Em meio à crise, Miriam Leitão prefere ver “pontos positivos” do ‘pibinho’

O cenário da economia é desolador.

O PIB terminou 2019 mal (0,5% de crescimento do 4° trimestre), acabando com o carryover – o impacto estatístico que um resultado expressivo leva impulso ao período seguinte – e a economista do IBGE que acompanha o PIB adverte, na Reuters, que o impacto do coronavírus vai impactar a produção brasileira já neste primeiro trimestre (e, certamente, mais ainda no segundo).

O dólar segue subindo degraus todo santo dia e está sendo negociado entre R$ 4,55 e R$ 4,56, hoje. Euro a R$ 5,07. Bovespa sem fôlego sequer para acompanhar a pequena festinha de Nova York, com a vitória de Joe Biden nas primárias democratas de ontem.

Mas a “musa da retomada” , Miriam Leitão, ocupava, até há pouco a manchete de O Globo dizendo que “De novo, um ‘pibinho’, mas 2019 teve alguns destaques positivos“. Claro, ela não desconhece que tudo está turvo daqui para a frente, mas é duro ver como o “otimismo ideológico” consegue cegar pessoas que têm toda a condição de entender que crescimentos pífios são o mesmo que estagnação.

A fuga de capitais se dá num ritmo assustador e fevereiro fechou com saída de R$ 21 bilhões da Bovespa, o que, somado ao déficit de janeiro, supera os R$ 40 bilhões desde o início do ano.

O cenário na Europa é triste, não só pelo lado humano – a mortes passaram de 100 na Itália – mas pelo econômico. A Lufthansa, gigante alemã da aviação, imobilizou nada menos que um quinto de sua frota de 750 aviões. 150 aeronaves permanecerão fora de uso, por falta de voos e de passageiros. Os italianos, tardiamente, resolveram fechar escolas, museus e cinemas.

Bem, talvez eu esteja sendo severo demais. Do jeito em que as coisas se encaminham, é possível que, sim, daqui a alguns meses a gente olhe para o fiasco de 2019 e, como Miriam, possa ver “destaques positivos” no “pibinho” do ano um de Bolsonaro

Fernando Brito:

View Comments (23)

  • Miriam torresminho sempre vendo o lado positivo de bandidos que ela afiançou ...
    Quando o melhor presidente do país fazia o Brasil crescer a taxa de mais de 4x o atual, ela só via lado negativo ... hipócrita, bandida, vendida pro chefe (nada diferente do que muitas secretárias fazem para subir na vida...)

  • A Miriam Leitão só enxerga e diz o que o mercado quer ver e ouvir. Sempre foi assim, até porque ela tem muito dinheiro no mercado financeiro. E nos paraísos fiscais, será que ela não tem muito dinheiro também? Perguntar não ofende.

  • É duro não poder dar o braço a torcer. Se ele reconhecer o fracasso dos bozos terá de pedir desculpas à Dilma.

  • O efeito interno do surto do coronavirus sobre a economia brasileira deve ser maior pelo meio do ano, quando no sul-sudeste baixam as temperaturas e as pessoas tendem a ficar mais em espaços fechados, aumentando o risco de contágio. Esta região concentra a produção industrial, o comércio e grande parte da população brasileira. O transporte coletivo sempre apinhado aumenta o risco.
    No Brasil o contágio está ainda em sua fase inicial, com casos importados. Se seguir a mesma dinâmica de outros países deve demorar um mes ou mais para que se consolide o contágio interno e os casos graves comecem a aparecer.
    O processo de desmonte da saúde pública deve evidenciar seu caráter criminoso, mesmo que o SUS ainda seja a principal linha de defesa e seja ainda capaz de dar respostas rápidas.
    A uberização fará com que aqueles que não tenham sintomas graves continuem trabalhando, pois não tem a previdência social a ampará-los e isto deve contribuir para que o contágio aumente em muito.
    A isso se adiciona o fato de que em torno de metade dos infectados sequer mostram sintomas mas ainda assim transmitem o vírus.
    Resumindo, a economia apenas começou sentir o efeito do coronavirus no front externo sobre as exportações brasileiras e o suprimento de componentes importados (por exemplo, algumas fábricas já deram férias coletivas por falta de componentes eletrônicos importados da China). Os efeitos diretos do surto do coronavirus no Brasil ainda não começaram.
    No lastro disso deve sobrevir uma contração econômica internacional, que dificulta qualquer arranque da economia brasileira.
    As 15 semanas que o Guedes agendou para o golpe final do fascismo se traduz em que sabe que depois disso a deterioração econômica ficará fora de controle (mesmo sem o coronavirus).

  • Miriam Leitão. É, tem gente que ainda escuta e dá ouvidos a esse lixo de gente. To cansado sabe... Nos últimos anos é sempre a mesma coisa, tudo igual. Quando é a esquerda que faz algo de bom par ao Brasil e os mais fracos, tiros porradas e bombas. Se é a direita que detona tudo, rouba tudo, acaba com tudo, aí a tolerância é ridícula. O que mais me dóis é saber que os mais pobres, grande maioria deste imenso e desigual Brasil, vota ainda nessa gente, dá ouvidos ainda a essa gente. E comemora ainda o crescimento da bolsa ou se cagam de medo do aumento do dólar. Como se isso fizesse parte da vida deles. Como se tivesse dinheiro aplicado ou importassem artigos na moeda estrangeira. Fazem parte da vida desses miseráveis sim, mas para destruir um pouco mais, a vida desse infelizes que aplaudem aqueles que os subjugam.

  • Consta-me que o consumo das famílias desacelerou em relação ao terceiro trimestre - de 0,7 para 0,5 - com FGTS, com tudo.

  • Miriam Porcão, Sardenberg, e diversos outros imbecis chamados de "economistas-comentaristas" sofrem da síndrome do patrão: patrão manda falar merda e eles falam merda. Que se dane a realidade, o patrão fala mais alto, e é quem garante seus salários.

  • Eu não disse que a Miriam ia celebrar?
    Destruir o país, vender tudo, favorecer o mercado; tudo que a globo quer e a Miriam concorda.
    Basta dizer que seu ídolo é o moro.
    Que desgraça. Destroem o país e vão só cinema. Dólar a 5, gasolina a 5 e saída récorde de capitanias, se não for do PT, tem sempre algo positivo para ela.

  • Essa mulher é uma das piores coisas nesse país.
    Ela é a desonestidade em pessoa.

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