Cármen Lúcia jamais teve uma liderança real no Supremo Tribunal Federal, antes de cair-lhe ao colo a liderança formal que a presidência da corte lhe dá.
Teve um ou outro momento de brilho – sobretudo no caso da liberação de biografias não-autorizadas – mas foi, em geral, presença discreta e silenciosa nas questões julgadas no STF.
Sua falta de comando evidenciou-se, mais do que em qualquer outro momento, no julgamento sobre a suspensão do exercício do mandato de Aécio Neves, quando proferiu um voto confuso, no qual não teve a coragem de perder com a minoria e foi contestada pelos dois lados: tanto por quem defendia a incompetência do Supremo para impedir o exercício de um mandato parlamentar quanto pelo próprio ministro Luís Edson Fachin, que sustentava o oposto e foi derrotado.
Ao receber Michel Temer em sua casa, na mesma semana em que o ocupante do Planalto encara duas decisões amargas de seus pares (e ambos parte de seu fraco apoio interno: o próprio Fachin, figura diminuta, e Luis Roberto Barroso, uma mariposa jurídica), a presidente do STF se enfraqueceu de uma forma que não poderia ter feito.
É evidente que o encontro privado e domiciliar com o presidente investigado, ainda que possa ter sido pedido com o argumento de que se trataria da intervenção do Rio de Janeiro, teve outros objetivos, ainda que cerimoniosamente tratados. O que é cerimonioso, porém, precisa de olhos que o observem, sob pena de suspeitar-se nele cumplicidade.
Pode-se argumentar, com razão, que é tema que exige entendimento entre quem ordena a intervenção e quem a legitima juridicamente. Mas, manifesto o desejo de expor as condições em que se realiza a ação excepcional de intervenção, a presidente do STF só se engrandeceria ao atender ao pedido no próprio Supremo e com a presença de seus pares.
Se não o fez, denota um de dois desejos: ou de se pretender “dona”, que não é, da vontade do Tribunal ou, o de obter apoio interno da “bancada do Temer” no Supremo. Em qualquer hipótese, um tiro no pé, pois a leitura é a da cooptação.
Porque, a qualquer olho míope que seja, a visita do presidente neste sábado é tão natural quanto as pedaladas que ele deu, para as câmaras de TV, hoje, no Palácio do Jaburu, nas quais só faltaram as “rodinhas”, de tão à vontade que estava.
As cenas de marketing são semelhantes no ridículo e no inócuo.
Mas revelam que ambos, Temer e Cármen, cuidam mais de não cair do que de andar para a frente.
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Dois corruptos, golpistas e desavergonhados
"Cuidam mais de não cair do que de andar pra frente." Perfeito. Genial. Simples, objetivo, quase poético, não fosse tão biológico. Parabéns e obrigado, FB, valeu a noite. Em momentos tão terríveis, tão injustos e sufocantes, poder enxergar alguns inimigos no real ridículo que são, refresca a alma.
São dois símbolos da mediocridade e da pouca vergonha que dominam a cúpula golpista.
Carmem Mortícia perdeu totalmente o pudor e agora resolve formar a dupla Bonnie (Temer) e Clyde (Carmem) para aterrorizar o país,
Luis, a verdadeira dupla é Vampirão e Vampira Benta Carneira.
De FATO, alguma "koiza" (Alguém... Quem? Quem? Quem?), esta APEQUENANDO o já ACOVARDADO STF (Inferior Tabajara Fedegoso)...
Encontro dos que sangram o país... Vampirões!
Isso é um acinte!!! É o retrato fiel desta republiqueta de bananóides!!
Encontro na Transilvânia: Vampirão e Carmen Lucífer rindo da cara do povo brasileiro
Encontro, além de espúrio, desastrado. Um baita tiro no pé para ambos. Também, pudera. Cada vez se afogam sob o peso de suas próprias ganâncias e ambições. Estão cada vez sem margem de manobra sustentável. Mesmo com todo poder formal que ostentam.
Lamento que a presidente Carmen tenha acedido a essa entrevista, que prejudica não só à sua imagem mas também à nossa sobrevivente democracia. Por um sorriso teu!
é encontro com lobistas e grandes empresarios internacionais... é encontro com o ursupador... esta carmem lucifer saiu melhor que a encomenda... uma rosa uéber do poligono das secas mineiro... um filhote da rede globo entreguista!
triste TRISTE pais!
É como diz Xico Sá esse encontro é uma putaria institucional.