A economia tem lá suas obviedades, que ficam encobertas pelo palavreado complexo dos “especialistas”.
A milenar “lei da oferta e da procura” é uma delas, que só se invoca na hora de defender que tudo seja privado e regulado pela “mão invisível” do mercado, para proporcionar lucros maiores e mais espalhados por toda a atividade humana, que é, afinal, a mais basilar definição da economia.
É por isso, e não mais que por isso, que não se está festejando, nos jornais, a primeira “deflação” em 11 anos.
Os preços não sobem – e até caem – simplesmente porque não se vende.
Sobretudo os que não têm outro jeito senão serem vendidos “pelo que der”: os alimentos in natura, principais responsáveis pelo índice negativo.
O restante, se não tem quem compre, não se produz, não se faz, não se comercializa.
E, portanto, deles não se arrecada imposto.
É por isso que a sempre otimista Miriam Leitão diz que “a receita (fiscal) não reage”.
O Brasil não está em uma crise inflacionária, óbvio, como as que tantas vezes vimos. Está numa crise de estagnação e numa crise fiscal como jamais esteve, exceto talvez nos tempos de José Sarney (perdão pela mórbida semelhança).
Pior ainda, está a caminho de uma arapuca anunciada pela ancoragem dos gastos públicos na variação inflacionária que, adiante, vai levar ao paradoxo a paralisia dos serviços públicos que ocorre já hoje e que só vai aos jornais naquilo que importa mesmo a esta elite de quinta categoria que temos: quando param os passaportes e a polícia.
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- Doutor, a febre do paciente está acima de 40 graus! - avisa a enfermeira aflita.
- Desliguem os aparelhos.
- Mas doutor, isto vai matar o paciente!
- Mas também vai abaixar a febre, oras.
E daí que temos deflação? É só ir nos supermercados para ver como estão vazios. Só vejo movimento no início do mês em que os aposentados recebem e os trabalhadores também. Nos demais dias, os supermercados ficam às moscas, com pouca gente comprando. Eu mesma estou procurando diminuir os meus gastos. Pior é que não estou vendo os preços baixarem devido ao baixo consumo. E cada vez mais os comércios estão fechando as portas. Só aqui na região onde moro, o ABC paulista, uma rede atacadista de alimentos fechou 4 pontos comerciais, deixando muita gente desempregada. E ainda temos que aguentar o Temer dizer lá fora que aqui não há crise...... É um Mané mesmo!
Aqui em Natal o maior e mais movimentado shopping da cidade, onde até pouco tempo atrás raramente se via um espaço ocioso, está com vários pontos vazios. Onde havia várias lojas, até muito movimentadas, agora só há tapumes de PVC. A quebradeira está geral. Algumas lojas que não fecharam, estão se mudando para locais de aluguel mais barato, pois não estão conseguindo pagar o valor de um espaço nos shoppings. Situação crítica.
EUA são derrotados na guerra econômica movida contra a Rússia através das "sanções". A economia russa se fortaleceu, o país se tornou auto-suficiente internamente e criou a indústria mais diversificada do mundo:
https://dinamicaglobal.wordpress.com/2017/07/07/a-economia-da-russia-emerge-mais-forte-do-que-as-sancoes-no-periodo-de-2014-2016/
Tá ruim? Vai piorar depois da última parcela do FGTS ser distribuída e do raspa taxo das poupanças familiares adquiridas na época dos bandidos petralhas.
Pois é, sou um desses bandidos petralhas e com muito orgulho. Fizemos o melhor para o país. Impressionante como vocês destruiram tudo em poucos meses.
É a "RÉ-economia". Não só na Região dos Lagos que se observa o efeito desse esvaziamento do comercio como tambem em toda esfera nacional conforme pesquisa do IBGE ( orgão SÉRIO). Se o produtor não baixar seus produtos o comerciante não consegue repassar para população que não recebe o suficiente para cumprir seus compromissos: LUZ=velas; CERVEJA=água de torneira; TV a cabo= gatonet; GELADEIRA CHEIA DE PETs com água de torneira e uma cebola no gavetão correndo pra lá e pra cá. Isso ocorre, não só, nos grandes centros urbanos como em todas regiões ribeirinhas no norte do país conforme as pequisas SÉRIAS do IBGE
Boa tarde,
E dai, dai que no comercio escutamos o bater das asas das mosca...
João Penha, parabéns! É essa a questão! Podemos até passar fome ou necessidades, desde que tenhamos ESPERANÇA de que as coisas vão melhorar. Que nossos filhos não precisarão provar desse fel que, infelizmente, mais uma vez estamos provando. E o pior ainda está pir vir: a estagflaçao.
Principalmente quando os morros e a s periferias resolverem se revoltar pela premência da fome ou da dor, ou da desesperança, ou do sentimento de exclusão, ou...
Ai, ai, que saudades teremos do Lula, da Dilma, do PT, dos sindicatos, das centrais sindicais, dos grandes Fundos de pensão das grandes empresas ligadas ao Estado Brasileiro (que alavancavam as grandes obras de infraestrutura), enfim, de todos os movimentos sociais que nos ajudaram a chegar até um País mais justo e solidário. Que arrependimento!!!
Eleições diretas é a única soluçao para sairmos o mais rápido possível dessa arapuca da estagnação. Não haverá mudança de governo, só vao passar de uma mão a outra. Precisamos de estabilidade e respeito que esses golpistas nos tomaram.