Jair Bolsonaro disse ontem que “vai esperar” o resultado das eleições para dizer se elas foram legítimas.
Em entrevista na Record, repete que as pesquisas são mentirosas ao apontar Lula como franco favorito embora, segundo o atual presidente, ” gente não está vendo a vontade da população expressa nos institutos de pesquisas, em especial o Datafolha, e muito menos dentro do TSE”.
Portanto, é mais que claro que haverá contestação ao resultado das urnas. A dúvida é apenas como ela se dará e com quem contará.
E, embora tudo indique que desapareceram as condições de uma adesão militar a ela, certamente ainda há meios de fazê-lo com suas falanges de apoiadores.
Preocupa, porém, que esta contestação terá uma forma “legítima” de se manifestar: a campanha de 2° turno, se este houver.
Teremos de conviver com um mês de violências, provocações, confrontos e tudo o mais que o irresponsável que ocupa a cadeira presidencial pode fazer.
Uma vantagem menor, ainda que de um ou dois pontos apenas do que aquelas que as pesquisas (o que seria absolutamente normal) serviria, claro, para alimentar a lenga-lenga de fraude, com todas as consequências que você pode imaginar.
Portanto, é preciso redobrar os esforços de convencimento nestes últimos cinco dias, para a segurança do próprio processo eleitoral e para evitar que o país mergulhe numa situação de atos de violência por toda a parte.
E o sentimento geral, que se sintoniza com esta expectativa de vitória de Lula é o de encerrar logo esta situação perigosa, na qual o radicalismo e o clima de confronto a que nos levaram tenha um ponto final.
É Lula pela paz.