O Estadão anuncia que Aécio Neves vai lançar, terça-feira, sua “cartilha de governo”, contendo as diretrizes que norteariam seu hoje improvável mandato.
Pelo que relata o jornal, o documento é, no mínimo, um anacronismo.
Repete a cantilena neoliberal da última década do século passado da crítica ao intervencionismo do Estado, da liberdade absoluta dos capitais, dos fluxos comerciais onde o mercado e suas leis baseadas na força e no poder tenham legitimado seu império.
Tudo o que vem ruindo há muitos anos e teve na crise de 2008, seu momento mais estrepitoso.
E com vítimas inocentes, porque lançou ao desemprego dezenas de milhões de seres humanos e, pela retração de consumo que isso trouxa, arruinou as parcas rendas de centenas de milhões, talvez um bilhão, dos que sobreviviam de alimentar os mercados desenvolvidos.
Não há nada de novo nisso.
Ao contrário, há mais do que a simples repetição de ideias fracassadas: há a estupidez de repetir a planta e as estruturas de um edifício que sabidamente não se sustenta.
Embora o texto, só pelos pontos que já foram adiantados pelo jornal, já se prestasse a críticas políticas, por desejar repetir, com 20 anos de diferença, os caminhos de Fernando Henrique, ele já rescende a algo mais grave.
Se, naqueles tempos, tínhamos um país arruinado pelo fracasso da ditadura e de seu prolongamento pelo Governo Sarney, agora temos um país que se aprumou, que elevou o padrão de vida de seu povo – ainda que pouco, mas quanto é um pouco na carência de milhões! – e que readquiriu voz e respeito no mundo.
Já não somos um país que se exibe, despudorado, a vender a qualquer preço o trabalho de seu povo e a riqueza de sua terra.
E isso não voltará mais, por mais que o tentem, mesmo sob a usurpação terrível do triângulo de Tiradentes, o primeiro que deu a vida contra isso.
Aécio é o passado, disfarçado na expressão ainda jovem de um homem que, na vida, apenas seguiu, repetiu, alimentou-se do que antes dele fizeram.
Não tem ideias próprias. Serra, reconheça-se, lhe é muito superior nisto, ainda que não se concorde com o que pensa, mas pensa.
Aécio repete, bajula, agarra-se ao que já se foi.
Quer ser o herdeiro, sem perceber que, de Fernando Henrique e do neoliberalismo, não há o que herdar senão o fracasso, o desastre, a humilhação deste país.
Que, na hora do voto, dar-lhe-á o que vota a Fernando Henrique Cardoso, como símbolo da recolonização do Brasil: seu desprezo.
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Será muito bom lançar essa cartilha, para deixar clara a sua vontade de destruir o país e entregá-lo à mesma nuvem de gafanhotos que vem detonando o primeiro mundo há cinco anos.
Como os tucanos vivem de maquilagem ,vitrine, propaganda , fantasias e ilusões , sempre a querer vender e entregar o país ao primeiro que der uns trocados , a solução é utilizar também a força das imagens :
Como sugestão para refrescar a memória ( e como dizem que recordar é viver ) , tenhamos um pesadelo com um improvável retorno neoliberal,
assistindo ao excelente "Memórias do Saque" (Doc. argentino de Fernando Solanas ).
Em : https://www.youtube.com/watch?v=uSE-EkshbbQ
Na mesma linha da força das imagens,outra sugestão , para que os mais novos não caiam na conversa fiada da quadrilha da privataria tucana:O Doc.
"Encontro Com Milton Santos : O Mundo Glogal Visto do Lado de Cá" , do cineasta brasileiro Silvio Tendler.
Em : https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM
1- doar a petrobras com seu capital para chevrom alegando que a mesma faliu.
2- doar os mananciais de agua para os americanos alegando que elas estão poluidas.
3- doar o ar que respiramos ou melhor a amazonia aos mesmos americanos, porque não estão cuidando bem dos recursos naturais, epor aí vai acartilha do Aécio inebriado, aliás disseram que ele cancelou a agenda porque estava cansado.
Aécio sabe se movimentar em petit comitê, conversas de mesa de Câmara, camarote de torcida de futebol. Sobre o que se passa no mundo, é pouco mais que um curioso.