Delação seletiva: Lava Jato e Moro não querem que Cunha fale

No G1, Matheus Leitão, jornalista amigo da turma da Lava Jato, diz que a República de Curitiba tem pouco ou nenhum  interesse em um acordo de delação premiada com Eduardo Cunha.

“Um importante investigador da Lava Jato afirma que não houve, até agora, nenhuma conversa efetiva sobre um acordo com Cunha e mostra-se cético em relação as provas que o ex-deputado pode ter.
“Acho difícil ele ter alguma prova com dados relevantes que sejam novos aos olhos da Operação e que possamos utilizar. Já temos material suficiente para mais 10 anos de Lava Jato”, afirma.
O investigador completa: “a não ser que ele tenha um sistema registrado de corrupção, com provas efetiva, a situação dele tende a se consolidar com muitos anos em regime fechado”.

O homem que Michel Temer ajudou a colocar no poder para destabilizar Dilma, o homem que foi, comprovadamente, um dos maiores lobistas da República e que tem consigo todos os segredos da conspiração e dos negócios articulados por Michel Temer, na hora de falar, simplesmente não vem ao caso.

Aliás, mesmo quando tenta falar, através das perguntas que tem direito ao seu sócio de golpe, chamado como testemunha, Sérgio Moro o blinda do que ele chama de chantagem, embora o mesmo possa ser feito por ele de forma muito mais brutas, porque não com simples inquirições, mas com cárcere “até confessar”.

A seletividade está completa: investigações seletivas, vazamentos seletivos, delações seletivas e julgamentos seletivos.

A única justiça que se fará neste país será com o julgamento público, que começa a se formar, com a percepção de todos sobre o que está se passando com uma justiça que é capaz de afrontar o país blindando o golpe vergonhosamente.

Fernando Brito:

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  • O Golpe foi meticulosamente armado desde o primeiro dia da reeleição da Dilma. Os atores vão aparecendo, alguns de forma explícita, como a Globo, STF, A Mídia, Cunha, Moro, Temer, muito provavelmente a CIA, o dinheiro vinha de várias fontes e talvez a maior parte do exterior. Observa-se que aqueles que sabem demais e foram utilizados , agora são descartados e alguns são mortos, Cunha que se cuide. O Golpe foi imaginado como forma de se apropriar do poder e não devolve-lo, é muito provável que tentem evitar eleições, se os golpistas não se sentirem seguros, por isso só com o povo nas ruas e uma insatisfação total com os rumos que o Brasil esta tomando poderá alterar o panorama.

  • Será que no filme sobre a "lava jato" irá mostrar essa seletividade toda também? E que fará o papel do Gilmar ? Será o Zé do Caixão?

  • O cunha ja fez seu trabalho SUJO. O que tem pra falar nao convem. talvez por enquanto.

  • Modéstia à parte, eu tenho absoluta razão desde sempre, pois afirmei que o golpe de Estado que o Povo brasileiro e a democracia sofreram, foi principalmente protagonizado pelo poder Judi$iário, em troca do leitinho gordo às Maje$tades !!! Mantidos os privilégios, por exemplo o Batman Tucânus receber mais de 80 MIL/MÊS e ter as mordomias todas, inclusive com viajens mensais à matriz (USA) para prestar contas aos chefes de seus serviços no quintal...O Japa Trafi continuar vestido de rambo e prendendo como policial...e por aí vai a PUTARIA !!! A expressão mais bonita que me ocorre para descrever nossa situação é esta: PUTARIA JURÍDICA !!!

  • FB, acho que quem escreveu o livro laudatório foi o outro filho, Vladimir Netto.
    Mas, não faz diferença: ali todos são reconhecidos e premiados por fazerem diferença ...

  • Culpa da justiça, culpa da mídia e culpa do analfabetismo político funcional. Vai ter crente votando em deputado pastor que votou contra os direitos dele, vai ter botafoguense do Rio votando no Botafogo Maia, vai ter desempregado votando na "direita da bala"... Vai ter niteroiense votando em Moreira Franco... Não adianta. Só espero que venham a aprender agora, abrindo os olhos, antes de aprenderem pela dor que , com resistência,poderá ser evitada.

  • Só um cego não consegue ver. Há tempos que o ex-deputado Cunha tenta de todas as maneiras delatar gente do governo Temer e principalmente o próprio Temer, mas os "imparciais" da Lava Jato não lhe dão ouvidos. Agora, para completar o ato, veio o Janot para tentar colocar uma pá de cal sobre as tentativas de Cunha: segundo ele falou para a mídia ontem, " Temer não pode ser investigado por aquilo que cometeu quando não era ainda presidente." O status de "presidente" lhe confere a impunidade total sobre todos os crimes que tenha cometido antes de sua posse.

  • As instituições brasileiras (e em algum grau maior ou menor, no mundo todo) estão divorciadas, de costas para o país e para o povo, os trabalhadores. Estão funcionando e isto é o pior. Não entraram em colapso, ao contrário, estão muito ativas no propósito de destruir o Brasil, sua soberania, sua história, principalmente a recente e garantir a "legalidade" da pilhagem de seu território e de suas riquezas. Judiciário e seus anexos, legislativo, executivo e imprensa são instituições que se posicionaram de costas à grande maioria da população, quase a sua totalidade, embora muitos ainda não se aperceberam. As elites, se é que podem ser chamadas assim, foco da proteção das instituições, são, não obstante, uma minoria. O resto, o povo, é a quase totalidade. O poder está com esta minoria. A maioria tem algum poder nas formas de organização que dispõem. Esta polarização já chegou a muito tempo no ponto de ruptura, mas o brasileiro gentil e pacífico ainda não percebeu. Quando perceber, e o fará com o próprio sofrimento, informações não lhe faltarão, perceberá que só existe uma saída: a guerra civil para subtrair o poder das elites e fulminar com todas as mencionadas instituições para realoca-lo nas mãos daqueles de direito, os brasileiros.
    Não mencionei uma instituição: as forças armadas. Não entendo a razão, mas é fato que, para o bem ou para o mal, estão ausentes, submissas, ignorantes e distraídas de suas obrigações constitucionais: a defesa do território, do povo e dos valores da pátria. Poderão se manifestar, quando chamadas pelas instituições malignas, para esmagar mais uma vez o seu povo.

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