A crer nos números da pesquisa Datafolha para o Governo de São Paulo, entre as candidaturas de Fernando Haddad e Marcio França, melhor seria se concorressem os dois. Pela pesquisa, Haddad (28%), França (19%) e o possível apoio de Boulos ou de seus eleitores, 10%, a soma alcançaria 57%, deixando aquele que liderasse o primeiro turno em francas condições de vencer a rodada final.
Mas é improvável que isso venha a ocorrer se PT e PSB fizerem a tal federação partidária, o que implica lançar apenas um candidato a cargo majoritário.
A pesquisa é capenga (ou dirigida, vai saber…) porque simula apenas a candidatura França sem Haddad e não a de Haddad sem a de França. E fica claro que o eleitor de esquerda migra fortemente para Guilherme Boulos, que passa de 10% para 18%, dez pontos apenas atrás de França, que aparece com 28% da intenções de voto.
Uma situação de risco, portanto, sobretudo porque seria virtualmente impossível fazer petistas atacarem Boulos e completamente impossível que o próprio Lula o fizesse.
Possivelmente, pelos resultados, Haddad poderia abrir uma vantagem folgada sem a candidatura França e com o apoio de Alckmin e o “efeito Lula” – por outras pesquisas, com cerca de 38% de preferência em São Paulo.
É bom lembrar, porém, que o mesmo Datafolha diz que a possível aliança de centro esquerda em SP é desconhecida da maioria.
Há uma válvula de escape na candidatura a senador, onde Paulo Skaf, como candidato de Bolsonaro, tem alguma chance se a centro esquerda não lançar um nome viável.