Exclusivo: herdeiros de Civitaquerem dividir fortuna em sigilo

Os filhos do dono da Editora Abril iniciaram, no último dia 26, o processo de inventário e partilha de bens de Roberto Civita, morto um mês antes.

Nada demais nisso. Giancarlo, Roberta Anamaria e Victor Civita estão fazendo o que é seu direito como herdeiros.

Mas parece haver algo estranho.

Mais da metade da petição dos Civita ao juiz da 12a. Vara de Órfãos e Sucessões de São Paulo é gasto pedindo a decretação de segredo de Justiça sobre o processo de inventário.

Por que, ainda mais que Roberto Civita, em dezembro de 2011, teve o cuidado de registrar, em escritura pública, seu desejo em testamento?

Será que isso visa o que, neste documento, ele deixa para sua viúva, Maria Antônia Magalhães Civita?

Explica-se: em 1999, quando o então Robert Civita e Maria Antônia se casaram, assinaram um pacto antenupcial em que a ela nada caberia senão o apartamento em que viveram até sua morte, na Rua Escóssia, em São Paulo, e uma gleba de terras em Itapecerica da Serra.

Doze anos depois, já Roberto Civita, ele mudaria de ideia e deixaria muito mais, em dinheiro, bens – inclusive sua cota-parte num helicóptero Agusta A109E – e obras de arte, para ela, naquele testamento, que assinou destacando que o fazia para “manter a harmonia e a unicidade entre seus herdeiros” e que já tinha transferido parte do patrimônio para os três filhos, do primeiro matrimônio.

Será que os herdeiros de Civita temem um “barraco” milionário?

Será que o império que herdaram não é suficiente para não querer deixar para  a viúva o Fundo Exclusivo Rugir Multimercado e 25% dos ativos financeiros declarados pelo pai ao Imposto de Renda?

Bem, nada está, por enquanto sob sigilo de Justiça. Que, aliás, não é previsto para casos de briga de família.

O processo voltou sexta-feira do Ministério Público e não há decisão em vigor.

É, portanto e ainda, tudo público.

Por que será que há tanta preocupação dos Civita  em que não seja?

Fernando Brito:

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