Incrível a notícia de hoje, no Estadão, de que a Aeronáutica pretende privatizar o controle da gestão da rede de telecomunicações usada pela Aeronáutica para a defesa, vigilância e controle do tráfego aéreo.
Privatizar é pouco: pretende entregar âs multinacionais:
“Dezessete empresas participaram da audiência pública, duas com maior interesse: o grupo mexicano Claro/Embratel e a americana Harris. As companhias apresentaram uma proposta que pode servir de base para o edital da licitação, que será lançado no fim deste semestre”
Embora vá continuar exercendo a tarefa de operar, a partir desta rede, o controle do tráfego aéreo e da defesa do espaço aeronáutico nacional, é obvio que quem controla a rede sabe tudo o que trafega por ela.
Dispensam-se, portanto, a NSA e os satélites espiões, todos os registros de navegação aérea – e isso inclui a militar – já vão direto para mãos estrangeiras, da fonte. Isso, claro, compreende todas as simulações, com táticas e alcances de seus vetores (aviões e mísseis) , da defesa aérea brasileira.
A reportagem, parcialmente publicada na internet, registra o cinismo de que “haverá salvaguardas” no caso de o Brasil entrar em guerra com o país da empresa que controle a rede de telecomunicação de nossa Força Aérea. Que guerra? De posse destas informações, toda a nossa capacidade de reação aeronáutica, que se funda na capacidade de reação imediata e pontual e não num confronto prolongado contra forças imensamente maiores , estará destruída e minutos ou horas antes que sequer se redija o ato de intervenção na rede de comunicações.
Se é só uma questão de economia, seria melhor pensar em fechar a Força Aérea, porque uma Força sobre a qual se sabe como age, com todos os detalhes de posição, rotas, altitudes, formações e táticas não serve nem para videogame.
A Harris, por exemplo, é contratada por valores imensos pelas forças armadas norte-americanas para montar sistemas de comunicação. E ela mesmo diz em sua página promocional:
Se você está defendendo seu país, os mares, ou os céus – você precisa de uma comunicação segura na qual você possa confiar. Os poucos momentos necessários receber uma mensagem ou responder a uma ameaça podem afetar dramaticamente o resultado de uma situação.
Podem, não é? Dramaticamente, para nós.
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A Aeronáutica já brigou e brigou muito para ter a gestão e o controle dos céus nacionais, e isso inclui a rede de telecomunicação. Agora, está achando que o nacionalismo acabou para o Brasil? Acabou o nacionalismo de nossas Forças Armadas? Não vamos mais desenvolver nada de tecnologia avançada para nossa defesa? Não somos mais um país independente? Não somos mais um país grande, a sexta potência econômica do mundo, em um mundo onde há China, Japão, Alemanha e Estados Unidos? Será que ficamos tão ingênuos que achamos que itens-chaves de nossa defesa podem ficar impunemente nas mãos de outras nações? O que foi que houve? Será que já são os efeitos do tucano "internacionalista" Jungmann? (Não existe internacionalismo, o que parece global está nas mãos de outra nação mais poderosa.) Ou será que é o efeito daquele ex-deputado que diz que somos inferiores e não temos condições de ter nada próprio? Somos uma ilhazinha-país, que precisa se encostar em outro país maior para ter uma defesa, e que paga muito caro por isso?
O que houve na Argentina entre 1976 e 1982 ilustra bem pra que servem as forças armadas de países de terceiro mundo. Na hora de perseguir outros argentinos, tortura-los, assassinar e dar sumiço nos corpos, os caras foram imbatíveis. No momento em que tiveram que enfrentar um inimigo externo, foram incompetentes e enviaram à morte centenas de jovens argentinos, despreparados para o frio e para enfrentar os bem equipados ingleses.
Tomaram uma surra da Inglaterra.
Perdemos até a condição de QUINTAL.
O Brasil virou, mas mãos dos GOLPISTA, ENTREGUISTAS, APÁTRIDAS E PÁRIAS INTERNACIONAIS, simplesmente TERRA ARRASADA.
Os PANELEIROS manipulados pelos marinhos devem estar percebendo a desgraça nacional, na qual tiveram participação decisiva, para estarmos todos nós, vivenciando esse momento profundamente angustiante, que é o desmonte do Estado Nacional Brasileiro.
O pior de tudo: NÃO HA REAÇÃO!
mas o incrível é ver nossa sociedade botando a culpa nos políticos e não nos marinho(e por tabela, toda a imprensa e Judiciário). uma sociedade cínica,safada e imunda feito a brasileira merece isso.
Queridos companheiros, estamos realmente no "fundo do poço". Esses políticos corruptos e os militares frouxos, deveriam ser fuzilados em praça pública. Que vergonha... Tenho saudade dos militares de fibra, de raça e de amor à PÁTRIA.
Acabou nossa força aérea. Melhor entregar tudo para a força aérea dos eua.
O papel das oligarquias na entrega do país:
http://novoexilio.blogspot.com.br/2017/01/oligarquia-x-liberdade-o-alvorecer-da.html?m=1
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Maravilha. O que mais vão entregar? A Amazônia? O Cerrado? Definitivamente não existiremos mais como Nação. República Bananeira passará a ser elogio. Culpa de quem? Do PT, é claro. Os paneleiros nada tem a ver com isso. Nem os golpistas. Povo insensato e covarde, fáceis de manipular. Essa gente pensa que o fato de pertencerem a classe média os toena mais inteligente. A maioria desses canalhas nasceu em berço de outro e nunca fizeram nada na vida. E posam como se eles é que produzem alguma coisa. Canalhas.
* berço de ouro
Um país que vende seu petróleo, seu minério de ferro, suas telecomunicações e suas terras para grandes grupos multinacionais pode ser chamado de Nação? Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco vão privatizar prefeituras, Estados e até o próprio governo do País. Não me surpreenderia se George Soros viesse administrar o Brasil, indicado pelo FMI. É a loucura total dos conservadores retrógrados, que ainda não se deram conta de que o capitalismo faliu, acabou. Ele só traz miséria aos povos e enriquece cada vez mais quem tem o controle do capital. E os babacas aplaudem, pelo mundo afora.
concordo contigo. mas nossa sociedade brasileira é tão BURRA,CINICA E MIDIOTA que acha o máximo entregar tudo para os estrangeiros principalmente dos Estados Unidos.
A Força Aérea ainda voa com aviões "deles". A Embraer paga multas milionárias por vender "vetores" fabricados no Brasil. Servem até para os EUA no Afeganistão. Os Gripen serão um atalho para fabricação futura. Ou melhor: seriam. O submarino nuclear traria grande avanço tecnológico. Traria. E assim os "canalhas" vão nos vendendo. Das empresas - chamadas ativos de baixo custo, agora, nesta crise, a setores estratégicos porque não somos capazes de mantê-los ou valorizá-los.
Este país nas mãos dos entreguistas é uma merda mesmo. Talvez seja por isso que, depois dos mexicanos, seja oriunda do Brasil a maior comunidade estrangeira na terra do Trump.