A manifestação coxinha marcada para 26 de março será um bom termômetro do que se passa na direita.
Vai emergir o quadro de confusão que impera na direita brasileira.
Embora Lula e o petismo em geral vão ser atirados, sem mais delongas, ao inferno de Moro, enquanto o tucanato e o “temerato” permanecem no purgatório do STF, o fato é que todos os seus nomes-símbolo e a cozinha presidencial flutuará na lama das delações.
Chega a ser patético ler Aécio Neves, hoje, na Folha, vociferando contra vazamentos, acusações de ordem moral e protestando pelos danos a honra de quem é acusado sem que haja antes a condenação.
Como Serra, saiu do jogo sucessório. Alckmin, em menor escala, sairá salpicado.
A algum tempo já se desenha a modelagem de João Dória Jr como o novo Collor que a direita precisa para fazer frente ao cenário de ruína política que seus personagens centrais se viram metidos.
Marina também não parece ser promissora neste momento quem que a histeria cevada e adubada durante anos se reflete no desejo de um “homem forte” para por ordem na casa.
Por incrível que pareça, este perfil se encaixa nas outras duas candidatura que ganham expressão.
A de Jair Bolsonaro, o selvagem, na base do “prendo, arrebento, segrego, enquadro e xingo”.
Sua plataforma econômica é zero, um pouco menos que a de Dória, que talvez se apresente tentando salvar a economia através de doação: o governo doa o patrimônio público e as empresas doam algum para reformar as pracinhas. E, claro, estas doações serão feitas todas, sempre, com a pureza angelical que seus patronos tucanos estão vendo reveladas pelas delações.
A outra candidatura que, paradoxalmente, surge desta demanda de “homem forte” é a de Lula. Se os argumentos moralistas contra ele são poderosos – embora os processos que i mirem, pessoalmente, sejam quinquilharias amplificadas pela matilha curitibana, Lula tem algo que nenhum deles pode ostentar: o passado de prosperidade vivido pelo Brasil enquanto ele governou.
Tanto é assim que a principal aposta contra ele é proibi-lo de entrar na disputa, o que soa estranho sobre quem se diz ser odiado, desprezado, estar desmoralizado e arruinado perante a opinião pública.
Coxinhas e fascistas vão desfilar seu ódio na paulista no dia 26 e, paradoxalmente, terá de protestar contra quem está fora do poder já há quase um ano.
A perda de foco vai permitir todo tipo de derivação e pregação da selvageria. Seus heróis serão Dória e Bolsonaro.
O primeiro tem a ventagem do dinheiro e da mídia, mas ainda tem um ano para administrar uma cidade e isso o coloca vulnerável a um eventual agravamento da crise econômica.
Bolsonaro, por sua vez, tem a seu favor o medo, a insegurança, o desespero que a crise traz, o que pode expandir sua influência para além dos grupos de mentecaptos do “mito”. Contra si, outsider como é, só tem o cérebro e os sentimentos de democracia e humanidade da população.
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Esse tucano Dória, produto da mídia - assim como o foram Collor e FHC - em suas incursões cono gari, pintor de muros cinza e, agora, fazendo capina nas praças de São Paulo, não perde uma oportunidade para atacar Lula, chamando-o, inclusive, de vagabundo. Políticos que precisam usar de baixarias para "atacar" seus adversários mostram o quanto são preconceituosos e cheios de ódio. Esses são típicos políticos que nunca receberam e nunca terão o meu voto. Mas a direita é assim mesmo: raivosos, mal educados e ditadores, pois lhes falta o mínimo para serem bons politicos: ideias e honestidade intelectual.
Vamos combinar, né? O Bolsonaro só tem o voto de fascistas e de pequena parcela da população que não viveu os anos de chumbo.
E Dória só tem votos em São Paulo.
Ambos são insuficientes para ganhar uma eleição nacional.
O Dória tem uma grande vantagem: o colchão de R$5 bilhões que o Haddad deixou em caixa...LOL...
David Marques, não ria da desgraça dos outros pois ela é sua também.
Meu amigo, a risada virtual de DM é a imagem da risada real dada pela FEBRABAN, pelo psdb, pela Fierj, Fiesp e pelas multi estrangeiras. É a farra do Assalto. Assim faziam os Assírios, Babilônios, Persas, Romanos, Gregos, Ingleses. Assim fazem os EUA hoje.
Dória é sem dúvidas, eleitoralmente mais viável que Bolsonaro se começar a ser incensado pela imprensa em uma suposta candidatura federal.
É importante frisar que seu ultra-liberalismo dissimulado, ajuda a não criar a mesma rejeição em parte da classe média, que o reacionarismo truculento e explícito de Bolsonaro.
Não acredito ainda assim, que sua candidatura ocorra, já que como prefeito, está numa posição política mais confortável e hegemônica perante mídia e opinião pública do que estaria, num esforço para a Presidência.
Mas, é bom deixar as barbas de molho, uma vez que seu privatismo desenfreado, medidas populistas (aumento da velocidade nas marginais) e seu carisma forçado em aparições públicas circenses, não estão sendo considerados fatores desabonadores.
Na mídia monopólio, sob comando dos Marinho e sincronizada no Millenium, Lula só aparece para reafirmarem-no "o maior criminoso e corrupto da história do Brasil", já o pouco que temos de mídia fora do monopólio, lançado qualquer teste de campo pelos golpistas, como a viabilidade desse criador de revista para patrocínio público, desfile de lulus de madame em Campos do Jordão e organizador de regabofes para apresentar ricos para políticos e políticos para ricos, com apresentador, corre para encher a bola do personagem, gastando páginas e páginas de análises, criticas etc., no manjado "fale mal, mas fale de mim", que apenas serve para anabolizar o personagem vazio lançado. É muito amadorismo. Se querem atingir o cara falem sobre o que faz em São Paulo após dois meses de governo, além de marketing barato para convencer trouxas, única coisa que sabe fazer na vida, graças ao excesso de trouxas disponíveis no Brasil.
Esqueçam essa anão político e moral. Quando falarem do dito cujo, digam : O prefeito dos assinantes veja, folha . Apaguem o DoriaN Grey paulista , pois sem nome e identidade é ninguém. Fora D !
Valeu John Jahnes, só mesmo um Listão e um Power point dos caras conseguirão acordar os robôs mbl analfa-func.
Não se pode subestimar qualquer figura política, antes do fechamento das urnas.
O erro grave no qual a esquerda está incorrendo, é exatamente o mesmo que a extrema direita cometeu ao considerar Lula um "defunto" político.
Nenhum dos lados do espectro ideológico, tem consigo um pretenso monopólio da opinião pública. Exceto pela mídia, que mesmo assim, vem perdendo essa capacidade com a penetração da internet.
A população (todos nós) somos chamados de "massa", justamente por termos visões de mundo que podem ser moldadas pela correlação de forças predominante em determinado cenário.
E, até o fechamento das urnas, Dória, Bolsonaro e até mesmo Lula (ou quem ele indicar, talvez, o Ciro) terão um mar potencial de crescimento pela frente, dado o cenário e a retórica que se fizer no jogo eleitoral, até lá.
Eles vão para a rua é para dar força moral pro Moro poder prender o Lula. Porque, como já disse FHC, "qualquer um serve". Então a direita precisa desesperadamente impedir Lula, aí, o candidato deles leva, ou melhor, teria mais chances.
O Corretor de Cereais usa a foto de um cachorro, para mostrar quem é: um cãozinho adestrado da Groubo e dos EUA. Fala ai, cãozinho adestrado, con a sinceridade que só um homem, na verdadeira acepção da palavra tem: Você vende mais cereais agora ou no tempo do Lula? Eu sei a resposta, mas queria saber de você, seu otário.
Como levar o imbecil do DM à sério? Um cara que repete a mesma coisa em todos os posts merece o que? Nosso desprezo, pois intelectualmente ele não existe. É um BABACÃO, um inútil para a sociedade.