A duras penas e com imenso risco para a continuidade do regime democrático, o Governo Dilma parece ter retomado – convenhamos, meio à força – a ideia de que o poder político precisa, para se manter, da política, embora a política seja hoje a mixórdia que a mídia e o poder econômico dela fazem.
O monstro golpista, embora já visíveis os contornos de sua face larval, não mostrou – talvez, ainda – capacidade de romper a frágil casca da legalidade e assumir sua forma horrenda sem disfarces “institucionais”.
Mas está vivo, vivíssimo e não poderá ser detido apenas pelos arranjos políticos necessários, mas insuficientes.
À esquerda e à direita, percebe-se isso. Ricardo Mello, na Folha, resume numa frase um fato que não é novidade, por permanente, embora novo seja seu estado de excitação midiático-institucional: “Dilma, Lula e o PT prosseguem na linha de tiro, ainda que somente para imobilizá-los”. Dora Kramer, que se tornou a feroz matrona do pensamento conservador, no Estadão, diz que o governo deve fazer, agora, “o que a sociedade (leia-se, a manifestação da Paulista e de suas sucursais Brasil afora) espera” que é, naturalmente, a agenda derrotada no voto.
Tornou-se evidente, exceto para os tolos de ambos os pontos cardeais, que é preciso ceder na política.
Mas não parece ser evidente, no campo progressista, que é preciso (re)aproximar-se do povo com a mesma elasticidade e esforço, para que as próprias forças não se diluam na dependência alheia dos fracos.
A questão está muito bem colocada hoje pelo professor Aldo Fornazzieri, no GGN, quando diz que “a sensação de alivio pode ser enganosa e provocar novamente a arrogância no governo e a acomodação da inação política”.
“Dilma aproveitará esta oportunidade? Fará uma reforma ministerial? Apresentará um plano de reformas de longo prazo? Apresentará uma agenda para a retomada do crescimento? Sinalizará que está empenhada com o saneamento das contas públicas apresentando um corte consistente de gastos e a redução do número de ministérios? Mostrará que está comprometida com a justiça social, fazendo com que o ajuste fiscal, necessário, recaia com mais peso sobre os mais ricos? Dilma irá efetivamente dialogar com os movimentos sociais, com os sindicatos, com os empresários e com os partidos? Sinalizará a construção de uma agenda para o futuro com a oposição ao invés de ter que ajoelhar-se para pedir ajuda na hora do aperto? Ninguém sabe.”
Oferece-se a possibilidade política – embora ao lado de sérias impossibilidades econômicas – para que, então, façamos saber à imensa massa de brasileiros que não aderiu à aventura política, embora decepcionada com o desempenho (se é que se pode chamar assim) do Governo, o que somos e para onde queremos ir.
Isso não ser fará (apenas) com concessões, mas também com ousadia.
O povo jamais faltou àquilo que percebe ser seu, a seu favor, em seu benefício.
Não foi assim no “Mais Médicos”, a única resposta vitoriosa ao embrião desta situação que hoje vivemos, que são, inequivocamente, as manifestações de 2013?
Apenas e simplesmente esperar a borrasca da crise – e que longa crise vive, há tempos, a ordem econômica mundial! – passe não é estratégia, é ilusão.
É esquecer da amarga frase do – agora fora de moda, com Joaquim Levy – economista John Maynard Keynes:
“A longo prazo, todos estaremos mortos”.
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Face larval ou face merval?
Sobre a necessidade de uma reforma ministerial, desde o primeiro dia de janeiro de 2015 que ela existe e quase nada foi feito. Mas, a Dilma não tira o Mercadante e nem o Zé Cardoso, dois queridinhos que não passam de nulidades políticas. O Zé Cardoso pode até ser um exemplo de republicanismo, mas padece de um defeito capital, entra mudo e sai calado nos momentos de crise. Dilma, Zé Cardoso, Mercadante, Berzoini, Edinho...quanta mediocridade ou até mesmo nulidade em comunicarem-se com os 54 milhões de eleitores da presidenta. Como pode ser que um governo que obteve a confiança pelo voto de tantos milhões de cidadãos, não lhes apresente, pela palavra diretamente dirigida à nação, qualquer que seja, uma sinalização de um rumo em um momento tão critico como este? Ninguém se pronuncia, será que é medo da batucada de panelas da elite, a qual conta com a mesa farta de comida? O governo eleito tem como obrigação reconquistar a confianca dos seus milhões de eleitores e trazer de volta, pelo menos, os 5 milhões de votos que perdeu com a capa da Veja, na véspera da eleição. Por tudo isto é que se faz imperioso o ter coragem; "Fala, Dilma".
Infelizmente a Dilma não vai fazer nada, ela é uma nulidade política, o fato de manter o Zé da Justiça e deixar a Lava Jato ser orquestrada por policiais federais tucanos é a demonstração de que ela é a pior escolha política que Lula fez - pior de tudo, é que vão prender o Lula (sem provas) ao vivo no Jornal Nacional. Ontem eu escutei de petistas de carteirinha que queria muita a saída da presidente, eles falam que a sua falta de habilidade para ouvir está destruindo um legado que foi muito difícil de conquistar. Não quero a prisão do Lula, mas acredito que isso na verdade aos poucos vai transformá-lo no grande mito da América Latina, afinal, vão prendê-lo porque ele acabou com a fome e promoveu o seu país e empresas, seus grandes "pecados".
Espero que ela fale ao menos para pedir desculpas assim como pediu o antes defensor do governo, o presidente da OAB. Ela bem poderia vir a público e dizer que mentiu descaradamente na campanha, utilizando-se de métodos nada honestos para ganhar a eleição.
A JURISPRUDÊNCIA ESTABELECIDA PARA O CASO DO CASEIRO FRANCENILDO NÃO VALERÁ PARA [O ETERNO] PRESIDENTE LULA?!
A criminosa e, portanto, ilegal quebra do sigilo bancário da empresa LILS, responsável pelas palestras de Lula, sendo publicizado até mesmo quanto Lula transferiu a seus filhos, como Lurian, Luis Claudio e Sandro, somado ao outro fato delinquente representado pela divulgação de um grampo de uma conversa [absolutamente amistosa] entre Lula e Alexandrino Alencar...
Importante: estes fatos gravíssimos fazem parte da mesma sórdida correia de transmissão nazifasciterrorista &$ golpista - e que envolve também, entre outros infames ardi, a confecção e exibição pública daquele horrendo boneco inflável com 12 metros de altura retratando o presidente Lula trajado com roupas de presidiário – e a inscrição 13-171 -, impropério covarde e canalha. Nota coadjuvante:
o boneco gigante foi idealizado em Maceió (AL) pelo Movimento Brasil e financiado por empresários alagoanos; de acordo com o servidor público aposentado Ricardo Honorato, que se apresenta como coordenador do grupo no Distrito Federal, os integrantes do movimento farão um rateio para quitar o débito.
[A ABIN e a Polícia Federal do ‘Zé Tucano da Justiça’ irão investigar as articulações terroristas e de natureza nazifascigolpistas?!]
EM TEMPOS GOLPISTAS:
No texto abaixo, o(a) dileto leitor(a) constatará: para um mesmo processo delituoso, um ministro de Estado [supostamente mandante de uma transgressão] e a CEF foram penalizadas.
Em paralelo, o veículo transmissor das delinquências, absolvido com loas!
O veículo são as organizações criminosas Globo do FIFALÃO do ‘laranja’ J. Hawilla dos Marín(hos) &$ da sonegação bilionária [arquivada?!]
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DANOS MORAIS
Caseiro Francenildo será indenizado em R$ 500 mil
15 de setembro de 2010, 19h44
O caseiro Francenildo dos Santos Costa, pivô da queda do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, conseguiu na Justiça o direito a indenização por danos morais (...)
A sentença se refere à quebra ilegal do sigilo bancário feita em 2006 pela Caixa Econômica Federal.
Francenildo entrou com ação contra Caixa Econômica Federal e a Editora Globo, pedindo indenização por danos morais. Em relação à Caixa, ele disse que a empresa pública quebrou ilegalmente seu sigilo bancário. Já no caso da Globo, ele afirmou que a editora violou seus direitos individuais ao expor seus dados bancários e divulgar questões particulares e familiares. Para ele, os comentários foram tendenciosos e tiveram o objetivo de denegrir sua imagem. O resultado, diz, foi que passou a ser perseguido e chamado de “subornado e suspeito de lavagem de dinheiro”.
A Caixa contestou as acusações. Segundo o banco, as movimentações do caseiro mostraram incompatibilidade com a renda declarada, o que é considerado fora do padrão. Foi por isso, alegou a instituição, que o Banco Central foi comunicado. Na sequência, o extrato bancário foi entregue ao Ministério da Fazenda.
Porém, para o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, o encaminhamento da documentação bancária ao Ministério da Fazenda não pode ser considerada legal.
Segundo o artigo 14 da Lei 9.613/1998, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) era o órgão a que a Caixa deveria se reportar. Além disso, embora o Coaf seja vinculado ao Ministério da Fazenda, não é presidido pelo respectivo ministro.
“Se a ré Caixa Econômica Federal pretendia cumprir a lei, como sustentou em sua peça defensória, ao invés de efetuar a ‘transferência do sigilo ao Ministério da Fazenda’ deveria ter encaminhado as informações que apurou a(os) órgão(s) competente(s) e somente a eles, se imprescindível fosse”, afirmou o juiz na sentença.
Quanto às reclamações do caseiro contra a Globo, o juiz não viu na reportagem da Revista Época “a intenção de ‘denegrir sua reputação e expor sua individualidade e vida privada’”, já que não se conseguiu provar que a Caixa tivesse entregado informações bancárias à editora, que foi absolvida. “O caso examinado amolda-se à garantida liberdade de informação, de pensamento e expressão próprios dos meios de comunicação”, disse o juiz. Mesmo com a pequena fortuna que conseguiu, o caseiro é beneficiário de Justiça gratuita e não terá de repassar R$ 10 mil à Editora Globo, valor fixado pelo juiz para os honorários advocatícios.
FONTE: http://www.conjur.com.br/2010-set-15/caseiro-derrubou-palocci-recebera-500-mil-quebra-sigilo
República Desses Bananas Protagonistas do Direito Penal do Inimigo
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
M B L , o que é? Movimento Brasil de Louros.
Só um povão muito covarde e burro pode engolir um troço desses...
oportunidade de mudança se faz presente, reforma ministerial ( trocar as nulidades), mostrar o crescimento da economia, as instituições trabalhando junto ao executivo e não como inimigo ou com gente que só querem privilégios. Essa senhora do Estadão achar que avenida Paulista representa o país , engano dela , não representa nem o próprio estado.
Me desculpem , mas para mim o governo de Dilma acabou, fez a opção de ser a Rainha, a da Inglaterra. Pior ainda, ferrou com o PT, em todos os sentidos, e ainda mais se este continuar no marasmo e indefinido, chegará morto em 2016 e liquidado em 2018.
Qualquer coisa é melhor do que o PSDG (golpista...)!
[FORA DE PAUTA(?!)]
Tem início "a mais importante (sic), peremptória e terminal (!) fase anunciada da 'Operação Golpe Lava Jato'"!
Porém, para a direitona eterna oPÓsição ao Brasil e ao honesto povo trabalhador brasileiro os saldos dos estragos cevaram-lhe os putrefatos estômagos de corvos!
E de agora em diante, teremos a erupção de uma enxurrada de outras ilegalidades surreais a desmoralizar completamente os nazifascistas, terroristas, antinacionalistas, corruptos até a enésima geração, golpistas de meia tigela IMUNDA!
[RESCALDO: a presidente Dilma Rousseff "vergou, mas não quebrou"!
E a energia da distensão da Magnífica 'Coração Valente' impulsionará o governo para alturas inefáveis!
Perderam - mais uma vez -, os (eternos) inimigos da pátria!
Viram, sacripantas desalmados?!...]
ENTENDA a patifaria tão previsível quanto o nascer do dia!
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STF VAI JULGAR VALIDADE DAS DELAÇÕES DE YOUSSEF
A decisão de remeter o julgamento ao plenário foi proferida pelo ministro Dias Toffoli, relator do pedido, a pedido da defesa de Erton Medeiros, executivo da Galvão Engenharia, que cumpre prisão domiciliar; a defesa de Medeiros alega que o acordo de delação premiada deve ser anulado, porque Youssef quebrou um termo de colaboração na investigação do Caso Banestado; "Não era lícito o Estado celebrar, pela segunda vez, um acordo de colaboração com Alberto Youssef, assim igualmente não poderia liberar, em seu benefício, bens adquiridos com os proveitos da infração. Evidentemente, a homologação do acordo ofendeu o princípio constitucional do devido processo legal e produziu ilícita", alega a defesa
17 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 20:00
Da Agência Brasil
(...)
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/193298/STF-vai-julgar-validade-das-dela%C3%A7%C3%B5es-de-Youssef.htm