O PSOL entrou com um mandado de segurança para sustar a tramitação do decreto de intervenção do Rio de Janeiro.
É evidente que não terá sucesso, porque o Brasil virou um país autoritário, onde o Presidente da República toma uma medida destas sem sequer se dar ao trabalho de redigir uma exposição de motivos ao Congresso.
Nada, três linhas burocráticas dizendo o óbvio, que encaminha o decreto.
Os conselhos da República e de Defesa, que a Constituição determina serem ouvidos sobre a intervenção foram ouvidos, para inglês ver, hoje, quatro dias depois do fato consumado. Ouvi-los só para dizer “sim, senhor”.
Este é o grau de seriedade com que esta questão é tratada.
Não é absurdo pensar que a intervenção tenha sido decidida em diálogos assim:
-Michel, tive uma ideia supimpa!
– Que foi, Moreira?
-Vamos dar a volta por cima. Qual é a maior preocupação da população, o que é unânime?
-O “Fora Temer”?
-Não, Michel, a segurança! Sempre foi, você não lembra que eu me elegi prometendo acabar com a violência em seis meses?
-Mas você não acabou e os assassinatos cresceram 50% no seu, digamos, governo.
-Isso não vem ao caso, Michel, o negócio é a gente voltar a influir na eleição!
-Pode ser, vamos pensar num jurista, um nome de expressão…
-Michel, aquele palhaço da Tuiuti te tirou do prumo, né? Que mané jurista, um general! Para dar a impressão que o couro vai comer. Queremos muito tanque, muita tropa, uniforme de camuflagem, tudo o que tem direito…
– Mas não vai pegar mal, Moreira?
-Que pegar mal, Michel, a mídia vai apoiar e as pessoas estão com medo de tudo.
-O Exército vai topar?
-Chama o Sérgio, Michel, que ele resolve na hora. Ele já botou o Torquato no bolso nesta história da PF, está louco para atropelar no Exército também.
-Mas o Supremo…
– Michel, aquela dona tem tanto medo de cara feia que nem no espelho se olha. Do Fuinha ao Topetão todos vão aplaudir.
– É, pode ser uma boa…
-Vai por mim, Michel, seus problemas acabaram…
E assim a intervenção “Tabajara” vai ser aprovada, com a seriedade nenhuma que este governo tem. E as forças das sombras, de olho em cancelar as eleições, aplaudem de pé.
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Ozório
19/02/2018 - 18h48
Duvivier: governo criou a “Guerra ao Terror” no Rio
Onde tem mais dinheiro: na favela ou no apartamento do Geddel?
Publicado em 19/02/2018 no Conversa Afiada
Com máscara de caveira, soldados do Exército fazem operação na Rocinha, em setembro de 2017 (Créditos: Domingos Peixoto/Ag. O Globo)
O Conversa Afiada reproduz artigo de Gregorio Duvivier na Fel-lha desta segunda-feira, 19/II:
Viva a intervenção militar! Chegamos a tal ponto que só o Exército vai pôr fim à roubalheira. Só não entendi por que ela começou no morro do Rio de Janeiro.
Em Brasília, um terço dos congressistas está às voltas com a Justiça. De todas as favelas do Rio, nenhuma tem uma porcentagem tão grande de criminosos quanto o Congresso. Não somente em quantidade, mas em qualidade: duvido que a quantia total de furtos no Rio seja maior que a verba encontrada no apartamento de Geddel.
“Sim, mas o problema do Rio é o tráfico de drogas.” Se o problema fosse exclusivamente esse, também deveriam começar por Brasília. Nenhuma favela do Rio jamais esconderá tanta cocaína quanto o helicóptero daquele senador do PSDB.
Há quem diga que a intervenção no Rio se dá por causa de um clamor popular. Pesquisa feita em 24h pelo governo federal afirma que 83% da população carioca é favorável à intervenção, noticiou o “Globo”. Ora, se Temer se importasse, de fato, com o clamor popular, se retiraria imediatamente do cargo. Espanta que o presidente menos popular da história ainda esteja interessado em saber o que o povo pensa. Se a população for consultada, fica muito claro que a metástase a que ele se refere tem nome e sobrenome: o seu.
Depois, resta saber se algum favelado foi ouvido nessa pesquisa. Acho que não se encaixam na categoria “cidadãos” nem “cariocas”. Vale lembrar que até o IBGE, um instituto muito mais sério que o governo Temer, ainda sustenta que a Rocinha tem 69 mil habitantes, enquanto a Light registra 120 mil e a Associação de Moradores estima em 200 mil. Se nem o censo subiu a favela, pode ter certeza de que Temer fez essa pesquisa que nem as plásticas da sua cara: a toque de caixa, pagando pra algum amigo.
A estratégia é batida. Assim como nas guerras americanas “ao terror”, o governo inventa um adversário para unir a população. No caso dos americanos, escolhe-se um inimigo externo, de preferência bem longe, pro sangue não respingar. O Brasil não faz cerimônia: escolhe os iraquianos aqui mesmo, pela renda e cor de pele. Temos a sorte de ter uma parcela sub-humana da nossa própria população, de quem a morte não comove muito. Em tempos de crise, isso ainda gera economia em passagens aéreas.
Enquanto isso, o inimigo em comum continua sentado na cadeira presidencial. Já que Temer tá interessado em ganhar popularidade, fica a dica: seu desaparecimento é mais popular do que qualquer intervenção
"A liberdade de expre$$$ão" sob a égide da quadrilha de mafiosos que tomou de assalto o Brasil!
https://www.ocafezinho.com/wp-content/uploads/2018/02/capas-revista.jpg
ACIMA
A liberdade de imprensa do vampirão neoliberal
Escrito por egrégio e impávido jornalista Miguel do Rosário
As três revistas de maior circulação do país vieram com a mesma capa, um anúncio do governo federal em prol da reforma da previdência que promete, em suma, acabar com… a previdência. Historiadoras do futuro, essa é a liberdade de imprensa do Brasil do golpe: só ganha publicidade quem concorda com o presidente que tem 3% de aprovação. E tudo isso com a cumplicidade criminosa do judiciário e do ministério público.
19/02/2018
(...)
FONTE [LÍMPIDA!]: blogue O Cafezinho
Verbas públicas para Globo aumentaram 63% em 2017
Escrito por egrégio e impávido jornalista Miguel do Rosário
19/02/2018
(Ao lançar novo escritório de “jornalismo”, os irmãos Marinho brindaram com nosso dinheiro).
– João Doria também ganhou presentinhos do governo federal (ver ao final do post).
A grande imprensa golpista, como todos já sabem, esqueceu completamente de monitorar os gastos federais com publicidade. Durante a era Lula, a mesma imprensa passava o pente fino, todos os meses, na publicidade federal, caçando investimentos na mídia alternativa.
Cabia à Folha, em particular, este triste papel, sempre tentando produzir sensacionalismo com as migalhas que o então governo, acuado pela própria mídia, investia em alguns veículos “não-alinhados” à narrativa golpista.
Chegava a ser quase engraçado. Os jornalistas descobriam que os governos Lula e Dilma tinham torrado bilhões de reais na Globo, mas a manchete era sempre para as verbas mixurucas que iam para um grupo reduzido de blogs, desde sempre estigmatizados como “pró-PT” (a mídia tucana jamais chamaria a si mesma de “mídia anti-PT”, ou mídia pró-PSDB”).
(...)
somente os gastos publicitários da presidência da república e dos ministérios, na Globo, sem considerar a publicidade das estatais, que permanece em sigilo, totalizaram R$ 52 milhões em 2017, um aumento de 63% sobre o ano anterior, e de 77% sobre 2015.
Os valores são líquidos, ou seja, já descontados os tributos.
Segundo especialistas ouvidos pelo blog, quando os recursos das estatais forem computados, esses números devem se multiplicar por quatro ou cinco.
Conforme anunciado oficialmente ao final do ano passado, o governo Temer decidiu cortar investimentos em áreas essenciais da saúde pública. As despesas com saneamento básico, por exemplo, deverão sofrer um corte extremamente brutal, passando de R$ 1,4 bilhão em 2017 para R$ 16,5 milhões (sic) em 2018.
(...)
FONTE [LÍMPIDA!]: blogue O Cafezinho
Eita DOR DE COTOVELO que não passa, não é MIQUINHO AMESTRADO?!?!
TRF-4 decide na quarta-feira se Tacla Duran será ouvido sobre adulteração de provas; cerceamento pode anular processo, diz defesa de Lula
19 de fevereiro de 2018 às 16h14
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FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.viomundo.com.br/politica/decide-na-quarta-feira-se-tacla-duran-sera-ouvido-sobre-indicios-de-adulteracao-de-provas-cerceamento-pode-anular-processo-diz-defesa-de-lula.html
Lembram da ideia genial do Duplo Expresso?
Colocar um vice do tipo Roberto Requião, João Pedro Stédile, Guilherme Boulos, José Rainha?
https://www.youtube.com/watch?v=E6A14DMEA8k
Xadrez de Sérgio Etchgoyen, o comandante de fato do governo Temer, por Luis Nassif
Por egrégio e impávido jornalista Luis Nassif
19/02/2018 - 17:36
Peça 1 – a volta previsível do poder militar
A saída pela via militar estava prevista desde o início do impeachment. E a peça central sempre foi o general Sérgio Etchgoyen, nomeado para Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Em 07/05/2016, aqui o “Xadrez do governo Temer e o fator militar”
(...)
O que o STF (Supremo Tribunal Federal) fará em relação às medidas anunciadas?
Valendo a regra atual, nada.
A estratégia de Sérgio Etchgoyen será essa: à medida que se avance a tal operação, ousar mais medidas de arbítrio, testando a resistência das instituições nacionais.
Se não houver resistência, meterá a bota na jaca da Constituição. E não venham esses débeis civis do Supremo, da PGR e do Congresso reclamarem mais tarde.
FONTE [LÍMPIDA!]: https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-de-sergio-etchgoyen-o-comandante-de-fato-do-governo-temer-por-luis-nassif
Eu seu a favor daqueles que dizem que a dinâmica das coisas hoje é totalmente diferente do golpe de 1964.
Na hora que o soldadinho,capitãozim e afins,entrarem num barraco e ver o General do tráfico(isso não existia em 1964)contando pilhas de dinheiro,o patiota,nazionalista,se não ficar viciado em cocaína como os militares do México e Colômbia do imundo Álvaro Uribe,ele no mínimo vai pensar em trocar o celta ano 2007 dele por um carro de 200 mil reais,vai pensar em deixar o aluguel e comprar o seu imóvel próprio,vai querer colocar o filho em colégio particular e cia.
O poder da grana do tráfico é irreversível e estamos no aguardo para ver se vai ter show midiático de intervenção em São Paulo,onde Geraldo Alckmin disse que que não precisa porque já falou com o poderoso Marcola.
Até agora quem só se ferrou mais com as brincadeiras da Farsa Jato e golpista Temer foi só o nosso maravilhoso Rj.São Paulo como tem o Brasil todo trabalhando para ele,está as duras penas escapando.
Obs:Eu sou a favor daqueles que dizem que a dinâmica do golpe de 2016 é totalmente diferente de 1964,sendo que uma das poucas semelhanças é a presença dos Estados Unidos no golpe para nos saquear a Petrobrás e nos escravizar.
INTERVENÇÃO PODE SER PARTE DE UM PLANO MUITO MAIOR
O jornalista e colunista do 247 Ribamar Fonseca alerta para a população ficar atenta às manobras de Michel Temer na intervenção militar no Rio de Janeiro, que ser parte de um plano muito mais amplo destinado a mantê-lo no poder; "Temer, afinal, já deu mostras de que sabe usar muito bem o poder, sem qualquer escrúpulo, não sendo de todo impossível que vislumbre a possibilidade de destruir o que resta da Constituição para implantar um regime de exceção", diz; para Ribamar, medida contaria com a "cumplicidade dos mesmos parceiros que promoveram o golpe e o colocaram no Palácio do Planalto"
Ribamar Fonseca é jornalista e escritor
19/02/2018
(...)
FONTE [LÍMPIDA!]: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/ribamarfonseca/342935/Interven%C3%A7%C3%A3o-pode-ser-parte-de-um-plano-muito-maior.htm
O general "Gretchen Gorda" é do exército...mas não parece ser o brasileiro.
Essa intervenção é como o confisco da poupança pelo Collor, pura canalhice.a
O que o blogueiro não sabe é que o diálogo entre Temer e Moreira não é imaginário. Aconteceu realmente, e nesses precisos termos.
Pelo menos, é a única explicação sensata para tão perversa palhaçada como a intervenção "esmaga pobre" no Rio de Janeiro.
Não consigo entender a criancice da esquerda que ainda recorre ao STF para questionar ilegalidades. Esquecem que foi com o Supremo e tudo. Jucá na gravação diz que era difícil chegar ao Ministro Teori, então o avião com Teori caiu. Imple assim.
Mas que revolução é essa que não tem povo na rua? Criancisse é achar que vai ter revolução no Brasil, com 500 anos de história em prova contrária.
Aliás, revolução, houveram, e muitas. As locais, rapidamente esmagadas. E as da elite: proclamação da República, Revolução dos ricos paulistas contra o Vargas, e, claro, a "revolução" de 64