Grippen: Brasil opta pela transferência de tecnologia

À parte as considerações sobre a economia – tanto no preço de compra quanto na manutenção e vôos de treinamento e vigilância – a escolha dos caças suecos Grippen NG foi, ao que tudo indica, determinada pelos compromissos assumidos com a transferência de tecnologia e abertura dos códigos-fonte dos sistemas de aviônicos e armas embarcados no aparelho, que ainda está em fase de desenvolvimento, sendo uma versão superior ao  que já opera em diversas forças aéreas.

O fato de os suecos abrirem o processo de desenvolvimento dos caças ao Brasil é outro fator que certamente pesou muito, pela possibilidade de versões mais adequadas às necessidades brasileiras: alcance de vôo em condições de combate e capacidade de operar em pistas curtas e improvisadas em estradas, facilitando a dispersão da frota em caso de ataque.

O fato de que os suecos dependem dos EUA para a motorização dos caças não parece ser tão relevante quanto uma dependência tecnológica, concentrada hoje nos sistemas de detecção e armamento. A França, depois do episódio da NSA, acabou por mostrar até onde vai seu alinhamento com os americanos, o que significaria, também, um risco.

E foi, afinal, a escolha técnica da Aeronáutica.

O importante é que o Brasil se equipe o quanto antes para sua defesa aérea, que inclui agora os cobiçadíssimos campos de petróleo.

A configuração do nosso poder aéreo é eminentemente defensiva e nosso poder de ataque deve, basicamente, ser capaz de constituir dissuasão para a aproximação de embarcações porta-mísseis. Combate ar-ar é restrito à aviação naval eventualmente embarcada em frotas agressoras.

Junto com uma aviação de caça ligeira, o essencial é associa-la a uma força de submarinos capaz de criar dificuldades para uma ameaça aérea e balística naval ao nosso território.

E esse processo, tão atrasado, não podia mais ficar esperando.

Fernando Brito:

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  • Fim do fx-2? Não acho. No site do ministério da defesa estão claras posições desconfortáveis com este processo.. Parece que os órfãos de Veloso e Burnier ainda estão muito ativos.

  • Então vai ficar assim: a Dilma com o Grippen e o Aécio com Helipótero.

    • Isso mesmo. A Dilma com o Grippen e a tecnologia para fabricar caças e o Aécio e seu helicóptero cheio de pasta para fabricar... o que mesmo?

  • Teriamos que começar por algum lugar. ainda bem que começou e o poder de barganha eh bem maior com os suecos.
    E o BNDES vai ter uma participaçao acionaria na Embraer?
    nao adianta nada pensar pequeno. E está na hora de comprar um submarino russo em uso e mais um porta avioes,nao importa de onde - Quem faz plataforma de oleo tb pode transformar um porta avioes em arma nossa. E construir uma industria de misseis em conjunto com a vizinha Argentina.

  • o grande erro em termos de defesa foi a opção de abrir mão de desenvolver armas atomicas, o verdadeiro meio de dissuação.

    • É verdade, pena o nefasto FHC ter assinado o tratado de não-proliferação..

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