A história do “pago boletos” com que o motoboy Ivanildo Gonçalves à CPI é um amontoado de mentiras, feitas por um homem visivelmente amedrontado, ao ponto de, depois de fazer centenas de pagamento e depósitos não se lembra sequer de um dos beneficiários.
Não se sustenta um segundo sequer, na era do internet banking, que alguém vá, a toda hora, mandar um motoqueiro ao banco, sacar 50, 100 e até 400 mil reais para pagar alguns boletos e fazer transferências para algumas contas.
Cinco minutos diante de um terminal de computador resolveriam isso, sem risco, sem demora e sem despesas. Para que correr o risco de dar um cheque nominal de centenas de milhares de reais ao um contínuo que pode desaparecer e que ainda volta com “pacos” de dinheiro na mochila, podem ser assaltado, levar um tombo e todos os outros riscos possíveis.
Muito mais ainda numa empresa que tem contratos de dezenas de milhões com o Ministério da Saúde.
Só há uma hipótese: uma tentativa tosca de ocultar os beneficiários dos pagamentos, mais primária ainda que eram feitas no mesmo banco, na mesma agência, no mesmo caixa…
Lavagem de dinheiro ainda nos primeiros tempos, quando a autenticação mecânica e não eletrônica dos recibos de pagamento não permitia registrar dinheiro após os fechamento de caixas bancários.
A VTCLog está encalacrada e Roberto Ferreira Dias, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, muito mais. A esta altura, todos os beneficiários dos pagamentos e depósitos já estão de posse da CPI ou a caminho dela.