O combativo, comunista e nacionalista Haroldo Lima defende enfaticamente o Leilão de Libra e explica porquê.
Destaco um trecho:
Se o consórcio vencedor não der à União nada além do mínimo exigido, a participação pública no óleo ficará em 75%, segundo estudo da ANP, divulgado em reunião da CPI da Espionagem, no Senado; se a parcela do excedente chegar a 50%, a participação pública irá a 80%, das maiores do mundo. Hoje, para os campos maiores, essa participação não chega a 60%, oscila em torno de 52% para os demais.
Em segundo lugar, a Petrobras será a operadora do campo, a empresa que acumulará todo o conhecimento da atividade exploratória e produtiva da área, e terá também, por força de lei, 30% do consórcio vencedor, qualquer que seja ele.
Depois, uma empresa 100% estatal, a Pré-Sal Petróleo S.A., a PPSA, será criada para representar o governo federal na gestão do contrato, com voto de minerva e poder de veto.
Finalmente, uma política de conteúdo local será aplicada, bem como outra de pesquisa e desenvolvimento, favorecendo a indústria nacional e o avanço da ciência e tecnologia entre nós.
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O INTERESSE NACIONAL E O LEILÃO DE LIBRA
Por Haroldo Lima, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Cinco das maiores petroleiras do mundo decidiram não participar do leilão de Libra. Na história desses leilões, isto não é novidade. Na 6ª Rodada da ANP, em 2004, quando importantes blocos foram licitados, também as grandes multinacionais do petróleo não compareceram.
Por ocasião da 6ª Rodada, quando iam a leilão os “blocos azuis”, os de maior potencial até então leiloados, surgiu a “informação” de que o leilão visava “entregar” às multinacionais do petróleo, a “preço de banana”, os valorizados blocos. Findo o leilão, verificou-se que a Petrobras, sozinha ou com sócios, ficou com 94% dos blocos localizados no mar, onde estavam todos os “azuis”. E que as multinacionais do petróleo, a quem supostamente esses blocos seriam “doados”, nem apareceram no leilão, exceto uma, que disputou três blocos em sociedade com a Petrobras. As grandes petroleiras demonstram não tomar conhecimento das fantasias que lhes anunciam “doações” de imensas riquezas petrolíferas.
Agora, a nação aguarda para 21 de outubro próximo o primeiro leilão na província do pré-sal, após a mudança do marco regulatório. Tudo está pronto, até porque sete anos já se passaram da descoberta do pré-sal.
Eis que a mesma fantasia que apareceu antes da 6ª Rodada, a da “doação” às multinacionais de campos de petróleo, e que foi rotundamente desmentida pelos fatos, reaparece, escondendo uma posição conservadora, imobilista e medrosa. China, Índia, Noruega, Canadá, Cuba, Angola e tantos outros países articulam-se com quem quer que seja para impulsionar seus desenvolvimentos. Empregam regulação que preserva suas soberanias e seus projetos nacionais. E nós, que para muitos países somos modelo de regulação, não podemos fazer o mesmo? Até a pérfida espionagem perpetrada pelos Estados Unidos no Brasil é aproveitada com o mesmo fito protelatório, imobilista. “Dados podem ter sido descobertos”, então, suspenda-se o leilão! Mas, que dados, se eles são públicos? E se a existência de espionagem, por si só, leva à suspensão de um leilão, e se a espionagem vai continuar, como previu o chanceler brasileiro Luiz Roberto Figueiredo, então, nunca mais tocaremos no pré-sal.
O exame minucioso do edital e do contrato, relativos ao leilão de Libra, revelam que foram elaborados com uma preocupação central – resguardar o interesse nacional. Esse interesse não exclui espaços para atrair o empreendedor privado, tanto que grandes empresas estão inscritas e vão participar do certame. Se outras lá não estão, não é por ausência de atratividade do leilão, nem porque o mesmo estaria sofrendo ingerência demasiada do Estado brasileiro. É porque as decisões dessas grandes empresas são individualizadas e dependem de oportunidades e conveniências analisadas à luz de dados globais.
Em Libra, o interesse nacional começou a ser resguardado quando o então presidente Lula convocou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em 8 de novembro de 2007, para examinar o que fazer com o pré-sal recém-descoberto. Aí se constatou que 41 blocos, situados na área da descoberta, estavam na relação da 9ª Rodada de Licitações, que ocorreria em 19 dias. Quem os arrematasse iria explorá-los com contratos de concessão. Como não se sabia ainda o que seria feito naquela área, decidiu-se, por proposta da ANP, retirar todos esses blocos da lista da 9ª Rodada. Na continuidade, introduziu-se em lei, para aquela região e eventuais congêneres, o sistema de partilha da produção, em geral usado mundo afora em áreas altamente prolíferas.
Na partilha, paga-se o custo da extração do óleo e os royalties com parte do petróleo extraído. O excedente é para ser partilhado entre a empresa ou consórcio contratado e a União. Quem se comprometer em dar a maior parcela desse excedente à União ganha o leilão, sendo que o mínimo que pode ser aceito, segundo o edital, é 41,65%. No formato proposto, serão grandes as vantagens para o Brasil. Quatro se destacam.
Se o consórcio vencedor não der à União nada além do mínimo exigido, a participação pública no óleo ficará em 75%, segundo estudo da ANP, divulgado em reunião da CPI da Espionagem, no Senado; se a parcela do excedente chegar a 50%, a participação pública irá a 80%, das maiores do mundo. Hoje, para os campos maiores, essa participação não chega a 60%, oscila em torno de 52% para os demais.
Em segundo lugar, a Petrobras será a operadora do campo, a empresa que acumulará todo o conhecimento da atividade exploratória e produtiva da área, e terá também, por força de lei, 30% do consórcio vencedor, qualquer que seja ele.
Depois, uma empresa 100% estatal, a Pré-Sal Petróleo S.A., a PPSA, será criada para representar o governo federal na gestão do contrato, com voto de minerva e poder de veto.
Finalmente, uma política de conteúdo local será aplicada, bem como outra de pesquisa e desenvolvimento, favorecendo a indústria nacional e o avanço da ciência e tecnologia entre nós.
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O governo liderado pelo PT não é eterno. Temos que consolidar a parceria com a China, trabalhar para a reeleição da Dilma, e deixar amarrado o futuro da exploração do petróleo no Brasil. A intensão de postergar o leilão é para dar uma chance aos tucanos (direita), de voltar ao governo é entregar tudo para os ingleses e americanos. O José Serra já foi flagrado assumindo esse compromisso. “Mais vale um pássaro nas mãos, que dois voando!”
A grosseria com que o Metri se refere aos que divergem da opinião dele, só servem para desqualificar a ele próprio no debate. Ninguém se torna mais defensor dos interesses nacionais, apenas por vociferar insultos e calúnias contra os que não concordam com seu ponto de vista. Muitas vezes isto pode indicar exatamente o oposto.
Haroldo Lima é um entreguista. Assim como o Aldo Rebelo, filiado ao PCdoB mas serviçal do agronegócio conservador.
na audiencia publica do senado - video que o valmor stedile postou o link - fernando siqueira da aepet sugere que as empresas americanas saíram do leilão para não inviabilizá-lo, devido ao escândalo da espionagem, porém as européias que participarão pertencem ao mesmo grupo, rotschild e rockefeller. Então dá no mesmo.
Parabéns Fernando,infelizmente esses idiotas americanos,eentram no país e acham que pode pautar o governo de DILMA.Muito exato,seu texto!
Contra números...
Não vai dar tempo pra mim
Me parece que os caciques que estão na administração do pais e na petrobras não conhecem a porcentagem na matemática ou não conhecem matemática,porque para ele,me parece que 75% é maior que 100%,pois o poço de libra já está produzindo porque que o Brasil não fica com os 100%porque que tem que leiloar 35% de algo que é nosso.Se tivemos a capacidade de encontrar o petróleo ,porque que não conseguimos exprora-lo,esse poço de libra tinha sido entregue a shell pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso,que o devolveu a petrobras por não ter encontrado petroleo,e a petrobras conseguiu ,e agora vai entregar o nosso petroleo a empresas estrangeiras,isto é lesa a pátria,me parece que os caciques não ouviram o grito das ruas,talvez o povo precise gritar com mais enfase,para que sejam ouvidos e me parece que é o que vai acontecer.
75% + 35% = 110%
Concordo!
Laureano Acorsi em 15 de outubro de 2013 às 22:02 disse: Me parece que os caciques que estão na administração do pais e na petrobras não
conhecem a porcentagem na matemática ou não conhecem matemática,porque para
ele,me parece que 75% é maior que 100%,pois o poço de libra já está produzindo
porque que o Brasil não fica com os 100%porque que tem que leiloar 35% de algo que
é nosso.Se tivemos a capacidade de encontrar o petróleo ,porque que não conseguimos
exprora-lo,esse poço de libra tinha sido entregue a shell pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso,que o devolveu a petrobras por não ter encontrado petroleo,e a
petrobras conseguiu ,e agora vai entregar o nosso petroleo a empresas estrangeiras,isto
é lesa a pátria,me parece que os caciques não ouviram o grito das ruas,talvez o povo
precise gritar com mais enfase,para que sejam ouvidos e me parece que é o que vai
acontecer.
trata-se de um golpe, estão nos roubando , Getulio Vargas jamais deixaria isso acontecer... trata-se de uma reserva DESCOBERTA, com risco ZERO, é uma tolisse sem tamanho vende-la, o estado deveria utilizr a Petrobras para explorar , mas vai da-la nas mãoes dos extrangeiros que farão de tudo para nos pagar o minimo possivel, receberemos as migalhas dessa FARSA... um golpe total por qualquer visão que se tenha