Engana-se quem, só por conta da vassoura, faz comparações entre o Prefeito de São Paulo, João Dória Jr., e Jânio Quadros.
Jânio Quadros fez carreira com a imagem de outsider, mas seu discurso visava o bom-burguês e seus discípulos – o pequeno ladrão realizado ou em potencial que, sempre disposto a passar para trás quem está à frente, imagina o mundo à sua semelhança e justifica tudo com a corrupção, grossa ou miúda – dos outros. (Um discurso que se mostrou, agora, de novo, eficiente.)
Não é verdade que se movesse, no governo, apenas pelo instituto populista. Tinha um projeto pessoal que pretendia a própria grandeza; só que não era exatamente o das forças que o elegeram, objetivando impedir a eleição do Marechal Henrique Duffles Teixeria Lott, líder da facção legalista do Exército e homem que se mostrara capaz de enfrentar a conspiração acionada por interesses imperiais americanos contra o pensamento trabalhista herdado de Getúlio Vargas.
Jânio firmara compromisso com o “Projeto para o Brasil”, desenvolvido por uma equipe acadêmica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro liderada pelo Professor José Arthur Rios. Era um projeto não-trabalhista, mas que pregava o fortalecimento industrial do país com a criação de uma burguesia industrial independente, a abertura de relações com todos os povos e a inserção do Brasil como player na política internacional.
O intermediário nesse acerto – que Jânio honrou no seu curto mandato – foi o empresário João Dantas, do Diário de Notícias do Rio de Janeiro, que pagaria por isso com a liquidação de sua imagem e de seu negócio nos anos que se seguiram. Jânio e João viajaram juntos pelo Oriente, durante a campanha, proclamaram essas ideias em Beijing. A prova de que era para valer foi a condecoração de Eernesto Che Guevara. Um escândalo!
No episódio da renúncia, Jânio avaliou que o medo da posse de Jango, herdeiro político de Getúlio, faria os bacharéis e os militares submissos aos americanos apoiá-lo contra as oligarquias que sempre dominaram o Congresso. Os parlamentares, cobras criadas, tiraram-lhe o tapete.
Quanto a Collor, não passou de um boneco como aqueles de Olinda, segurado pela esperteza do folião Roberto Marinho, o agente OO2 do Departamento de Estado, sucessor de Cateaubriand Primeiro e Único, picareta ungido pelo Império que nascia no primeiro minuto da guerra fria.
O fato objetivo é que não há estratégia que sustente um governo – nem Jânio, nem Collor, nem Dilma – quando não se tem clareza quanto ao opositor, seu poder, sua penetração nos estamentos empresarial, judiciário e militar.
O único inimigo real, suficientemente poderoso e próximo, que o Brasil deve temer – e contra o qual governos nacionais devem-se precatar – são os Estados Unidos da América, seus agentes imperiais, serviços secretos e negócios sujos.
Jânio tentou a esperteza. o provincialismo simulado. a caspa e a vassoura; Jango topou o confronto sem o respaldo necessário, confinando em um esquema militar bichado e nas esquerdas retóricas e nefelibatas; Collor não tentou coisa alguma porque seus dois horizontes eram a província alagoana e a Casa da Dinda; Dilma, tomando Jango como referência e Lula como inspiração, tentou negociar meio às cegas. Nenhum deles viu de perto o que os derrubou.
Os militares da linha Geisel, mais afeitos a esse tipo de luta, perceberam que não ganhariam e entregaram os pontos com sua abertura lenta e não tão suave quanto gostariam.
Parece que agora de novo.
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TEMER CULPA AMAZONAS E DIZ BOBAGEM: ACIDENTE PAVOROSO
Após três dias de silêncio sobre o massacre que resultou a morte de 56 presos e na fuga de mais de 150 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim e, Manaus (AM), Michel Temer abriu a reunião com ministros da área de segurança para discutir o assunto dizendo quea tragédia foi um "acidente pavoroso"; "Quero numa primeira fala, mais uma vez, solidarizar-me com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus", disse; Temer também culpou o governo do Amazonas pelo ocorrido: "Vocês sabem que lá em Manaus o presídio era terceirizado, era privatizado e, portanto, não houve, por assim dizer, uma responsabilidade muito objetiva, muito clara, muito definida dos agentes estatais", comentou, como se a privatização não tivesse sido uma decisão de agentes estatais; fala repercutiu muito mal nas redes sociais
05 DE JANEIRO DE 2017
(...)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/273689/Temer-culpa-Amazonas-e-diz-bobagem-acidente-pavoroso.htm
O ilegítimo Michel Temer foi pressionado a romper o silêncio após 72hs do massacre de 56 presos na penitenciária de Manaus.
(...)
Como diz o senador Roberto Requião (PMDB-PR), como fogo no rabo até preguiça corre…
Por jornalista Esmael Morais
https://www.facebook.com/rsrc.php/v3/y4/r/-PAXP-deijE.gif
Como diz o senador Roberto Requião (PMDB-PR), com o fogo no rabo até preguiça corre…
Por jornalista Esmael Morais
https://www.facebook.com/PalacioDoPlanalto/videos/829964000474801/
Enfim, Temer fala sobre a matança de 56 presos em Manaus
Por jornalista Esmael Morais
05/01/2017
(...)
FONTE: http://www.esmaelmorais.com.br/2017/01/enfim-temer-fala-sobre-a-matanca-de-56-presos-em-manaus-assista/
Como o Brasil se tornará uma nação confiável quando milhões de eleitores elegem p/ governar SP, um almofadinha sem cérebro, um socialite que não tem proposta alguma p/ cidade a não ser fazer negociatas, esse é o quadro político que o PSDB tem a oferecer.
Direto do Zero Humberto Eco " ... os americanos já não precisam dos partidos que podiam manobrar e os deixaram na mão dos magistrados, ou talvez , poderíamos arriscar, os magistrados estão seguindo um roteiro escrito pelos serviços secretos americanos,mas por enquanto não vamos exagerar." ( pag 53 -primeira edição).
poxa! qualquer semelhança não é mera coincidência
Prefeito trabalhador. Varreu uma rua já lavada por 10 segundos, com um show pirotécnico, helicópteros sobrevoando a rua e filmando tudo. Viva a hipocrisia.
Paulistanos elegeram o Tiririca, lembra? O cara que em 2 anos na Câmara foi na tribuna e fez UM discurso apenas. De uma só palavra: SIM. Os paulistanos também já elegeram o Cacareco. E o Dória ganhou com menos votos do que os brancos/nulos/ abstenções, o que significa que a esquerda não foi às urnas. Mas estamos aqui, prontos para dar o bote, quando esse país estiver arrasado. Por enquanto deixaremos os coxas lambuzarem-se no que este governo está lhes oferecendo, que começa com M, mas não é MEL. Afinal, "quem pariu Mateus que o embale".
é verdade. triste eleitorado esse de São Paulo. será uma cidade arrasada em menos tempo. e o brasil do Aécio-Temer também!
Uma carnificina dessas foi um acidente? Alguém precisa pedir a interdição do Temer, pois ele nem sabe mais o que fala. Já imaginaram se esse "acidente" acontecesse num estado governado pelo PT?
E a esquerda retórica continua. Fosse muda, não mudaria nada.