Duas mulheres

Na tarde de hoje, duas mulheres deveriam ter sido notícia. Só uma delas foi, praticamente.

Uma, mesmo afastada do poder, vai visitar as obras do acelerador de partículas, o O Laboratório de Luz Síncroton na Unicamp,  instalações e equipamentos sofisticadíssimo, indispensável a pesquisas avançadas sobre física atômica, química, biologia e nanotecnologia.

Outra,  vira ré no processo por ser “usufrutária” dos roubos do marido, flagrada por despesas de dezenas de milhões de reais em um só dia em lojas de griffe e outros mimos.

A primeira mulher, Dilma Rousseff, é quase ignorada pela imprensa e mandam-lhe cortar até o clipping dos jornais, apesar de ser a Presidente da República, está sendo julgada pelo Senado, por uma maioria sanguinária, que não se importa que até as testemunhas de acusação a inocentem dos supostos crimes de que é acusada.

A segunda, que não recebe xingamentos, palavrões, hostilidades – e não deve mesmo receber – vai ficar pouco tempo na Vara de Sérgio Moro – como avisa o próprio Eduardo Cunha em seu facebook – para ser julgada com toda a isenção e oportunidades de defesa no Supremo, até porque seus crimes são absolutamente integrados ao do marido.

Uma é o Brasil moderno, onde as mulheres se afirmam como dirigentes, profissionais, cientistas, seres humanos plenos de direitos e oportunidades.

A outra é o Brasil do “minha senhora”, onde a “madame” é uma projeção do marido e de seu dinheiro, de onde lhe vêm os alfinetes, ainda que de ouro. E ela será virtuosa se bela, recatada e do lar. Ou dólar, Miami, St. Moritz…

Qual é o Brasil que queremos e teremos amanhã?

Fernando Brito:

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  • Brito, recomendo a leitura:

    http://jota.uol.com.br/lira-lewandowski-e-defesa-de-dilma-supremo-foi-decisivo-sem-decidir

    Trecho:
    "O ministro Lewandowski negou ontem a liminar, pedida pela defesa de Dilma, para garantir à presidente o mesmo prazo que Collor teve para apresentar alegações finais. Pouco depois, porém, o presidente da Comissão do impeachment no Senado, senador Raimundo Lira, anunciou um recuo: Dilma teria, sim, o mesmo prazo de Collor.
    (...)
    O resultado da liminar de Lewandowski foi negativo. Mas a motivação da decisão mostra vigilância, e não simples deferência, por parte do ministro.
    Lewandowski negou a liminar por considerar que não havia “perigo na demora”: ainda falta tempo para que o prazo para alegações finais comece a correr, e até lá não há dano concreto no anúncio da futura redução de prazo. Contudo, a decisão é repleta de condicionantes temporais. Diz o ministro: não há “neste momento processual” risco para a defesa; “por ora”, sem um exame aprofundado, a posição da Comissão parece razoável; tudo isso, porém, “sem prejuízo do exame exauriente da matéria no tempo e no foro apropriados”. Leia-se: o tempo apropriado virá quando chegar o momento das alegações finais. O “foro apropriado”, por sua vez, incluiria o próprio Supremo.
    (...)
    A decisão negativa de Lewandowski, portanto, não foi um sinal verde. Foi um sinal amarelo, com todo o peso potencial de uma intervenção do próprio Supremo."

    Abraço.

  • Queremos o Brasil moderno, mas isto só vai acontecer quando algumas coisas forem resolvidas à moda antiga: na base da porrada! Sem uma revolução francesa que apeie a nobreza sem título do poder (inclusive do quarto poder), esta "porra" nunca vai parar de patinar.

  • Deprimente é ver os comentários dos seguidores desse pulha do Cunha no Faceburro.
    Sério, essa "rede social" é desprezível mesmo.

  • FORA TEMER! Amanhã todos à rua, participem dos protestos em suas cidades.

  • Brito,

    estou com medo do que vai acontecer com a ciência e a tecnologia se o golpe der certo.

    Mais uma notícia boa:
    Deslocando-se de maneira suave e silenciosa, sem emitir poluentes, o Maglev-Cobra utiliza tecnologia de levitação magnética por supercondutividade, flutuando 1 centímetro acima dos trilhos.
    A tecnologia do veículo brasileiro é mais estável, mais barata e permite aceleração e frenagem mais rápidas do que as semelhantes desenvolvidas pela Alemanha, China e Japão.

    Desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe, sob a coordenação do professor Richard Stephan, o Maglev-Cobra além de ser eficiente do ponto de vista ambiental, é economicamente vantajoso.

    O custo de implantação por quilômetro é de cerca de 1/3 do valor necessário para implantação do metrô subterrâneo na mesma extensão.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/pesquisar.php?keyword=Maglev-Cobra

  • Rapaz... To com impressionado com os comentarios ndaquela pagina do cunha...

  • Aécio tem grana no exterior juntamente com a irmã . Falam até que com a mãe que não sei se está viva .
    Pelo menos Andréa devia estar em cana .

  • "...vai ficar pouco tempo na Vara de Sérgio Moro –...", o problema é ela gostar.

    • Desculpem gente, mas é que de tanto conviver com os coxinhas baixando o nível, não resisti.

  • Acho que o CUnha quis dizer USOFURTÁRIO, não é mesmo? E desde quando a bela, recatada e do lar de Cunha tem foro privilegiado? Ah como eu gostaria de levar cigarros e bombons prá estes crápulas e olhar bem dentro dos olhos deles.... numa PENITENCIÁRIA DE SEGURANÇA MÁXIMA.

    • Governo Temer substitui Paul Singer por policial aposentado ligado a Cunha

      Postado em 9 de junho de 2016

      Um dos melhores retratos do fundo do poço da política brasileira está impresso, hoje, no ‘Diário Oficial’ da União: está publicada, ali, o ato do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) nomeando Natalino Oldakoski para o cargo de Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.
      Trata-se de um escrivão de polícia Classe C 1, aposentado pelo Estado do Paraná. O policial aposentado Oldakoski substitui, no posto, Paul Singer, 83 , um dos mais respeitados intelectuais brasileiros. Austríaco de nascimento, brasileiro naturalizado, o economista Singer foi fundador do CEBRAP e do PT.

      (...)

      FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/governo-temer-substitui-paul-singer-por-policial-aposentado-ligado-a-cunha/

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