A dois meses da eleição, Lula mantém inabalável a sua dianteira sobre Jair Bolsonaro (47% contra 29%, entre os votos totais dos eleitores) e 52% dos votos válidos, em tese mais que os necessários 50% para decidir a eleição em primeiro turno.
É o que revelam os números do Datafolha, publicados minutos atrás, sem qualquer alteração da votação dos favoritos (e também dos demais candidatos) que não seja residual e dentro da margem de erro estatística.
Ciro Gomes segue com 8%, Simone Tebet vai de 1 para 2%, André Janones faz o inverso (de 2 para 1%) e Pablo Marçal e Vera Lúcia marcaram 1%.
A consolidação da tendência eleitoral é absoluta, a tal ponto que todas as esperanças de Jair Bolsonaro ir a um segundo turno depende não dele, mas de que os demais candidatos “roubem” alguns votos de Lula e dos poucos indecisos (3%) remanescentes.
Não se deixe impressionar com os “recortadores de pesquisa” que em tudo arranjam sinais de crescimento e queda de candidatos. Há, nisso, variantes para todos os gostos, seja para dizer que Lula melhora no eleitorado masculino e que Bolsonaro avança no feminino.
O fato concreto é que o anúncio do pagamento de um auxílio maior, dos vales isso e aquilo e a redução do preço dos combustíveis não impactou significativamente as decisões do eleitor, ao menos até este momento.
Provavelmente é o mesmo que veremos quando forem divulgados os dados de 2° turno, caso venha a acontecer.
Mas, com 18 pontos de diferença, Lula está cada vez mais próximo de dispensar a segunda volta eleitoral.