Vazou, no Jornal Nacional, a declaração do Imposto de Renda de Francisco Maximiano, dono da Precisa, empresa que intermediava a compra das vacinas indianas Covaxin.
Dá pena, porque, perante o Fisco, o coitado teve renda de meros R$ 4.300,00 no ano passado, pagos pela Global Saúde, outra das sete empresas que possui.
Não tem mais nenhuma renda, mas exibe um invejável patrimônio, como mostra o Estadão, inclusive uma lancha-iate de 72 pés (24 m) que, só ela, vale mais que o dobro patrimônio declarado por ele à Receita, que soma R$ 288 mil .
Além disso, sua movimentação de cartão de crédito registra compras de milhares de reais em lojas de roupas finas e contas de restaurante que chegam a R$ 5.204,00 em uma churrascaria de Barueri (SP), onde mora, numa único regabofe.
Como Al Capone, pode escapar de tudo, mas não escapará do Fisco.
Não é o único afazer isso, nem é o único, embora a Receita prefira concentrar 97% de seus processos fiscais em dívidas irrisórias, geralmente de pessoas que têm renda média e não contam com o esquadrão de contadores e advogados para protegê-los.