Se houvesse 2° turno, segundo o Datafolha:
“Lula bate Bolsonaro por 59% a 30%”. Em votos válidos, o que conta oficialmente, 66,2 % contra 33,8%.
“Lula teria 57% e Moro, 31%”, em válidos, 64,8% contra 35,2%.
Poupo-me dos números ainda mais acachapantes com as impossíveis disputas com Doria e Moro.
Recordo apenas que a eleição de Bolsonaro, em 2018, não se deu por 30 pontos de diferença, nos votos válidos, mas por 10%: 55% a 45% sobre Haddad.
E foi tratada como um massacre, que deixou a oposição cambaleante.
Estes números talvez não aconteçam, porque talvez não aconteça um segundo turno que afunile a disputa de lance fora os fait divers eleitorais.
Mas dão ideia da mistificação que se faz na mídia com a história que, sem o fantasma de Bolsonaro, o antilulismo seria o fator determinante do processo eleitoral.
Pensam que podem fazer de Moro um “Bolsonaro, Parte 2”, como pensaram que lançar o ex-juiz interromperia o processo de formação da vontade popular.