (à presidência da Câmara), ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República”
O governo pode cometer qualquer erro em relação a Eduardo Cunha.
Menos o de ter ilusões de que com ele haja acordo para valer.
View Comments (15)
O governo não tem mais direito a ser ingênuo.
“Jamais. Regulação de mídia, jamais. Eu colocaria na gaveta”
_____________________________
Esse já está blindado. Após isso, nada seria capaz de trazer [publicamente] à tona seu passado e presente - não de anti-socialista, não de anti-democrata - mas de antissocial.
___________________________
Ou será que estamos super-estimando os poderes do PiG?
Com certeza esse cara gostaria muitíssimo que o Presidente da República fosse Benito Mussolini. Neste momento político da vida nacional o fascismo está mostrando cada vez mais a sua cara, repentinamente veio à tona e realmente veio para ficar. Teremos um trabalho árduo daqui para frente. Pra ganhar esse braço de ferro vai ser preciso muita lutam mas não vamos desistir nunca! "A única luta que se perde é aquela que se abandona. É preciso insistir e nunca desistir, da mesma forma que só tem sentido viver, para servir"
"Neste momento político da vida nacional o fascismo está mostrando cada vez mais a sua cara,..."
___________________________
Um tanto melhor se mostrarem a horrenda face. Um tanto melhor. O problema mesmo é se continuassem dissimulados ou em cima do muro, como sempre estiveram.
Chega de dissimulação:
Direita, mostre a cara!
Neofascistas, mostrem a cara!
Um adversário e mesmo inimigo auto-declarado é mais fácil de ser combatido.
Simples, só deixar a mídia de bico seco por 4 anos e a regulação estará mais do que feita.
Bem colocado José. Bico seco no PIG e pressão forte, pela sociedade, para que esta cobra não se crie. Pressão no PT para que não deixe o PMDB deste crápula quebrar o acordo de alternância na presidência da Câmara. Este energúmeno tem a missão dada pelo PIG para melar a regulação da mídia. Vamos com tudo para cima dele, que ele não tem esta bola toda que acha que tem, é só escancarar os podres dele que ele se caga!
Reparem como ele se parece com Carlos Lacerda, o Corvo. Não dá para confiar nesse cidadão que carrega em seu DNA o germe udenista. Xô Eduardo!
Caso ele seja o escolhido, é preciso que todos os movimentos saiam para às ruas como forma de pressionar os seus pares, só na base da pressão popular conseguiremos quebrar a resistência dessa gente.
Temer é muito manso, já passou da hora de dar um susto nesse pessoal.
Por favor, coloquem uma camisa de força nesse elemento. Ele é um perigo para a sociedade.
Vejam o que é o poder da mídia: Aécio é um saco vazio. Mesmo com o apoio absurdo que teve da mídia, mesmo com as manipulações sobre os protestos de junho, mesmo com a sabotagem constante da copa dentro e fora do campo, mesmo com com as constantes chamadas ao "Mentirão", mesmo com o terrorismo econômico diário, e mesmo com a artilharia contra a Petrobrás durante meses, tudo isso amplificado pelas redes sociais, ainda assim não conseguiu ganhar da Dilma e nem conseguiu ganhar em seu próprio estado em nenhum dos dois turnos. Se hipoteticamente a Dilma tivesse toda a ajuda que Aécio teve, digo sem medo de errar que Aécio não chegaria a 7% dos votos válidos.
O presidente da Camara dos Deputados não é nenhum rei para dizer o que aceita ou não aceita. O Congresso Nacional é representante de toda a sociedade brasileira. Ninguém deveria, portanto, decidir sobre qualquer questão se comportando como se o Congresso fosse seu. Primeiramente é um desrespeito com os seus pares, que não são seus subalternos e depois com a sociedade. A Camara e o Senado são colegiados, suas decisões são tomadas em função da vontade da maioria e devem ser sensíveis aos interesses da sociedade. Essa questão da regulamentação da mídia é do interesse da sociedade. A participação de todos nessa discussão é importante para dar a adequada solução, considerando todos os interesses.
Essa pauta é de toda a sociedade. O Brasil precisa se atualizar em relação a outros países, é necessário enfrentar essa discussão. Ampliar a circulação da informação, dar condições para a desconcentração dos setores de mídia, estimulando a concorrência. Tudo isso será benéfico a toda a sociedade. Até o que existe ficará melhor. Nenhuma das partes deve temer essa discussão.