Democratismo armado é a negação da democracia. Eleição na PF é “liberar” a meganhagem

Publicam os jornais que os delegados da Polícia Federal estão  organizando uma eleição para escolher uma lista tríplice de candidatos para a nomeação do diretor da corporação. O escolhido, necessariamente, ficaria entre os três mais votados mas, na prática, fica o governo “obrigado” a escolher o mais votado, sob pena de “não estar respeitando o direito da categoria”.

É, sem meias-palavras, um absurdo.

E não adianta alegar que a função é técnica e o diretor não deve obediência, exceto em assuntos administrativos, ao ministro ou à Presidência.

O mesmo raciocínio valeria para os comandantes do Exército, da Marinha ou das Forças Armadas e nem por isso se consegue imaginar o que seria  generais, almirantes e brigadeiros em campanha eleitoral?

Ou os seus comandantes administrando a tropa de olho no voto dos seus pares?

Não pode funcionar e é um convite à insubordinação.

Como é que um chefe pode punir um delegado que transgrida as regras se depende do voto dele e de seus colegas para “eleger-se”?

E transgressão, neste caso, viola a vida e liberdade de terceiros.

A Polícia Federal tem poderes imensos e os últimos anos mostraram isso. Desbordaram todos os limites, vazaram informações e infringiram regras. Até os sistemas de “grampo” não se sabe bem como são controlados para que não sejam feitas escutas ilegais.

A hipertrofia de poderes das instituições de Estado as transformaram numa ameaça à própria democracia, pois passam a prestar satisfações às corporações e não ao governante eleito.

E nos deixa, como estamos, submetido a um Estado policial. E judicial.

O poder real fica nas mãos não de quem foi eleito povo, mas  pelos “colegas”.

O que não foi nem nunca será democracia, muito antes pelo contrário.

Fernando Brito:

View Comments (13)

  • Sinceramente! Quero mais que vire esculhambação...agora quero. Tanto fizeram que terão o retorno da forma mais inesperada possível, a conta vai chegar e eles, os golpistas, não conseguirão controlar os seus corvos...isto é só o começo, pois vejamos...reinvindicações de aumentos salariais virão aos borbotões, principalmente após o judiciário conquistar ganhos com o acordão no Congresso...vai ser uma delícia...o desequilíbrio das contas públicas que já está ruim, só tende a piorar.

  • É o " Republicanismo " dos governos Lula e Dilma , ao incentivar o corporativismo do MP e com péssimas indicações para a Casa dos Coelhos de Toga , fazendo história. Tentaram trocar a democracia pela meritocracia , o que já seria absurdo. Mas o que ficou foi a bandidagem mesmo...

    • … Além de TRAIDOR-MOR descarado, o monstro nazigolpista TEMERário/TEMERo$o é um déspota psicopata!…

      Camisa de força neste ‘sujeitim’ escroto’!

      • ... O Estado de Sítio avança e aprofunda!
        O momento das trevas!...

    • Eu já desconfiava que as FA estavam dando respaldo para esta quadrilha que se apossou do país. Agora acabou, é ditadura mesmo.

      • ... Prezado e consciente Alex, daqui a pouco "a suprema tibieza" Rosinha Weber lhe encaminhará um questionário para você explicar porque o Brasil está sob um regime nazoditatorial em pleno século XXI!

        • Meu caro Messias Franca de Macedo, estou aguardando ansioso este questionário. Me dará oportunidade de dizer algumas coisinhas a esta "madame ministra".

  • Imagina só se as polícias militares, que são estaduais para quem não sabe, começar a indicar uma lista tríplice para a escolha do comandante, escolhidos por eleição na corporação. Que maravilha heim! Quem sabe até desejem ser independentes também. E se as forças armadas resolverem fazer eleição para escolher os seus comandantes? Essa gente perdeu a noção.

  • Estamos no século 21 com o pé na idade média,NA SANTA INQUISIÇÃO, (JUSTIÇA)onde o Tribunal era bastante rigoroso quanto à condenação, o réu não tinha direito à saber o porquê e nem por quem havia sido condenado, não tinha direito a defesa... Está tudo DOMINADO.

  • Estamos no século 21 com o pé na idade média,NA SANTA INQUISIÇÃO, (JUSTIÇA)onde o Tribunal era bastante rigoroso quanto à condenação, o réu não tinha direito à saber o porquê e nem por quem havia sido condenado, não tinha direito a defesa... E FOGUEIRAS, muitas fogueiras. Está tudo DOMINADO.

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