A Folha mostra o espetáculo ridículo, mas revelador, a rentrée de Fabrício Queiroz na campanha de Jair Bolsonaro, apontando armas e fazendo o papel de “machos dinamite” em poses na praia.
Numa coisa há razão: ali estão os “amigos para sempre” do presidente da República: os achacadores, os milicianos, a enorme banda podre do país que acha que calibres das armas são calibres de homens.
A volta de Queiroz “à ativa”, porém, é um indicador da fraqueza a que chegou o bolsonarismo, que vai se reduzindo à mancha, à nódoa moral que sempre representou, desde que o seu chefe era apenas um curioso e nojento representante de desajustados sociais, espécie de carrapatos dos medos e angústias que uma sociedade desigual gera no campo da segurança pública.
Queiroz está, por uma série de vacilações e vaivéns judiciais, até agora livre de punições por sua função de coletor de vantagens para a família presidencial. Mas todos sabem que isso é questão de tempo, assim como todos sabem que é uma questão de tempo que o Palácio do Planalto seja desinfetado do chefe de Queiroz.
A mesma Folha diz que Bolsonaro perdeu a liderança até na sua praça forte, as redes sociais, para Lula, sem que avancem os aspirantes a substituir o “Mito” como alternativa a uma vitória anunciada da centro esquerda liderada pelo petista.
E isso implicará em maior violência e agressividade vindas do grupo de apoiadores e fanáticos do neofascismo brasileiro.
Não reagir na mesma moeda é recusar o debate com milicianos e arruaceiros que o compõem.