Depois da China, Coreia pode ir para o isolamento total

Com um salto de 833 casos novos, ontem, o surto de coronavírus na Coreia do Sul, que infectou no total 3.150 pessoas, já alcançou uma taxa ligeiramente maior na população que a registrada na China, que tem 79.251 casos, mas uma população 25 vezes maior.

Os sul-coreanos estão proibidos de viajar, – ou submetidos a graves restrições de entrada – em nada menos que 71 países, segundo informa o Korea Times.

É, portanto, inevitável que medidas de isolamento levem ao fechamento de fábricas, como fez ontem a montadora Hyundai em sua unidade de Ulsan, a 75 km de Daegu, considerado o epicentro da disseminação naquele país.

As medidas de bloqueio adotadas na Coreia têm sido muito mais brandas que as chinesas mas, aparentemente, não estão sendo satisfatórias para interromper a expansão da doença.

Na China, a retração da economia em fevereiro superou as expectativas, no primeiro dado oficial desde o início da crise. No PMI, índice que mede as intenções de compra de gestores de empresas, a queda foi forte: na produção industrial caiu para 27,8 em fevereiro, ante os 51,3 de janeiro e, em todos os setores, para 37, 5 pontos, frente a 50 no mês anterior. 50 pontos é a marca que separa contração de expansão.

Segundo a CNBC, norte-americana, “dados oficiais mostraram que apenas cerca de 30% das pequenas e médias empresas chinesas haviam retomado a produção na quarta-feira. Algumas empresas que reiniciam o trabalho estão abaixo da capacidade normal.”

Fernando Brito:

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