Gilmar, o feitor, acha que Justiça do Trabalho é “laboratório do PT”. Assista

Num país de sindicatos fracos, como o Brasil, a Justiça do Trabalho é, na prática, um dos poucos instrumentos que impedem a escravização do trabalhador, como aplicadora, essencialmente, do que está contido na CLT.

É, portanto, tão importante quanto acabar com a legislação trabalhista, fazer se ajoelhar ramo do Judiciário que se encarrega de torna-la realidade.

Gilmar Mendes, no Supremo, usa seu poder para isso.

Desde outubro passado, por liminar, suspendeu o andamento de todas as ações no Tribunal Superior do trabalho que versem sobre o cumprimento de acordos coletivos.

E ontem, autoritária e grosseiramente, chamou o TST de “laboratório do PT”.

Direito do trabalhador, para ele, é “lixo petista” a ser varrido, tal como faz seu amigo Michel Temer.

Aliás, tudo que não seja o que sua mente arbitrária considera é desprezível, para Gilma, como hoje frisa a excelente Maria Cristina Fernandes, no Valor:

O ministro que repreendeu o “off coletivo” da Procuradoria-Geral da República é o mesmo que antecipa votos, julga seus pares pela imprensa e até prevê desfechos. Chegou a sugerir o impeachment de Marco Aurelio contra Renan e disse que Ricardo Lewandowski não passaria no “jardim de infância do direito constitucional” quando o ministro, na condição de presidente do Senado, transformado em Corte para o julgamento do mandato de Dilma, conduziu, sem consulta ao seu colegiado, a polêmica manobra que manteve os direitos políticos da ex-presidente. Em entrevista à Reuters, nunca desmentida, Gilmar chegou a antecipar o plano B caso fracassasse no adiamento do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE: o presidente deixaria o cargo e seria eleito indiretamente pelo Congresso.

Gilmar é isso, uma abjeção togada.

 

Fernando Brito:

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