O presidente eleito – e agora diplomado – Jair Bolsonaro disse, solenemente, que “o poder popular não precisa mais de intermediação”.
Na visão de Bolsonaro, certamente, as redes sociais permitem que – quem sabe com “likes” e “dislikes” – o povo manifeste a sua vontade. Os polegares para cima ou para baixo, como no Coliseu, teria o poder de vida e de morte.
Pelo Twitter ou pelo Facebook, quem sabe, as pessoas (e, claro, os robôs de quem os contrata para influir nas redes) diriam sim ou não às propostas escolhidas pelo “chefe”.
Francamente, o “vai para o trono ou não vai” e o “vocês querem bacalhau” dos programas de auditório do velho Chacrinha eram mais democráticos.
Nenhuma democracia, é claro, funciona ou pode funcionar assim, a menos que se queira chamar com este nome ditaduras personalistas ou manipulação da opinião pública.
Mesmo os mecanismos de plebiscito e referendo, formas de exercício direto da vontade popular, não funcionam assim: tem regras que os subordinam à representação popular original (o parlamento eleito) para que possam ser convocados.
A não ser que Bolsonaro esteja pensando como Antônio de Oliveira Salazar, que fez realizar, em 1933, um plebiscito que lhe concedia poderes absolutos e, assim, fez-se ditador de Portugal por 40 anos.
Mas não hão de faltar sabujos e idiotas que apregoem a virtude “do uso de novas tecnologias” para este “nova democracia”. O próprio ex-capitão o disse, ao ser diplomado:
“Bolsonaro exaltou o papel da internet na corrida presidencial afirmando que “as novas tecnologias permitiram uma nova relação entre eleitor e seu representante”.
Que a relação é nova, é óbvio. Que é representativa, é outra questão.
Aliás, a representação coletiva, por associações e partidos, na visão bolsonarista, é coisa de “comunistas”.
Ficou claro durante a campanha e está mais do que referendado pelo fato de que é ainda, unilateral a forma de contato público de Bolsonaro com o público.
Ele é “a vontade da nação”.
Entrevistas, quando existem, são de pé, rápidas, sem direito a que nada se aprofunde e que tudo permaneça ao nível do supérfluo, tá ok?
O “pequeno problema” de Bolsonaro é que esta não é a realidade.
O sr. ex-capitão acaba de dizer ao Congresso, do qual dependerá, que ele é dispensável.
Há 50 anos, na edição do AI-5, de fato ele foi.
Mais recentemente, porém, o dispensável foi o presidente da República.
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AI5??E o governo dele. Agora repressão pelo tuítes.
A tortura será virtual. A ideia é atingir a honra e a moral das pessoas chantageando-as. Exagero? Não é não. Até de estupro Haddad foi acusado com fake news para eleger esse safado.
Ele vai convocar as forças armadas pelo tuítes. Precisa combinar com o congresso.
Penso e não consigo atinar com um político que, sendo eleito presidente, pudesse ser mais catastrófico para o país. Cheguei a pensar no Tiririca, mas este com certeza iria procurar quadros razoáveis para seu ministério, que seria incomparavelmente melhor que o do Estranho.
Espero que os políticos da oposição dêem uma resposta a esse energúmeno que ficou 27 anos no congresso nacional e agora acha que o congresso é dispensável. Democracia para ele é se eleger lavando a mente dos eleitores com fake news e outras tramóias mais graves.... Gravíssimas eu diria. Eu já previ aqui que o plano dele é governar manipulando a vontade popular pela internet. Ele pensa que vai poder continuar lavando a mente da populaçao pelas redes sociais. Pretende usar os mesmos meios sujos que usou nas eleições para chantagear as instituições.
Ele vai convocar as forças armadas pelo tuítes. Precisa combinar com o congresso.
A fera foi diplomada!
Ah se o Supremo soubesse o que acabou de fazer. Tornou-se dispensável.
Acho que o Cabo e o Soldado já estão lustrando os coturnos. não precisa nem lavar o jeep.
N'um sei se vão dar prá explicar os
R$ 24.000,00 na conta da dona michele, pelo twitter ...
Penso e não consigo atinar com um político que, sendo eleito presidente, pudesse ser mais catastrófico para o país. Cheguei a pensar no Tiririca, mas este com certeza iria procurar quadros razoáveis para seu ministério, que seria incomparavelmente melhor que o do Estranho.
Excelente a referência ao Coliseu, mas eu a atualizaria. Hoje a forma mais "avançada" de obter a "vox populi" é numa votação estilo BBB (que coincidência essas iniciais). Quem sabe a Globo lança até um programa semanal para fazer a interação presidente x povo. As questões nacionais seriam colocadas em votação pelo telefone e, ao final do programa, o país teria seus rumos decididos "democraticamente". Kkkkkk
Foi diplomado hoje como presidente da república um homem que despreza as minorias, despreza os jornalistas, dispensa o congresso, se ajoelha diante dos EUA e de Israel e seu filho acha que pode fechar o STF com um cabo e um soldado. Precisa desenhar?