Delação sobre Maia vem a calhar para Sérgio Moro

O fato de Rodrigo Maia, que está a anos-luz de ser algum “varão de Plutarco”,  ter ascendido à posição de mais importante líder parlamentar do país já seria uma prova incontestável da miséria institucional a que fomos levados.

Mas é pior: até ele a máquina montada por Sérgio Moro precisa destruir e é preciso muito boa vontade para achar que o vazamento dos termos do acordo que o “juiz da Lava Jato” em Brasília, Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, homologou.

Henrique Constantino, dono da Gol, teria, segundo os jornais, dado uma “contribuição” de valor não especificado, em circunstâncias igualmente não especificadas, ao presidente da Câmara.

É evidente que Maia não é nenhuma flor a se cheirar, mas é muito curioso que, às vésperas do confronto entre a Câmara e Moro pela devolução ou não do Coaf ao Ministério da economia apareça o caso.

Que, claro, foi imediatamente repercutido e amplificado pelas tropas bolsonaristas no twitter, sob a voz de comando do filho “pitbull” Carlos Bolsonaro. Lá em cima você vê o desempenho da “hashtag” GoldoBotafogo, sob a qual se abrigam.

Parece haver um estoque de petardos guardado à espera das necessidades do PSM, o “partido do Sérgio Moro”.

Só que parece, também, que o efeito deste tipo de artilharia, depois de cinco anos de Lava Jato, enfadou a sociedade.

Maia tem como “devolver” a granada. E o fará discretamente, fingindo que “nem liga” para ela.

Fernando Brito:

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  • É para esse tipo de "ação de benemerência" que o juizeco deseja manter o COAF em suas "mani pulite".

  • As delações tem proprietários e são utilizadas como arma contra quem seus donos desejarem.
    Atualmente, o poder no Brasil tem evidências de falhas e carência de liderança política. Para ocupar esse vácuo político apresentam-se players do próprio grupo que elegeu Bolsonaro. Tem os militares bostinhas, os Olavistas sem noção, os lavajatistas ricos, os evangélicos endeusados e o centrão dominado por Maia. É uma guerra fratricida. Todos aliados e todos inimigos.
    Que morram todos!

  • Maia não deve e nem pode se intimidar. Se ele recuar será pior, bem pior. Acordo não pode ser fechado em condição de completa submissão. Ele diminuirá bruscamente sua autoridade e então será devorado pelos cães famintos.

  • Repito aqui o que postei no DCM:

    ====

    O Globo (porta-voz das finanças) mais uma vez tendo acesso privilegiado a delações.

    É um jogo de ganha-ganha: Sejumoro pode chantagear Rodrigo Maia, assim como o mercado financeiro que quer o desmonte da previdência.

  • AS QUADRILHAS QUE FIZERAM PARTE DO GOLPE,brigam entre sí.Todos querem uma fatia maior do butim.
    Fardados,togados,mídia ,gravatinhas, os donos didinheiro,etc,aguardam o chefe colocar ordem no bando.
    Mas o Tio Sam parece estar mais preocupado com a China.
    DELINQUENTES !

  • Canalhas quando brigam por "busca de espaço" não respeitam uma vírgula sequer da mais básica regra de batalha honrosa. O que estamos por testemunhar nos próximos dias será algo JAMAIS visto em terras tupiniquins......

  • A propósito, sobre o ''copia e cola', eu sugiro que vocês analisem as sentenças da meretissima juizeca de Curitiba e do ex-juizeco Sérgio Moro, atentando para o fato de que uma das regras mais importantes do exercício da magistratura e do codigo de processo civil e penal é a fundamentação das sentenças sem a qual elas são nulas de pleno direito. Trata-se de uma regra crucial; especialmente, no processo penal, porque o foco é o cerceamento da liberdade humana. Na análise atentem também para o fato de que cada caso é um caso. Desde já, digo que é bem possível que vocês tenham algumas surpresinhas.

  • Depois da revelação do bozo-miliciano-pai, de que barganhou (portanto cometeu crime) com o torquemada araucariano, para que o ministério da justiça fosse usado como estágio/escada para que depois o ex-juizeco fosse/seja alçado a uma cadeira no STF, como "paga" a esse criminoso que usou a toga para condenar e prender - SEM UM MÍSERA PROVA - o Presidente Lula, tirando-o de uma eleição, a qual venceria já no 1º turno, as "granadas e bombas" desse agende dos EUA se transformaram em traque.

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