Vinícius Torres Freire, na Folha, diz que um financista dizia ontem que “o mito saiu caro“, por conta das decepções com a reforma da Presidência, que aconteceria em tempo recorde e, a esta altura, já ficou para não se sabe quando.
Mas o próprio colunista da Folha o corrige: a confusão e as perdas do mercado financeiro ainda são pequenas diante do que podem vir a ser.”A pororoca no mercado financeiro parece feia, mas as baixas por ora são apenas espuma. A reincidência do governo em erros, despropósitos e arruaças é lama”, diz ele.
Sim, é lama porque o país segue atolado numa falta de políticas econômicas minimamente consistentes, que até agora, além de cortes inviáveis nas aposentadorias só se preocupou com vender o que esteja à mão para liquidar logo.
O “mercado” logo vai terminar de “precificar” a demora e o fracasso – parcial ou total – de uma reforma que se sair, sairá por menos da metade do trilhão sonhado em 10 anos.
Maria Cristina Fernandes, no Valor, analisa com inteligência a transferência de pólo político que se ensaia:
A reação nervosa da bolsa e do dólar ao embate crescente entre os Poderes obrigará o governo a buscar uma convergência com Maia. Quanto mais cresce, entre investidores, a impaciência com a inabilidade do governo em lidar com o Congresso, mais o presidente da Câmara lhes é estratégico. A Casa virou a meca de peregrinação de comitivas de investidores cuja arregimentação pela reforma, vai do patrocínio de campanhas nas redes sociais, seminários e pesquisas de opinião até a intermediação de encontros entre formuladores da proposta e jornalistas. É assim que os parlamentares são lembrados que a lei eleitoral mudou sem que os antigos financiadores tenham perdido sua capacidade de arregimentar apoio às causas da política.
Faltou-lhe dizer que, com a profissão de fé mercadista feita na Fiesp, o General Mourão tem feito os correspondentes sinais de “estamos aí, galera” que não saem do tom da liquidação dos direitos sociais.
Não há divergência de fim, entre eles. Mas as ambições e os meios os colocam em conflito permanente que, quanto mais dura e avança, mais irreconciliável é.
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OS MILITARES ESTÃO FELIZES EM PODEREM COMEMORAR SEUS CRIMES DIA 31.
ACHAM-SE HERÓIS DA INSANIDADE QUE RETORNA AO BRASIL,SEU SADISMO E A PODRIDÃO DE SUAS ALMAS NÃO TEM SEQUER O PUDOR DE SE ESCONDER.
O MUNDO SE ESPANTA DIANTE DESSA SAUDAÇÃO A DOR A TORTURA E A MORTE.
POR ISSO O SIMBOLISMO DO LUTO NA COR PRETA SE FAZ NECESSÁRIO DIA 31 EM REPÚDIO A ESSES PORCOS ASSASSINOS SUSTENTADOS COM NOSSO DINHEIRO.
O BRASIL NÃO PRECISA DESSES MILITARES,SÃO UMA CARGA ONEROSA NAS COSTAS DO POVO QUE OS SUSTENTAM PARA DE NADA NOS SERVIR.
SEQUER POSSUEM O BÁSICO ENTENDIMENTO DE SUA FUNÇÃO QUE É PROTEGER A SOBERANIA NACIONAL E NOSSAS RIQUEZAS NATURAIS DA SANHA PREDADORA DE FORÇAS MERCANTISTAS.
FICA EM NÓS A CERTEZA DE NÃO PRECISARMOS DESSAS FORÇAS ARMADAS CUJA EXISTÊNCIA TEM SOMENTE O DESEJO DE GOLPES DE ESTADO PERSEGUINDO,ATERRORIZANDO,PRENDENDO E ASSASSINANDO O POVO BRASILEIRO PELO SIMPLES FATO DE POSSUÍREM UM ARSENAL BÉLICO RIDÍCULO E UMA INTELIGÊNCIA QUE NÃO VAI ALEM DO PAU DE ARARA.
DESTROEM MAIS UMA VEZ O SONHO DE UMA PÁTRIA LIVRE E PUJANTE ASSASSINANDO NOSSAS ESCOLHAS E TRAINDO A PÁTRIA.
O BRASIL NÃO PRECISA DESSA FAMIGERADA E ASSASSINA FORÇAS ARMADAS!!!!!
Noooooosss, VALEU CARA! E' o que todos pensamos
Mourão, assim como Temer, dará continuidade ao desmonte, ao entreguismo e à degola dos direitos sociais dos trabalhadores. O general cafuso fará mais e pior que o Bozo, porém com o apoio tácito das ORCRIMs midiáticas, judiciárias, das oligarquias e da banca. O único trunfo do general cafuso é que não há provas cabais do envolvimento direto dele com as milícias; no resto, inclusive na apologia à ditadura militar-empresarial, na repressão e na degola dos direitos sociais ele e outros generais da junta sejam ainda ele é mais perigoso que o clã miliciano.
Apenas reforma da previdência é prioridade dos banqueiros
"Rodrigo Maia não entrou em colisão com a pauta dos capitães do PIB. Estivesse, colocaria em votação o projeto que tributa fundos exclusivos de investimento e aquele que reonera setores beneficiados no governo Dilma Rousseff.
Renderiam R$ 18 bilhões por ano para o Tesouro, mas um e outro foram engavetados por Maia na legislatura passada."
https://www.valor.com.br/politica/6185735/reforma-vira-o-milagre-da-fe
https://www.conversaafiada.com.br/politica/maia-ja-o-primeiro-ministro
Ainda tem muuitaaa reserva que Lula deixou pra eles queimarem se quiserem segurar o dólar ?
Os caras que estão a favor da reforma e trabalham desesperadamente por ela ,são os que sempre estiveram do outro lado do muro,os ricos.
Se a massa não entende algo tão básico e primário como isso,merece a reforma.
O dólar sobe em vários países "emergentes" ( assim lhes chamam) em função de "turbulências económicas" ( especulações)em Turquía e
África do Sul .É ao menos o que hoje "vendem" alguns jornais estrangeiros.
Em soma parece que o "mercado" quer meter pressão no ambiente político ,acusando-o de postergar a reforma e provocando a suba do dólar.
Pior. Olhando só pelo lado doa empresários, se eles deixarem de contribuir com 20% do INSS, isso JAMAIS será repassado aos preços dos produtos. Esse dinheiro encherá mais o cofre do empresariado e será a falência total da Previdência. Nesse aspecto, andamos na contramão dos países que tentaram a capitalização da previdência e tiveram que voltar ao sistema antigo. Nem isso o incompetente governo enxerga.
Um primor o último parágrafo. Taí porque frequento diariamente vários blogs progressistas mas acompanho, mais recentemente, mais de perto as análises do Tijolaço. Fernando Brito (também) é "o cara", um Lula (ou grande Brizola) de bastidores da política brasileira.
Brito, a "esquerda" (ou o que restou dela...) está fazendo o que os cearenses chamam de "papocar com linha, carretel e tudo". É uma expressão que se usa para indicar quando o peixe morde tão forte a isca que arrasta tudo, incluindo o molinete.
Ora, a reforma previdenciária desejada desde sempre por essa gang é a do Temeroso! Puseram um bode na sala, e é capaz de nesses dias estar Rodrigo Maia, Centrão e toda a malta junto com as esquerdas festejando a "derrota" da proposta do Paulo Guedes, aprovando a do Temer. Até vejo a cena: Paulo Pimenta, Ciro, etc, saudando o Rodrigo Maia como o grande líder político que nos livrou da proposta arrasadora do Bozo, etc.
Acordem, essa turminha não dá ponto sem nó. Lembremos que Maia é filho do criador dos factóides, e tudo neste governo gira em torno de fake news. Se até uma facada tem cheiro de armação, que dirá uma guerrinha de memes e posts?
Um deputado meio louco por vinte anos passa desapercebido. Assim foi essas duas décadas, mas um presidente é insurportável, só nossos sub-generais com seu jeep na porta do STF não enxergaram isso. Agora posam de abismados, ora, ora, que coisa irrisória, não?
Avalanche de lama. Brumadinho foi prenúncio. Não tinha só a ver com a cidade q ficava desgraçadamente às margens de uma barragem, tinha a ver com o capitalismo selvagem q se instalou no Brasil de forma mais predatória possivel, ceifando flora, fauna e vidas inocentes, tudo pelo lucro. Tinha a ver com os golpes dados pelo capital para tungar as jóias da coroa, o que restou de 64, o que restou da privataria. A Vale, a empresa assassina, q continua faturando BILHOES é fruto desse capitalismo predatório. O monstro nunca sacia sua fome. Sempre quer mais e mais. Quer vidas, quer direitos, quer o presente e quer o futuro das novas gerações. Quer escravos. E um novo golpe foi necessário com o impedimento de Dilma, mulher honesta e honrada, para colocar no seu lugar a máfia. E mais outro, com a prisão de Lula e a eleição de bolsonaro, ligado à milicias. E se preciso for, mais outros golpes darão. O vazio de um capitalista neoliberal é estratosférico e nunca sera preenchido e saciada a fome.
Não tem jeito, tem que destruir esse pensamento neoliberal se a humanidade quiser ir progredindo na civilização. O que essa turma da banca quer é voltar ao tempo da escravidão. Onde os escravos serviam os senhores e eram descartados se aumentassem muito em população e não era mais vantajoso financeiramente. Nessa toada, o ápice do capitalismo é a escravidão da maioria.