O editorial do Estadão de hoje é uma declaração de guerra aberta ao Governo Dilma.
Acusa a Presidenta de fazer uma “armação” ao dizer que não permitiria o corte de gastos sociais, dentre eles o Bolsa-Família.
Diz que ela agiu com “estudado bom humor e cordialidade” e que visou, com isso, “a parcela insuficientemente informada da sociedade – cuja participação na queda do prestígio e da intenção de voto na presidente, embora menos intensa do que a dos setores mais escolarizados e de maior renda, decerto foi especialmente dura de engolir para Dilma”.
Numa palavra, acusou Dilma de falsa.
Depois, reclama de um “indireta” que teria sido dada às medidas tomadas por Geraldo Alckmin, cortando algumas despesas e extinguindo uma secretaria, ao afirmar que não ia ser demagógica ao cortar cargos que estão vagos e que não foram ou serão preenchidos. Será que foi um “vestir de carapuça”? Ninguém disse que Alckmin cortou cargos que estavam vazios, embora seja legítimo o jornal apurar se lá – ou se isso tivesse sido feito no Governo Federal – houve demissões para valer ou simples aparência de corte de despesas.
Não é preciso espionagem ou esforço de reportagem, é só olhar se houve exonerações em massa no Diário Oficial do Estado. Houve?
O editorial, é portanto, outra declaração de guerra – esta mais aberta e grosseira – ao Governo Federal.
Mas é uma guerra sui generis, onde um lado bate sem dó e o outro apanha quieto.
E água mole em pedra dura, tanto bate…