Na Rádio França Internacional, o especialista em América Latina do Institut de Relations Internationales et Stratégiques francês, Jean-Jacques Kourliandsky diz que a “intensidade e a qualidade” das relações diplomáticas com os países europeus deve baixar até que haja eleições. E que a presença de José Serra na chancelaria brasileira não é um retorno à diplomacia brasileira, mas algo muito mais frágil, porque FHC, ao menos, tinha”a coerência, a legitimidade e o carisma que Temer não tem”.
“Há uma grande perplexidade em todos os países europeus e também preocupação”, afirma Kourliandsky. Para ele, “há a impressão de ter surgido um vazio” em um tradicional parceiro diplomático da Europa e que “é possível que haja um buraco de um ou dois anos na relação entre Europa e Brasil.”
Esta queda nas relações não deve se concretizar formalmente, mas se refletir no campo simbólico. “A qualidade do parceiro brasileiro baixou, na medida em que há dois presidentes, um deles alçado ao poder sem eleição, com uma legitimidade não tão forte”, afirma o cientista político, que é consultor para órgãos da administração pública francesa.
Negócios, setor privado e cooperações culturais ou universitárias não devem ser afetados. “Mas não consigo imaginar Temer sendo convidado ou recebendo visitas de países europeus, considerando as circunstâncias pelas quais chegou ao poder”, afirma Kourliandsky.
O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, no entanto, não deve ser afetado. Se ele se encontra atualmente em um profundo impasse, se deve muito mais à divisão entre os países europeus do que a qualquer contexto político brasileiro. Pelo menos 12 países, entre eles a França, resistem a chegar a um acordo no setor agrícola.
“Para começar uma relação sobre novas bases, é preciso esperar que o Brasil tenha um executivo e um parlamento totalmente legitimados pela via eleitoral, o que não é o caso por enquanto”, afirma Kourliandsky.
O pesquisador do IRIS avalia a diplomacia sob o Partido dos Trabalhadores como ambiciosa. Em entrevista ao jornal Le Monde, em 2010, chegou a classificá-la de“diplomacia imaginativa”. Para ele, o surgimento do nome de José Serra para comandar a pasta de Relações Exteriores não significa necessariamente um retorno à política do governo de Fernando Henrique Cardoso.
“O fato de Serra ser ministro parece confirmar a hipótese de uma mudança no Itamaraty, mas há uma recomposição de forças no parlamento, com partidos pequenos. Não é a mesma maioria que tinha no governo do PSDB”, explica o pesquisador. “A política do presidente Cardoso tinha a coerência, a legitimidade e o carisma que Temer não tem. Os pesos respectivos de um e de outro são completamente diferentes”, conclui.
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Brasil, um pária entre as Nações do planeta, essa foi a grande contribuição da tropa de bestas de verde e amarelo na Paulista , tangidos pela Rede Golpe, aliados ao MPF e aos supremos togados do $upremo Tribunal do Cinismo Federal.
Nõ creio que eleição vá restituir respeito internacional, pode melhorar um pouco a imagem , mas como um vaso que quebrou jamais voltará a ser resplandecente. Pelo menos até meados do século.
Belo exemplo esta dando a Clase Artistica.
Esta na hora de Sindicatos, Ongs, UNE, Sem Teto, Sem terra, Movimentos sociais em geral , partidos politicos de esquerda e outros seguimentos ligados a mulheres ,da inicio de forma organizada a atos publicos em todo o Brasil, e convida Dila e Lula a estarem participando.
Apenas uma semana de governo Golpista, ja estamos sentindo a dose do golpe.
O foco agora tem que ser reverte a votação no senado.
Digo Classe artistica.
Não é uma eleição que irá recuperar o respeito que o Brasil adquiriu a partir do governo Lula. O país voltou ser visto como uma republiqueta latino americana sem instituições sólidas e sujeita a chuvas, trovoadas e golpes de estado desfechados por uma elite imprestável.
Excelente comentário!
Só confirma que a direita brasileira é um zero+zero = O. O vampiro e seus gangsters ainda não se deram conta que só conseguem enganar canalhas iguais a si mesmos e coxinhas zumbis. Para o resto da população nacional e internacional são vistos como usurpadores viralatas antidemocratas ditadores indecentes.
A diplomacia imaginativa é um legado de Lula que deixou suas sementes na politica e na sociedade civil brasileira. O mundo social europeu tem muito interesse em compreender melhor a dinâmica dos vários movimentos sociais que ganham força nesse momento de crise.
O cerra poderia convidar os três patetas do blog para adidos nos EUA, na Alemanha e em algum outro país alinhado à Washington.
Eu quero ir para a Inglaterra !!!!
Posso ser o Harry Palmer???
Você vai para Turquia.
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: * * * * 19:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra**S**il e postando: Direita (e seus sujos sabujos), morra(m) ! ! ! !
.:.
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem) ! ! ! ! Lula 2018 neles ! ! ! !
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Melhor mesmo é deixar as embaixadas devendo aluguel e dividas a organismos internacionais.
Num português mais claro. O mundo não engole e não digere golpistas. Perderemos sim, bilhões de dólares em nossas relações internacionais com esta brincadeira de mau gosto de políticos ambiciosos e desonestos que só enxergam seus próprios umbigos. É os coxinhas que achavam que iam bombar em Miami e New York, terão que conhecer melhor o país em que você vivemos. Ja pagamos um preço descomunal com investigações paralisantes da máquina produtiva e agora vamos continuar pagando com a consolidação do golpe. Graças a indignidade e ansiedade de políticos despudorados e golpistas estamos sendo arremessados em um buraco maior do que ja estavamos. E o pior, ainda vão dizer que tudo é culpa do PT. Desgraça pouca é bobagem.
Gentem, li agora a pouco no O Cafezinho: pela Constiuição, um vice-presidente não pode mudar a composição de um governo eleito democraticamente quando o titular é afastado provisoriamente. O STF está sendo cúmplice? ¨O papel do vice-presidente durante o processo de impeachment: Assim, no sistema atual, o vice, na verdade, é eleito para cumprir as suas próprias atribuições constitucionais, podendo vir a substituir a presidente em caso de impedimento temporário, ou sucedê-la, em caso de vacância do cargo, dando cumprimento ao programa apresentado por ambos e que foi sufragado pelos eleitores. Por isso, caso qualquer impedimento permanente venha a ocorrer, espera-se que o vice dê continuidade ao programa iniciado pelo presidente impossibilitado de ocupar o cargo em caráter permanente. Afinal, aquele também se comprometeu com o programa escolhido pelos eleitores. Com mais razão, a necessária continuidade programática exige-se quando o afastamento é transitório¨.
Que vergonha!!!!!!! Viva a República das Bananas!
Fernando: com Serra no comando do Itamarati não teremos só uma situação “Themerosa”. Ela há de ser, também, “desastrosa”. Mas pode ficar amenizadas com compra ambulância dos norteamericanos ou ingleses, que serão pagas com o petróleo da Chevron, nome cogitado para a Petrobras.