A manchete do Estadão de hoje é de deixar os tucanos mudos.
Os advogados de seis executivos da Siemens teriam ouvido dos promotores do Ministério Público de São Paulo, que não é o de Roberto Gurgel, a proposta de um acordo de delação premiada para que entregassem todo o esquema montado para fraudar as licitações do Metrô e dos trens paulistas.
Não se sabe se neste grupo está Adilson Primo,presidente da multi alemã despedido há dois anos, depois de descoberta uma conta dele e de três sócios, em Luxemburgo, paraíso fiscal europeu.
A matéria diz que os seis serão ouvidos para descrever o esquema de composição do cartel e, espera-se, para saber quem eram os que aceitaram o sobrepreço no Governo do Estado.
Não vai ser fácil fazer este caso voltar para a penumbra onde o mantêm há anos, desde que estouraram as denúncias de pagamento de propinas por uma das líderes do grupo, a Alston. Para entender melhor o caso, leia a matéria do Diário do Centro do Mundo.
Alston e Siemens, de acordo com o mapa de contratos publicado pelo Estadão, reproduzido aí ao lado (basta clicar nele para ampliar), foram as únicas empresas a participarem de todos os contratos.
O do Distrito Federal, é bom que se esclareça, começou com Joaquim Roriz e seguiu com seu pupilo e depois desafeto José Roberto “Panetone” Arruda.
Embora ainda se esteja preservando as administrações tucanas, é óbvio que licitações deste porte têm toda uma preparação de pesquisa e se sabe exatamente o preço que é cobrado por trens e suas estruturas operacionais.
Um sobrepreço de até 30% não tem como passar despercebido.
Os bicos de quem se beneficiou deles eram grandes, muito grandes.