Há dois dias, numa confissão escancarada de sua parcialidade, o ex-juiz Sérgio Moro disse que a Lava Jato tinha sido “eficaz” para combater o PT.
O Datafolha que, hoje, mostra que o foi, apenas, para os períodos eleitrais de 2014 e 2018, quando foi usada para favorecer Aécio Neves e Jair Bolsonaro.
O resultado dos demais (2%, PSDB e MDB, e 1% PDT e PSOL) é menor do que sempre foi.
O avanço da campanha eleitoral, com o franco favoritismo de Lula certamente empurrará este nível para algo entre 30 e 40% e o desafio dos petistas e transformar isso em votos para Câmara e Senado, para que o ex-presidente tenha uma base política forte para enfrentar não só o caos em que está o país como para fazer as mudanças que o Brasil precisa, em todos os campos.
Lula tem tido a clareza de não abdicar deste patrimônio que ajudou a criar e que tem o desafio de conservar seus valores históricos e, ao mesmo tempo, abrir-se para se transformar na plataforma de ascensão de um nova camada de políticos, que substitua com muita vantagem esta que se distanciou da representação popular, seja por que o eleitoralismo a corrompeu seja porque os que resistiram a isso enfrentam o invencível tempo, que cansa e enfraquece a quase todos.
Felizmente, não a Lula, que resistiu a uma campanha de difamação que só tem paralelo na movida contra Getúlio Vargas, nos anos 50. E que, como o presidente que, antes dele, ficou marcado como o melhor da história, entrega sua vida à missão de fazer deste país grande um grande país.
Moro, o “eficaz”, achou que o destruíra. Só destruiu a si mesmo.