Minutos atrás, pela enésima vez, o apresentador José Luiz Datena, anunciou que desiste de ser candidato ao Senado.
Com isso, abriu espaço para que desapareça qualquer qualquer resistência de Márcio França, do PSB, a retirar sua candidatura ao governo paulista, passando a disputar a cadeira no Senado.
Há uma pesquisa Datafolha a ser divulgada agora à noite, que já fica vencida, pois ninguém duvida que a dianteira seria, ainda, de Datena.
O apresentador pode ser o que for, mas sabe o que lhe dá ou o que não lhe dá voto. E deve ter tido bons motivos para não ser o candidato de Bolsonaro e, mesmo com o apoio explícito que lhe deu hoje cedo o presidente, acho que isso não levaria os paulistas a escolherem sua candidatura.
O que parece é que o apoio expresso e explícito foi a última cartada de Bolsonaro para ter um candidato forte para “dobrar” com Tarcísio de Freitas em seu palanque em São Paulo.
Ao mesmo tempo, garante que a aliança entre Lula e Alckmin, no estado em que ela é mais decisiva, possa ter uma versão local de unidade, cuja falta a deixaria com muito menos significação política. A dobradinha Fernando Haddad, governador – França, senador traduz os sinais políticos perceptíveis ao eleitor paulista de que enfrentar Bolsonaro e o bolsonarismo é o divisor de águas da eleição.