Estadão: Calero gravou Temer, Geddel e Padilha e entregou áudio à PF. Vai pro Fantástico?

O Estadão informa que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de fato gravou seus diálogos com Gedddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Michel Temer, todos o pressionando para “dar uma solução” para o embargo, pelo Iphan, da obra de um espigão em Salvador onde o ministro da Secretaria de Governo é proprietário de um dos futuros (ou ex-futuros) apartamentos.

Portanto, a referência do porta-voz da Presidência a “boatos” é a tentativa de “vacina” contra o inevitável áudio e tentativa burra, porque só revela que a Polícia Federal – ou seu chefe, o Ministro da Justiça – levou ao conhecimento do Planalto o teor do depoimento de Calero e o material que este tinha.

Sigilo é só para nós, mortais, ou para os integrantes do governo deposto, que não podemos ter acesso ao que se tem.

E tem: minha avó é um bicicleta se não tem mais coisa aí.

Há, pelo menos, a revelação contundente do que todos já sabem: um governo de Temer e do PMDB só pode ser isso, um governo de vantagens, negócios e xavecos.

Já não há qualquer dúvida de que o presidente se acumpliciou a Geddel num destes últimos.

A dúvida que persiste é: será que vai pro Fantástico?

 

Fernando Brito:

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  • Será tema da capa da Veja? Sera que o Camarotte a Catanhede o Merval vão debater o assunto na Globo News? Sabemos todos, que são campeões da Moralidade e devem estar muito indignados.

  • Essas gravações vão silenciar por anos as panelas gourmet das sacadas dos Jardins e Ipanema.
    Esses coxinhas são realmente desprovidos de massa cefálica.

  • Essa gravação, se de fato existe, jamais será vazada. Não espero mais nada da nossa justiça (por falta de um termo melhor). Todos estão envolvidos nesse golpe miserável e não pararão até que calem todas as vozes que lutam pelo Brasil e pelo povo. Fantástico? Manchete no PIG? QUA QUA QUA. Só se fosse alguém do PT, aí o estatdalhaço seria enorme. E nem precisaria de gravação alguma, sómente um powerpoint chinfrim, da qual um certo procurador é expert. Bando de inconsequentes.

  • Brito, tese conspiratória: o tal ex-ministro foi do PSDB, na campanha do Serra. Passou para o PMDB do Eduardo Paes, ex-PSDB também.
    A mídia e seus aliados naquele partido, assim como o "mercado", vêm que o pacotaço de maldades, com Temer e PMDB, não vai adiante. O moço ministro se queixa ao Eduardo, que comenta com seus amigos e aliados. Rapidamente se encontra uma solução para alijar Temer que tenha uma aparência de legalidade muito maior do que o julgamento das contas de campanha: impeachment, e por uma razão absolutamente legal: uso do cargo para benefício pessoal ou de terceiros.
    Aí, instruem o rapaz a bater o pé e forçar o Temer a intervir em favor do Geddel. Gravam - é só ligar o gravador do celular, nenhum segurança do Palácio vai pedir a um ministro para entregar o telefone, né? - e está armado o circo.
    Vai cair, não duvidem. Só não sei se vem aí a imaculada conceição FHC ou algum tertius psdbista, já que essa solução seria agradabilíssima para o "mercado", mas descontentaria deveras o governador de São Paulo, que espancou a turminha do ex-presidente, de Serra e dos aliados de ambos naquele estado, na eleição para prefeito da capital.
    O perigo é que o PMDB, ofendido e avariado, resolva, na eleição indireta, na Câmara, dar seus votos a algum candidato da oposição e arraste o "centrão" com ele. Aí poderia acontecer alguma zebra impensável, desde a eleição do Sarney até a eleição (improbabilíssima) do Lula...

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