Faturamento dos bares cresce 70% com a Copa e já chega a R$ 12 bilhões

Reproduzo matéria abaixo, sobre o aumento no faturamento dos bares, por causa da Copa. Seria legal um tributarista avaliar isso em termos de geração de impostos.

Copa rende R$ 12 bi aos bares em junho

Na Exame.

O movimento nos bares cresceu em média 70% nos dias de jogos do Brasil

Rio e São Paulo – Com a bola rolando e sem o registro de grandes manifestações e protestos violentos, os bares comemoram o movimento que a Copa do Mundo levou aos estabelecimentos. Diante da demanda acima das expectativas, o segmento deve faturar R$ 12 bilhões no mês do Mundial de futebol, segundo previsão da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

No ano passado, a Copa das Confederações já havia incrementado a receita de bares e restaurantes, que ficou entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões no período entre junho e julho. “É a primeira vez que estamos vivendo um evento de impacto nacional tão prolongado. Não tínhamos essa expectativa”, diz o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci Júnior.

No balanço da entidade para as primeiras duas semanas do Mundial, o movimento nos bares cresceu em média 70% nos dias de jogos do Brasil – mas alguns locais receberam número de clientes duas ou até três vezes maior que o normal. O tempo de permanência dos clientes também é maior. Em outras Copas, o público aumentava de 50% a 70% nos jogos da seleção, lembra Solmucci Júnior.

“As pessoas estão assistindo ao máximo de partidas que podem”, diz. Seleções campeãs como Uruguai e Itália e até menos favoritas como Irã têm atraído torcedores. Daqui para frente, com menos jogos na segunda fase da Copa, a animação deve ser menor, mas a expectativa continua alta. “As pessoas devem continuar acompanhando, independentemente de o Brasil continuar na Copa”, prevê Solmucci.

Fora de casa

Já nos restaurantes, o impacto não tem sido grande. “A Copa não ajuda os restaurantes”, diz o presidente da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), Cristiano Melles. “Pode ser até que tenha queda no faturamento em relação à média.”

Há algumas razões para as perdas nos restaurantes. Em primeiro lugar, o horário dos jogos (muitos às 13h ou 19h) fez com que muita gente migrasse para o barzinho. Os feriados também reduziram o movimento corporativo, grande público de restaurantes. A exceção é a pequena parcela de estabelecimentos próximos a pontos turísticos.

A opção por comer em casa também ajuda a explicar a baixa nos restaurantes. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) confirma que, na primeira fase da Copa, subiu o consumo de carne, pipoca, salgadinhos, cerveja e refrigerante. Pesquisa da Kantar Worldpanel mostra que 88% dos torcedores comem e bebem enquanto assistem às partidas.

A estimativa da associação é de que as vendas sejam 5% maiores em junho em relação a um mês comum. “Mesmo quando não é dia de jogo, o consumo na cidade de São Paulo continua aquecido pela presença dos turistas”, diz o gerente de economia e pesquisas da Apas, Rodrigo Mariano.

Na hotelaria, o dinheiro despejado pelos turistas pode salvar o setor em um ano de provável estagnação ou até queda no faturamento. O evento deve injetar R$ 650 milhões no setor, “Prevemos crescimento de 6% a 7%”, revela o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) Enrico Fermi.

Apesar disso, a CVC, maior empresa do setor de viagens, afirma que a vinda de 600 mil estrangeiros estimada inicialmente não deve se concretizar. A menor demanda teria levado, segundo a CVC, hotéis e companhias aéreas a baixarem os preços, barateando os pacotes nacionais. Os descontos chegam a 40%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fernando Brito:

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  • Desses 600 mil turistas, muitos vao voltar e vao propagar o Brasil por lá e trazer outros que nao vieram, esse é um dos legado da Copa. se fizer um projeçao para 5 anos, quanto o Brasil vai faturar? quantos empregos vao gerar?

  • Ms teve coxinha comerciante que gritou aos quatro ventos e aderiu a campanha #nãovaitercopa. Dando um tiro no pé e na cabeça. Já a Globo que queria apenas favorecer politicamente seu candidato e sempre fatura, estava se lixando para as perdas do coxinha comerciante classe merdia, que trabalhou para boicotar seu próprio negócio e ganhos.

  • Pena que não se converta em arrecadação, ou alguem acredita que não há sonegação? Enquanto isso o desconto na fonte continua firme.

  • Não sou tributarista, mas dá pra fazer uma continha de chegar: bebidas pagam impostos bem altos. Petiscos e salgadinhos, menos. Podemos calcular, grosseiramente, que 20% da conta é com bebidas, uns 25% de impostos. Nos outros 80%, os impostos devem ficar com 5% (e talvez até menos, dada a sonegação e as margens mega elevadas desse tipo de comércio). Então, são 25% de 20% de 12bi (= 600 mi) mais 5% de 80% de 12 bi (= 480 mi).
    Só aí já se recupera 12,5% dos gastos com estádios...

  • ... "Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma" *** * Joseph Pulitzer. ... ... "Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo" *** * Malcolm X. ... ... ... Ley de Medios Já ! ! ! . . . ... ... ... ...

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