Depois do compromisso “chato” de dar uma volta de helicóptero sobre a Grande Recife inundada e conceder uma entrevista coletiva promovendo seu amigo sanfoneiro Gilson Machado, Jair Bolsonaro voltou hoje a seus programas de lazer, passeando de moto num barreiro onde será – ou se promete ser – um complexo esportivo em Jataí, cidade de 100 mil habitantes e, depois, mais uma feira agropecuária el Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, para mais alguns “irrú” cavalariano.
Campanha total e nem mesmo disfarçada, claro.
Como o aumento do diesel, que segue em alta (assim como o petróleo bruto e a gasolina) no mercado internacional é uma questão de tempo, que só a indefinição do comando da Petrobras está adiando, parece ser uma questão de tempo (ou nem só disso, porque os mercados de commodities são futuros e as entregas arriscam-se a demorar semanas) e até de escassez, tudo ameaça ficar pior.
Isso simplesmente massacraria a expectativa para lá de otimista de inflação negativa em junho, que é a projeção oficial do governo.
Governo? Que digo eu? Faz tempo que deixamos de ter um e passamos a ser dirigido por um jogo de oportunismo em que qualquer medida é válida para eleger Bolsonaro, ainda que à custa da quebra da já tosca estrutura fiscal do país.
Tanto que, revela-se hoje, recusou-se a discutir com o presidente da Petrobras (o agora demitido José Mauro Coelho) qualquer fórmula para diluir o aumento de preços.
Ele não tem nada com isso.