Fim da pandemia? 464 mil casos na França, quase mil mortes na Itália e Reino Unido

Estamos ouvido muitas historinhas de “autoajuda” de que a onda da variante ômicron do vírus da Covid é “rápida” e que em poucas semanas se dissipa.

Seria ótimo, mas isso não corresponde à realidade e usar três ou quatro dias de número decrescente de casos é uma confusão inadmissível entre ciência e esperança.

Com números em queda desde o dia 11, a França registrou hoje quase meio milhão de casos diários da doença: 464,769, entre os 65 milhões de franceses.

Itália (434 óbitos em 24 horas) e Reino Unido (438) voltaram a números que ocorriam em março do ano passado.

Notícia pior ainda: percentualmente, segundo o respeitadíssimo Financial Times, a internação de crianças cresce em percentual muito mais alto do que se elevam os casos, indicando uma vulnerabilidade maior destes grupos etários, onde a vacinação foi mais tardia ou, para os de menor idade, não aconteceu.

Aqui, vamos hoje ultrapassar com folga 100 mil casos diários e as mortes vão passar de 200. Os números oficiais serão divulgados em uma hora, mas , só pelos óbitos registrados em São Paulo (117), Rio Grande do Sul (22) e Goiás (23) já é possível esperar o que vem por aí.

É o “bem-vinda, ômicron” de Jair Bolsonaro começando a mostrar a cara.

Tudo o que tem sido dito aqui é reafirmado: os casos estão sendo sonegados ao conhecimento público.

PS. Saíram os dados: 137 mil novos casos, um recorde em toda a pandemia, e 351 mortes, o maior número desde o início de novembro.

 

 

 

 

 

Fernando Brito:
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