Enquanto o “mercadismo” garante que a “retomada da economia” está a caminho, os números não param de mostrar que, até agora, nem sinal dela.
A Fundação Getúlio Vargas divulgou hoje os índices de expectativa de emprego e de desemprego e a conclusão é sombria, nas palavras do economista da própria FGV e responsável pela análise da pesquisa, Fernando de Holanda Barbosa Filho:
“Os índices de mercado de trabalho mostram que o otimismo com relação ao futuro ainda não se reflete em melhora no mercado de trabalho. O índice coincidente da taxa de desemprego (ICD) permanece estacionado em níveis elevados, sinalizando que a situação atual do mercado de trabalho continua bastante difícil. A novidade ocorreu no índice antecedente do emprego (IAEmp) e não foi positiva. O índice teve leve queda puxada por uma piora na margem na situação atual dos negócios e uma piora na expectativa de contratação futura. A leitura conjunta dos índices parece indicar uma recuperação mais complicada do que a esperada nos próximos meses. O mercado continua ruim e deve demorar a mostrar sinais mais consistentes de melhora”.
O pior resultado é para as classes de menor renda, tradicionais “pagadores do pato” da crise.
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A maioria das pessoas ainda não caíram na real do tamanho do buraco que estamos...
E os patinhos golpistas estatizados do temer, pianinhos, pianinhos.
Interessante. Esse Cenário se estabeleceu desde o governo Dilma, quiçá antes, mas aqui no blog se propagava, e todos compactuavam, que a lotação de supermercados, aeroportos etc era o melhor indicador para rechaçar a tese da crise econômica. Os aeroportos, supermercados, farmácias continuam lotados, mas estrategicamente mudamos os argumentos. Um bom jornalismo requer honestidade e coerência.
Se você está procurando um bom jornalismo, sugiro ficar longe deste site. Tente na BBC...